Ultimamente eu tenho lido muito Sandman
(sim, eu sei, eu passei os ultimos meses sem atualizar isso aqui, seria de bom tom eu vir com novidades, como andei e o que tem acontecido em minha vida, mas podemos deixar isso pra mais tarde)
Então, meu TCC é sobre Sandman. Logo, agora tenho tido uma boa desculpa pra ler quadrinhos.
E não deixa de ser curioso isso pq agora, num "turning point" foda na minha vida, leio uma série que tem como principal mote "o sr. dos sonhos decidindo entre mudar ou morrer"
Vim lendo "Entes queridos" no caminho pra cá (e essa é uma das unicas vantagens de se morar longe, a chance de atualizar sua leitura no busão) que é, sem soltar muitos spoilers, o principal arco de toda a série, onde eventos iniciados láaaaa atrás finalmente são amarrados.
A morte nessa série não parece algo pesaroso. E no final, todos os caminhos levam à morte.
Interessante pensar nela como uma fonte de alívio e não o Grande Inimigo. Pq a sociedade ocidental é criada de forma a incentivar a perpétua juventude, como se, presos numa eterna adolescencia, pudéssemos fugir do inevitável. E aí tome plástica, geração saúde e comidinha alternativa pra alimentar essa máquina com hora pra terminar suas funções (na verdade, se formos mais fundo, vamos ver que nossa sociedade é criada não só para parecer perpetuamente jovem, mas pra parecer perpetuamente como coadjuvantes de malhação, naquilo que eu e minha namorada chamamos de "Geração UHUUUUUUUUU". Alegria e vitalidade 24 horas por dia. Tristeza e pesar JAMAIS!!! E aí nos prendemos como pessoas efusivas num eterno pico, como se todos estivessemos saindo de uma micareta (bleargh) no carnaval. Isso rende outro post gigante, então, deixo pra depois).
Em Deadwood, Wild Bill Hickock pedia aos que tentavam fazê-lo abandonar a bebida que o deixassem escolher como preferia ir para o Inferno.
Acho que no final tudo gira em torno disso: se viver com o pé no freio (ou usando uma metáfora de um filme de aviação tosco da sessão da tarde, se viver com um dedo sempre em cima do botão de ejeção) é o que te faz feliz, ótimo, bom pra ti, troféu joinha.
Eu, já prefiro altos ébrios, baixos cheios de cortes no pulso e tudo entre ambos.
Highway to hell, baby!!!
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