sexta-feira, 12 de julho de 2019
quarta-feira, 10 de julho de 2019
Monster Mash #50 - Elegia para uma vela sem nome
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Comprei uma vela dessas gordinhas (não as de 7 dias) como forma de prestar gratidão à uma entidade a qual não vou nomear aqui mas para a qual voltei minha fé num momento de necessidade. Ateu, okay, mas num avião caindo, todo mundo é cristão devoto. Enfim. Acendi ela no sábado. Fiz o ritual de derramar algumas gotinhas de cera pra prende-la no pires em que a coloquei, em cima da estante de metal mais alta do nosso quarto (afinal, se o bichão tombasse, não iria correr o risco de nada pegar fogo). E lá ela ficou. Por dias. E noites. Frias, extremamente frias (pelo menos para os padrões desse país tropical). Mas ela seguiu resiliente.
Parecia eterna.
Hoje ela começou a piscar. Fazer alguns sons. Fui ver o que era.
Aparentemente ela estava morrendo. Mas não sem lutar, oh boy, no. Os sons eram ela derretendo a cera fria ao redor que pingavam em cima da chama, oferecendo um novo fôlego para aquela bruxuleante flama. Mordendo, batendo, chutando. Se ela tem que tombar, ela vai aproveitar cada segundo que puder e se manter de pé e cada segundo é uma vitória pq universos, planetas, MULTIVERSOS nascem e morrem em períodos de segundos. E afinal, nascemos depois de milhões de anos desde a origem da Terra, bilhões desde o Big Bang. Vivemos por uma quantia ridícula de tempo, quando colocada em perspectiva história e rumamos pra escuridão pra nunca mais voltar. Considerando isso, cada segundo ganho é uma vitória sobre a eternidade. E aquela vela? Oh, mothafuckers, that candle will go down fighting...
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Adoro fotos de filhotes de cachorros no Instagram. Até aí, tipo, duh. Todo mundo adora filhotinhos. O ponto aqui: as vezes é bizarro olhar praqueles bichinhos e pensar que eles tem meses, semanas, dias de vida. Há uma semana, ele não existia. Sete dias depois, ele está aqui, num canto qualquer do planeta, mas sua vida cruzando com a minha, ainda que de forma indireta. Num segundo ele não existia. No seguinte, estava lá, sendo limpo pela mãe e procurando por, nessa exata ordem, folego, carinho e leite.
Um segundo.
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Cada segundo é uma conquista. Num segundo não havia nada. No seguinte, "fiat lux". E a luz se fez.
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Escrevo essas linhas e ela segue brilhando. Não sei se a intensidade atual da chama é virtude do meu olhar romantizado pra ela ou do simples fato de que o sol está se pondo enquanto teclo essas letras.
Mas ironicamente, ela segue mais brilhante do que quando comecei a escrever as duas linhas acima.
Pouco mais do que alguns segundos.
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Tava ouvindo "My My, Hey Hey" no Spotify pq parecia pertinente e respeitoso o suficiente pra personagem protagonista desse textinho ("better to burn out than fade away". Frase citada por Kurt Cobain em sua carta de suicídio....).
Terminada a canção clássica do gigante canadense, a música foi pra uma lista de sugestões do aplicativo, o que significa que randomicamente, ela foi de Neil Young para.... Jimmy Hendrix.
Nope, seria maravilhoso agora se eu pudesse dizer que a música em questão era "Fire" ("let me stand next to your"....) mas a real é que agora ouço "Voodoo Child". Tb pertinente, considerando o objetivo inicial que fez esse item cruzar o meu caminho.
E afinal, essas linhas mal digitadas são, uma despedida, uma elegia, como o título indica.
E em Voodoo Child, o guitarrista de Seattle diz o seguinte....
"If I don't meet you no more in this world
Then I'll, I'll meet you in the next one"
Because I'm a voodoo child.
Lord knows ..
I'm a voodoo child.
and it's gone.......
Too Sweet #18: SHLAK vs NICK FUCKING GAGE
Em menos de 15 segundos de luta, já tem gente sendo jogada em cima de uma placa de vidro.
Estamos falando desse nível de selvageria. De um lado, Shlak. Do outro, mr. MDK (ALL FUCKING DAY!!!), the KING of deathmatches: NICK FUCKING GAGE.
Violência, vidro quebrado, quedas grotescas. E sangue. Para. Caralho!!!!!
GC FUCKING W, mothafuckas......
Melhor wrestling promotion do mundo.
Too Sweet #17: Cara Noir vs PAC
Imaginem que o resultado de uma dança da fusão entre Nina Sayers (de "Black Swan") e Billy Elliot (de.....hã..... "Billy Elliot") decide, só pq a vida é uma sucessão de tomadas de decisões randômicas, largar o ballet e se enveredar pelo universo do squared circle, das cadeiradas nas costas, dos dives e de tudo aquilo que compõe o pro wrestling.
O resultado disso é Cara Noir. E aqui, ele vai, em uma possível candidata à MOTY, contra The King of Bastards, numa luta que rolou no final de semana passada em um evento da Riptide Wrestling:
Um recado da diretoria...
Yo...
Começando oficialmente os trabalhos no sétimo mês do ano da graça de 2019. E já abrindo com um recadinho da direção (a.k.a. Eu) sobre a ausência de posts no mês passado. Adoraria poder ter avisado já de cara mas do alto da minha posição de incrédulo quase niilista, confesso que estava supersticioso e não queria gorar a parada. Mas agora é fato e já posso falar disso aqui sem medo de consequências metafísicas pra morder meu pé: Eu e minha senhora estamos de mudança!!!!
Depois de mais de uma década aqui no Carrão, vamos nos aventurar por outro pedaço da ZL aqui de São Paulo, lá pros lados da Celso Garcia, mais perto do metrô Belem. Já faz um tempo que a namorada queria comprar uma casa, veio uma convergência de eventos que criou as circunstâncias pra ela ir de cabeça no projeto e agora é real. O lance é que o processo foi tudo MENOS fácil e com minha senhora trabalhando e eu ainda "em meu ano sabático" (tradução: desempregado, vivendo de FGTS e seguro desemprego), alguém teve que assumir o papel de fixer da parada. Enters the bear.
Precisou esperar encomenda no ap. vazio? Here comes the Bear
Precisou receber alguém pra reforma? Here comes the bear.
Contratar alguém?
Sair pra comprar alguma parada emergencial?
Ocasionalmente levar algum documento de ponto A até ponto B?
Bear. Bear. Bear.
So, por isso eu tô meio ausente aqui já faz mais de mês. Mas felizão, não se enganem.
O prédio é maneiro, o bairro é um exercício de sociologia e desenvolvimento urbano (não necessariamente positivo, vejam bem), com o edifício feito uma estaca, separando a área "popular" da Celso Garcia do espaço já marcado pela gentrificação e "gourmetização urbana". Trabalhei num lugar, nos últimos anos, que ficava bem no meio do pedaço dividindo área nobre e periferia do Santana (sério, dependendo de por qual portão vc saísse do prédio, vc ia ver duas realidades completamente distintas) e agora me vejo indo morar numa área com esse aspecto fascinante. Se bem que alguém poderia dizer que SP se divide em duas áreas, atualmente: o espaço já gentrificado e aquele em vias de. Dissabores da vida em uma grande metrópole, enfim.
Bom, é isso. Antes foi a correria de caçar documento e começar reforma. Agora vem a segunda parte e o motivo pelo qual não vou prometer que o blog vai voltar ao normal tão cedo: a mudança. Toneladas e toneladas de caixas de papelão e plástico bolha. Lidar com caminhão e carreto. Separar o que é frágil do que não é.
É aquilo de bolos e ovos quebrados, né? Posto uma ou outra fotinha do local quando já estivermos devidamente realojados. A vista, garanto, é absurda de foda (acima do décimo andar, né?).
Não garanto postagens numerosas, mas vou pelo menos tentar. As séries de posts (sobre Transformers, Hellboy e os cacetes) continuam normal. And plus: tamos no mês do G1 Climax, natal pra quem é fã de pro wrestling. E Legion voltou!!!!
So........ welcome back, ímpios.
Sigo escrevendo, vcs seguem lendo e we'll keep on rollin.
segunda-feira, 8 de julho de 2019
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