quinta-feira, 31 de julho de 2008





Não é animal quando vc vê uma série ou um filme ou um livro, etc, e percebe que foi feito por alguém que não só conhece a fundo a mitologia na qual trabalha mas tem um profundo amor pela coisa?
Outro dia tava vendo uns episódios de Samurai Jack que eu baixei, e curtindo pra caramba. A animação de Genndy Tartakovski (criador também das meninas super-poderosas e do Laboratório de Dexter) conta a história de um samurai que, enquanto combatia um demônio (Apu), é teleportado uns 3 mil anos no futuro.
Agora, num mundo futurista cheio de robôs e criaturas cibernéticas, Jack, além de ter que cuidar de si, e perseguir Apu, precisa descobrir um modo de voltar pra casa.
Apresentações feitas, o que me chamou a atenção (e motivou este post) foi a seguinte cena em um dos últimos ep. que vi: Nele, Jack, ainda perambulando pelo mundo do futuro, acaba, acidentalmente chegando ao local onde viveu em sua infância. Obviamente, os 3000 anos foram cruéis e o local está em ruínas. Melancólico, Jack se recorda da sua infância, como brincava no local e tals, e aí vem a cena que fez minha cabeça explodir.
Nela, vemos Jack, criança, no Japão feudal, brincando perto de uma ponte, quando ouve algo que chama sua atenção. A cena é um samurai que passa perto dele, rumo à tal ponte, empurrando um carrinho de madeira, com um garotinho dentro. Na ponte, quatro samurais de porte ameaçador o esperam com espadas em punho.
O samurai então, para o carrinho, coloca seu filho em segurança (perto de Jack) e vai enfrentar os adversários. Com rápidos movimentos, ele derrota seus inimigos, então, pega seu filho, o coloca no carrinho de novo, e segue seu caminho.
Jack, impressionado com o que viu, pega um galho e começa a brincar de samurai.
Caras, quando eu vi isso, e soando repetitivo, minha cabeça explodiu de tal forma que tive que descola-la do teto.
Pra quem não sacou, o samurai e seu filho, são ninguém mais, ninguém menos que a dupla Itto Ogami (o pai) e Daigoro (o filho) protagonistas da série “Lobo Solitário” de Kazuo Koike e Goseki Kojima, tido por muitos como (atentem para o negrito, itálico e demais efeitos) “O MELHOR” mangá de todos os tempos.



Achei bem bacana a homenagem feita por Tartakovsky e pelos demais envolvidos, uma verdadeira declaração de amor não apenas ao personagem dos mangás, mas á toda cultura samurai.
Deixo aqui o vídeo com a cena pra vcs conferirem



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