segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Top 5 - Descendo o machado.

Hey guys. Sorry pela ausencia de posts, mas como alguns dos senhores sabem, eu tive uma recente mudança de status quo e agora moro sozinho again. Entre perdas e ganhos, devo dizer que estou me adaptando bem e consumindo filmes, séries e hqs como se não houvesse o amanhã. Gradativamente, vou acabar escrevendo sobre tudo isso, mas eu queria no momento fazer algo um pouco diferente aqui.

Seguinte, andei relendo alguns posts antigos e notei que eu sempre elogio coisas e falo bem das coisas que vejo/leio e tals. Mas isso me incomodou um pouco.
Uns anos atrás, eu costumava comprar uma revista chamada "Sci-Fi News". Pra quem não conhece, era uma publicação mensal que discutia coisas desse universo de ficção cientifica e fantasia em todas as suas mais variadas formas. Não era uma graaaaaaannnde revista, mas considerando que estamos falando de Brasil, eles faziam o melhor possível. Mas tinha uma colunista, cujo nome não vou lembrar (e mesmo que lembrasse, não citaria pq seria deselegante) cujos textos me incomodavam profundamente pelo tom excessivamente fanboy. A coisa atingiu um limite quando ela disse, certa feita, ser incapaz de criticar os filmes de uma determinada franquia de ficção cientifica pq quando ela embarcava nesse universo ela queria aproveitar tudo e ignorar os defeitos, como, segundo a visão dela, um verdadeiro fã deveria fazer.
Nesse momento, eu percebi exatamente o tipo de .......crítico? nao, eu não sou crítico. Escritor? DEFINITIVAMENTE, eu não sou escritor. ..... fã. É ISSO, fã. Eu percebi exatamente o tipo de fã que eu NÃO queria ser. Desculpem os mais xiítas, mas senso crítico é bom e ninguém morre por usar o seu.  Eu vou elogiar quando aquilo que eu estiver consumindo for digno de elogios e vou saltar do barco quando não. Se isso me fizer menos nerd, well...... so be it. A vida é curta demais pra vc gastar tempo com algo que te frustra. 
Isso posto, e só pra mostrar que eu NÃO sou um desses fanboys deslumbrados que fecham os olhos pros defeitos daquilo que vêem, decidi escrever um texto com minhas maiores frustrações da cultura pop do ano passado. O lance aqui é malhar mesmo e sinta-se livre para discordar, ok? 
So here.....we....... go: 


5 - THE NEW 52.




Triste, né? Eu me esforcei, eu juro. A idéia de um reboot já me causava náuseas, mas vá lá, vc tem que entender que é assim mesmo, é bom que as coisas se renovem e tals. Mas mano...... não, né? O resultado final foi bem aquém do esperado. Salvo o Superman do Grant Morrison, o Homem Animal e o Monstro do Pantano, nada ali empolga. O que é mais legal é apenas bonzinho. E o que não é nem se dá ao trabalho de ser miseravelmente ruim, sendo apenas.... medíocre. Mesmo material que o pessoal elogia avidamente, tipo o Batman de Scott Snyder, não me empolgou. Li, achei legal e tals, mas.... meh. 

É isso. 
E como se não bastasse, esse revamp da área de quadrinhos da Dc ainda acabou iniciando o processo que, aparentemente, vai acabar com a Vertigo. O que não é tão ruim assim pq ainda temos a Image, a Dark Horse e outras editoras mais voltadas pra trabalhos mais autorais, livres das amarras e necessidades de mercado típicas da Dc. Mas sei lá, eu cresci lendo quadrinhos de super-heróis, e diabos, o universo Marvel, salvo aberrações como o que andam fazendo com o Homem-Aranha, anda tão awesome que não consigo não lamentar o rumo que a editora dona da LJA anda tomando. 


4 - DEXTER



Flopei foda de Dexter. Larguei mão. Abandonei o barco. 

E via desde o começo. 

Eu estive lá quando o Ice Truck Killer começou a atormentar o Dexter. Eu estive lá quando a Lyla matou o Doakes. Eu vi o Miguel trair a confiança do Dexter e usar a proximidade com ele para alimentar seus demônios internos. E óbvio, eu estive lá quando Trinity Killer voltou de seu período de isolamento. E a partir daí foi ladeira abaixo, né? A quinta temporada foi meh. A síntese suprema do meh. As possíveis e fascinantes consequências da morte de Rita resultaram em nada. O romancezinho com a Lumi era algo entediante. E nada.
Aí veio a sexta temporada. Eu adoro serial killers com motivos religiosos, então, fui com um certo animo. E caralho, ia ter o Adama no seriado. Que foda. E...........nada. Pior, começaram com aquela palhaçada de romance entre a Debra e o Dex que ia contra tudo que tinhamos visto até ali (e não largaram esse osso na temporada seguinte. Qual o maldito problema desses escritores?). E foi tão triste ver pra onde tudo rumou pq, sério, a temporada tem dois dos melhores episódios da série inteira (a saber, aquele da morte do Brother Sam e o seguinte, com o "retorno" do Ice truck killer). Aí começou a sétima temporada. 
E eu indo ver, meio arrastado, mas vá lá, uma última chance, por tudo até ali. Primeiro bom sinal: sem serial killers esse ano. Yay. Sério, Miami tem a maior concentração de assassinos seriais da história mundial, né? Não sei como a população da cidade já não foi totalmente extinta por todos os psicopatas que fixam residência por lá.  A verdade é que essa premissa, do assassino de assassinos, obrigatoriamente tem uma vida extremamente curta, a não ser que o cenário das histórias do Dexter fosse itinerante (o que seria algo fascinante mas proibitivo em termos de orçamento para um seriado de tv). E como não é o caso, eles acabam forçando a suspensão de descrença do público até o limite, tentando nos fazer crer que todo ano, pelo menos uns 5 ou 6 assassinos do tipo vão estar agindo mais ou menos ao mesmo tempo. Então, vi a mudança com bons olhos. Ao contrário de um vilão clichê, um assassino de aluguel.
E o personagem do Isaak era tão legal. Um dos meus antagonistas da série favoritos, só perdendo pro lendário Trinity Killer.
E aí matam ele. E o substituem por outro assassino serial. Não, né? Já foi, já foi. Não volto pra próxima temporada. Talvez (se for mesmo a temporada final) pro último episódio, como fiz com House. E deus do céu, espero que os roteiristas dessa série tenham culhão pra não terminar tudo com final feliz.
O que eu duvido, anyway. 


3 - HOMELAND.



Então. tá na frente de Dexter na listinha por uma razão simples: a primeira temporada foi bem legal. Ao contrário da série do anti-herói de Miami que já vem se arrastando faz um tempo, a temporada de estréia da série sobre um agente duplo da Al-qaeda infiltrado nos E.U.A. foi muito boa, tirando um certo detalhezinho. que foi ampliado na segunda temporada e que foi o que me fez pular do barco.

Mano, sério, eu odeio a família do Brody. 

muito. 

Todo episódio aquele draminha, aquele romancezinho completamente whatever da mulher dele com o amigo militar. Mano, WHO MOTHAFUCKING CARES????? FUCKING TERRORISTAS ESTÃO QUERENDO EXPLODIR MEMBROS DO GOVERNO AMERICANO!!! WHO CARES se a porra da mulher do Brody vai ou não dar pro carinha lá?
E Deus do céu, a filha do Brody. Sério, a família do ex-soldado só não é o pior núcleo familiar de qualquer seriado que já vi pq tem "The Good Wife". 

"Ah, Urso, mas vc não gosta do Peter e do filho da Alicia? Aliás, o filho nem aparece tanto".

Não, vejam bem, eu adoro o Peter e nem ligo muito pro filho dela. É aquela....... menina. Ela sozinha, vejam bem, SOZINHA é o pior núcleo familiar de qualquer programa já feito. Sério, usem o artifício utilizado por seriados como "Barrados no baile" e mandem a menina pra um intercâmbio em Botswanna, pra uma bolsa de artes na Turquia, pra um estágio no Polo Norte, pra uma viagem pra Disneylandia com o Polegar Vermelho, mas CARALHO.

É o mesmo que rola com o personagem do Chang em Community. Com a desculpa que, quando bem usado, ele é engraçado pra cacete. ela não. É o maior desperdício de espaço desde, sei lá, o macaco azul dos super-gêmeos. Ou o Scooby-Loo. Tem a complexidade e o carisma de uma Magikarpa.
Com todo respeito às magikarpas.

Na verdade, retiro o que disse. Magikarpas são legais pq viram Gyarados. E de qualquer maneira, Magikarpas conseguem extrair alguma simpatia pelo aspecto looser. A filha da Alicia não.

E a família do Brody tb não. Eu sei, EU SEI que eles como personagens tem a função de mostrar o custo pessoal do periodo do ex-soldado como prisioneiro, fora o quanto sua proximidade com a causa de Abu Nazir lhe custa em termos pessoais, mas c'mon guys.....
Todo episódio os personagens falam do risco iminente de retaliação dos terroristas contra familiares e amigos do Brody. Sério: BRING IT ON!!!!!

EXPLODAM ELES. eu até acendo o pavio da bomba e rezo depois virado pra Meca se quiserem. 

Familia do Brody indo pro inferno. GO TEAM NAZIR!!!! \o/



2 - DETONA RALPH




A sorte de Detona Ralph é ter saído no mesmo ano que Hotel Transylvania, que não é apenas a pior animação de 2012, mas seguramente um dos piores filmes que já vi na vida. Pq do contrário, teria sido facil o pior longa animado que vi ano passado. E esse doeu de não gostar pq eu estava esperando mó ansioso e, diabos, eu adoro uma história protagonizada por um underdog, um outsider, anyway, alguém procurando rumo.
Mas mano, sério, e eu sei que nego vai querer minha cabeça por isso, mas o filme chapa, vejam bem, CHAPA no chão feito uma bigorna no exato instante em que a Vanellope aparece. E simplesmente não levanta mais.
Nada funciona, né? As piadas são nhé pra cacete, as citações até são legais, mas estavam quase todas no trailer, então...... A Vanellope é fofinha, mas só. Em termos de profundidade, e sim, eu sei que a comparação é cruel, mas qualquer coadjuvante de Toy Story devora a menina viva. 
Incrível, inclusive, como, a partir da primeira incursão do protagonista no reino dos doces, ele passa a ser a coisa menos importante do filme.

E o Felix Jr. ....

zzzzzzzzzz


Mano....o Felix.

É bem isso, Benjamin.


Assim, meu crítico de cinema favorito, o Pablo Villaça (do site Cinema em cena) tem uma expressão que sempre me soou meio confusa, que é "buraco negro de carisma". Nunca entendi muito bem se alguém assim é carismatico, por atrair o carisma presente de tal forma que é o unico foco dessa qualidade presente em qualquer cena, ou se ele é apenas um gigantesco vácuo.

Depois de ver o Felix, eu consigo entender perfeitamente que se trata da segunda opção. Uma boa história se constrói com bom roteiro e bons personagens. E bons coadjuvantes. E eu fico, sinceramente, ofendido com o fato de imaginar que alguém foi pago pra criar um personagem como o Felix, que é, vejam só, um buraco negro de carisma. Nada. Não tem nada ali. Só vácuo. 
Que nem o Turbo. 
E os demais personagens da terra dos doces. 
E os moradores do prédio do Ralph. 
Não dá pra dizer que isso também se aplica ao filme como um todo pq ele tem, sim, seus momentos e tals, mas caralho, isso é muito pouco pra um filme que prometia tanto.
Pois é, ficou só na promessa. 

1 - AVATAR: A LENDA DE KORRA



*respira fundo

Ok, eu sei que essa é uma batalha perdida, considerando o fandom que a primeira temporada da nova investida dos mesmos criadores de "A lenda de Aang" conseguiu arregimentar. Tumblr e comentários em sites em geral mostram que eu sou minoria absoluta aqui.
Mas whatever. Sério, flopada do ano FÁCIL aqui. Foi, sem sombra de dúvida, a coisa que mais me decepcionou ano passado. E eu explico pq. 

A Lenda de Aang é um dos meus desenhos favoritos EVER. O roteiro é foda, os personagens são fodas e tem alguns dos momentos mais memoráveis de qualquer desenho já feito. Sério, a dança dos dragões e o encontro com a tartaruga leão são coisas as quais eu vou me lembrar pelo resto da vida, dada a beleza poética, meio "Miyazakiana",  de tais cenas. O episódio de "Tales from Ba-Sing-Se"? sério, Arte. Simples assim. Uma obra-prima da animação em que todos os elementos funcionam perfeitamente. Caralho, até o MAKING OF dessa porra me fez chorar, mostrando o cuidado com que essa série foi feita.

E aí temos Korra. Primeiro acerto: Korra já aparece se mostrando completamente diferente, em termos de personalidade, do Aang. E eu achei isso ótimo, pq se eu quisesse um personagem igual ao Aang, eu ia rever a série original. Pessoas são diferentes mesmo. 

Beleza. E a ambientação também me conquistou. A proximidade do mundo de Korra com o nosso mundo da década de 20 só contribuiu para a imersão. Carros, eletricidade e um contexto de segregação em prol da pureza de uma "raça". Foda né? E aí....

Bom, aí, o seriado começa a fazer umas escolhas de roteiro que só podem, e com um espírito MUITO gentil, ser descritas como covardes. E preguiçosas.
Primeiro, a estrutura dos coadjuvantes é EXATAMENTE a mesma de Aang. Temos o parzinho romântico, temos o alivio comico e aquela que só está lá pra dificultar que a Korra e o menino bonitinho dela fiquem juntos.
Depois, temos a eterna chupação em cima da série anterior. Pense comigo nas coisas que vc gosta de Korra. A filha da Toph? O vilão? Tenzin? A aparição do Aang? O filho do Zuko?

Notou um padrão? Temos 5 elementos que remetem, em maior ou menor proporção, à série anterior. São coisas legais? sim. Mas são méritos de "A lenda de Korra" ou apenas lembretes do quanto "A lenda de Aang" foi uma série legal? Percebem?
A série tinha elementos muito bons que poderiam ter funcionado sem precisar depender tanto do universo anteriormente criado. A cisão entre dobradores e não dobradores, por mais clichê que possa parecer, tinha um puta potencial e, por um momento, pareceu que realmente ia decolar.
Mas nem rolou.

Os personagens. 

Então.........., vcs notaram que eu não estou citando nenhum pelo nome? Pois é.
Pq? PQ EU NÃO LEMBRO. Pq eles são profundos como uma folha de papel A4. Os personagens de Aang nasceram como estereótipos mas ao final da primeira temporada, eles já eram MUITO mais que isso. Esses não. Eles não são seres vivos, mas funções de roteiro. O alívio cômico. O par romântico. Nada além disso. Portanto, ninguém com quem eu consiga criar laços a ponto de temer pelo futuro deles.
E eu vi essa série ano passado.
A lenda de Aang eu não vejo faz uns dois anos, mas eu lembro dos nomes de todo mundo (e sem olhar no wikipedia). Cacete, o MOMOS é mais profundo que quase todo mundo ali, tirando a própria Korra e os personagens já citados que remetem a série original.
E a cereja no topo do bolo: mano, vc tem que ser ESPETACULARMENTE incompetente pra pegar o momento mais esperado da série, que era, sim, admito, o encontro da Korra com o espírito de Aang, e fazer disso uma cena medíocre. E foi. Foi o ponto mais frustrante da série inteira. Pq o Aang ressurge como uma conveniência de roteiro. Foda-se spoiler: "Oi, eu sou o Aang. Vc perdeu seus poderes, Korra? Olha que legal, aqui eles de volta. Tchau... e a propósito, vc notou onde eu estava escondido no episódio?"

"Eu sou o Aang e vc precisa me amar!!!"


NÃO, MANO. NÃO!!!!!!! >____<

Chupa essa manga, Vader. 

Se distanciar do universo original, pelo menos em termos de ambientação, foi EXTREMAMENTE corajoso. O final do vilão, a questão da potencial guerra entre quem tem o dom da dobra e os normais, tudo isso também. Mas tirando isso, tudo foi fácil demais, covarde demais, conveniente demais.
Num mundo perfeito, e em qualquer conversa sobre a série eu afirmo isso, MEU CENÁRIO IDEAL de uma terceira série, seria uns 500 ou 600 anos depois do final de Korra. Apesar de todos os pesares, pelo menos a série terminou redondinha. Então, pq não pular umas 3 ou 4 gerações e fazer um universo novo que NÃO dependa de Aang ou Korra? Pensem comigo, em pouco mais de uma geração, pulamos daquele universo fantástico da série original pra um contexto dando seus primeiros passos tecnológicos.
Imaginam que em pouco menos de um milênio é possível pensarmos um um mundo parecido com o NOSSO universo pós ano 2000, com dobradores nele? Uma mescla de um universo extremamente tecnológico com o aquela coisa meio "Ghibli" da série original? Fascinante, não? Ou algo meio como "Carnivale", um seriado meio obscuro da HBO que mostrava o momento de transição entre o universo da magia pro universo da tecnologia no nosso mundo (que teria seu momento pivotal com o desenvolvimento da bomba atômica). Tipo o universo de Dragon Ball, em que temos ambientes futuristas e retrô tipo "fantasia medieval" convivendo em harmonia. 

Ou mesmo algo completamente diferente disso, mas que seja tão original e fascinante quanto a "lenda de aang". Mas sei lá. 

Eu volto pra uma potencial segunda temporada sim, pq eu tenho esperança de ver algo que me surpreenda positivamente. Mas com os dois pés atrás. E de qualquer maneira, nada pode ser pior que isso: 

*suspiros decepcionados


É isso senhores. Pedradas, cusparadas e possíveis palavrões são esperados, mas tinha que tirar isso do peito. Eu tenho gastrite, sabem, não posso ficar acumulando frustrações. Não devo fazer disso um hábito pq eu acho meio inútil gastar tempo pra falar mal das coisas e tals. Mas qualquer pedrada que algum livro ou filme mereça MUITO, eu coletivizo aqui, nem que seja como forma de catarse. ^^

Excellent!!!!

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