Outro dia tava comentando com a Coruja sobre o conceito dos “filmes-globo” numa discussão sobre todo o frisson a respeito do lançamento de “Marley e Eu”.
Resumidamente, um “filme-globo” é um filme tipo “Olga” (não coincidentemente um filme com a assinatura da Globo Filmes), ou seja, uma obra cinematográfica que se utiliza de recursos fáceis para emocionar o público. Por exemplo, a cena clássica do animalzinho morrendo, da criança doente, do casal melancólico numa praia ao por-do-sol... todos esses recursos típicos de novela das 8 que fatalmente acabam funcionando. Não é pra menos que, mais uma vez citando “Olga”, ouvi muita gente dizendo que o filme apelava pro drama, mas mesmo tendo ciência disso, elas saíam sensibilizadas (quando não às lágrimas) da sala de exibição.
Hoje eu estava pensando nisso pq passou no Temperatura Máxima o filme “O Homem Bicentenário” e poucos filmes mexem comigo como esse, e olha que eu já devo ter visto a obra umas 500 vezes. E convenhamos, nada é mais típico de um “filme-globo” que a presença do Robin Williams nele. E não adianta você ir pra frente da TV (ou da tela de cinema) já com isso em mente pq sempre funciona. SEMPRE. Jack, Patch Adams, Amor além da vida.... você pode ter plena ciência de que vão utilizar de uma cena mais poética com uma trilha sonora edificante pra te acertar de jeito, mas fato é que o filme vai te fazer separar um lenço e vai te deixar com um sorriso besta (mesmo que ligeiramente melancólico) no rosto (e convenhamos, nenhum dos 3 filmes citados acima é ruim, além do fato de que Williams é, sim, um grande ator).
Se mesmo assim, isso não for uma grande barreira pra você (como não é pra mim) então, fica aqui a recomendação. Não li a obra original (de Isaac Asimov) mas “O Homem Bicentenário” encanta (e diabos, grande parte disso é mesmo pela atuação comovente de Robin Williams... damn it!!) contando, ainda que numa roupagem super Sessão da Tarde, a história de um robô que, numa espécie de variação high-tech da história de Pinóquio, tenta entender o necessário pra se tornar humano.
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Mas claro que do alto da minha torre de cinismo e escrotidão, não posso não deixar um comentário de que, mais filme globo, só se tivesse o Tony Ramos no papel principal, o Lázaro Ramos numa ponta como coadjuvante e Jaime Monjardim na direção, além do fato de que o livro de onde o filme teve origem deve ser incomparavelmente melhor do que a adaptação. Ainda assim, eu recomendo, afinal, o que vcs tem a perder (tirando talvez uma meia dúzia de lágrimas inconvenientes?) J
Resumidamente, um “filme-globo” é um filme tipo “Olga” (não coincidentemente um filme com a assinatura da Globo Filmes), ou seja, uma obra cinematográfica que se utiliza de recursos fáceis para emocionar o público. Por exemplo, a cena clássica do animalzinho morrendo, da criança doente, do casal melancólico numa praia ao por-do-sol... todos esses recursos típicos de novela das 8 que fatalmente acabam funcionando. Não é pra menos que, mais uma vez citando “Olga”, ouvi muita gente dizendo que o filme apelava pro drama, mas mesmo tendo ciência disso, elas saíam sensibilizadas (quando não às lágrimas) da sala de exibição.
Hoje eu estava pensando nisso pq passou no Temperatura Máxima o filme “O Homem Bicentenário” e poucos filmes mexem comigo como esse, e olha que eu já devo ter visto a obra umas 500 vezes. E convenhamos, nada é mais típico de um “filme-globo” que a presença do Robin Williams nele. E não adianta você ir pra frente da TV (ou da tela de cinema) já com isso em mente pq sempre funciona. SEMPRE. Jack, Patch Adams, Amor além da vida.... você pode ter plena ciência de que vão utilizar de uma cena mais poética com uma trilha sonora edificante pra te acertar de jeito, mas fato é que o filme vai te fazer separar um lenço e vai te deixar com um sorriso besta (mesmo que ligeiramente melancólico) no rosto (e convenhamos, nenhum dos 3 filmes citados acima é ruim, além do fato de que Williams é, sim, um grande ator).
Se mesmo assim, isso não for uma grande barreira pra você (como não é pra mim) então, fica aqui a recomendação. Não li a obra original (de Isaac Asimov) mas “O Homem Bicentenário” encanta (e diabos, grande parte disso é mesmo pela atuação comovente de Robin Williams... damn it!!) contando, ainda que numa roupagem super Sessão da Tarde, a história de um robô que, numa espécie de variação high-tech da história de Pinóquio, tenta entender o necessário pra se tornar humano.
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Mas claro que do alto da minha torre de cinismo e escrotidão, não posso não deixar um comentário de que, mais filme globo, só se tivesse o Tony Ramos no papel principal, o Lázaro Ramos numa ponta como coadjuvante e Jaime Monjardim na direção, além do fato de que o livro de onde o filme teve origem deve ser incomparavelmente melhor do que a adaptação. Ainda assim, eu recomendo, afinal, o que vcs tem a perder (tirando talvez uma meia dúzia de lágrimas inconvenientes?) J
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