Quando a fase de Jonathan Hickman nos Vingadores acabou e ele deixou a editora, eu cravei sem hesitar: Al Ewing era a "next big thing" que iria sair da editora e que o que quer que ele fizesse deveria ser um dos nortes editoriais da Marvel. Aí, no meio do shitstorm que foi Civil War II, ele mandou sem dó Ultimates ², uma das melhores coisas publicadas pela editora na época.
Aí, ao invés de ir maior que a vida num megacrossover gigante cheio de entidades cósmicas e o destino do multiverso na balança, ele foi low, intimista, abraçando o terror da vida de Robert Bruce Banner e suas raízes clássicas na literatura gótica e jogou pro mundo "The Immortal Hulk".
Dois anos depois, ele lança a edição #25 da série. Serião agora: num momento em que tem HoX/PoX saindo, em que paradigmas estão sendo redefinidos nas séries mutantes, em que Tom King tá mandando uma fase bem legal dos bat-títulos, em que o mainstream tá maneiro e o Indie tá fodão, é Ewing e sua sinfonia mórbida em tons esmeraldas que rouba a cena. "Hulk #25" é ....pqp, não dá pra falar. E não, não vou dizer "vão sem medo que vcs vão entender tudo e ..." não, precisa de um certo conhecimento prévio do que o autor britânico fez em seus 24 meses anteriores no título do gigante verde. Mas isso posto, PQP.....sério.... Espero que o espaço na estante reservado ao Eisner que ele e Germán Garcia vão ganhar por esse título já esteja no jeito pq se existe justiça no universo, o troféu de melhor edição solo de mensal/série contínua é deles.
Um conto melancólico sobre solidão, morte, desespero e nossa insignificância cósmica diante de um deus furioso. Horror espacial da melhor qualidade.
Vão ler "Immortal Hulk" agora.
Vão ler "Immortal Hulk" agora.
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