domingo, 19 de novembro de 2017
segunda-feira, 13 de novembro de 2017
Sobre cotoveladas atômicas e o chá das 5....
Depois de ler sobre as origens da New Japan Pro Wrestling e das raízes do wrestling nipônico, agora é hora de voltar o olhar pra terra da Rainha e ver como a luta livre, esse esporte maravilhoso que envolve chaves de braço, cadeiradas nas costas, dropkicks e toneladas de storytelling, surgiu por aqueles lados.
Eu sei que a cena do pro wrestling é gigante no Reino Unido, mas salvo alguns nomes específicos e promotions mais proeminentes (Progress, RPW, EVOLVE, WCPW e outras que eu acabo conhecendo por causa dos eventos conjuntos com ROH e New Japan, além de wrestlers mais famosos como Will Ospreay, ZSJ, Marty Scurll, Pete Dunn, entre outros), não tinha conhecimento de muita coisa do "velho continente".
Bom, um calhamaço de 530 páginas (ainda que, por ser e-book, tenha o exato peso do meu celular. What a brave new world...:-) ) deve resolver essa questão.
Pra quem quiser se aventurar, o livro - em inglês - tá baratinho, 20 conto, lá no Amazon Br.
WWE 2K18: Back to Suplex City!!!! #BURNITDOWN
Uma publicação compartilhada por Daniel de Oliveira Costa (@danieldeoliveiracosta) em
Peguei nesse sábado, instalei, e com um pouquinho de sorte e cooperação do wi fi de casa, to conseguindo baixar a maioria dos CAWs (versões customizadas dos lutadores que os fãs fazem e disponibilizam pra download) que eu tinha na 2k17. Do pouco que joguei só notei duas coisas que me incomodaram um tiquinho: os gráficos parece um pouquinho piores que os da versão anterior, mas pode ser apenas pq os bonequinhos/personagens/lutadores/como caralhos vc quiser chamar são BEM maiores do que o game do ano passado. E as artes de fundo dos menus. Basicamente, conforme vc navega pelos menus, vai vendo os personagens em uma posição estática, dando seus finishers, mudando o angulo conforme se movimenta nos menus e submenus. Poderia ser uma idéia legal, mas as imagens são meio esquisitas e o foco no rosto dos lutadores não ajuda. Foi o caso de querer consertar algo que não estava quebrado, já que no 2k17, os menus já eram bem legais, com o fundo dinâmico mostrando os lutadores do roster executando suas poses características.
Acho que é só disso que eu posso falar mal, pq de resto, oh boy...Quase tudo que o jogo anterior tinha de decepcionante em termos de customização de lutas, esse aqui resolveu. Voltam as tag teams ladder matches, e as tag team table matches. Voltam as Iron Man matches de uma hora, as "2 out of 3 falls" e um monte de outras opções que tinham sido removidas na versão anterior. Na area de custom matches, dá inclusive pra misturar esses elementos, então, se teu sonho é fazer uma tlc match com opção de first blood e 2 out of 3 falls, hey campeão, vai na fé....
Ainda não tentei criar nenhum personagem então não sei o quão tá melhor ou pior.
Os controles continuam os mesmos, desafiadores a princípio mas mais de boa conforme o uso (mas o sistema novo de carry, eu confesso que ainda não faço idéia de como usar). A dificuldade dos combates parece ter sofrido um upgrade: na versão prévia, o normal era fácil demais e eu jogava na dificuldade máxima, a "legendary" de boa. Nessa, até consigo me virar bem na versão mais extrema do jogo, mas acho que vou descer um nível e jogar apenas no hard, a princípio.
Nada de DLCs, por enquanto. Quem comprou as versões digitais na pré venda, já tem acesso a Kurt Angle. Quem comprou a versão fodona comemorativa de John Cena, tem skins diferentes do mr. Hustle, Loyalty and respect, além de poderem jogar também com Rob Vam Dam e Batista. Pro resto dos mortais que, como eu, escolheram esperar, segundo a psn, os DLCs chegam em março do ano que vem, trazendo entre outros, nomes como os já citados RVD, Batista e Kurt Angle, além de favoritos como Ruby Riot, Elias, Aleister fucking Black, o atual campeão da NXT, Drew McIntyre e, obviamente, OS FUCKING HARDY BOYS!!!! #DELETEDELETEDELETE #WONDERFUL #EXHILARATING
Falo mais de modo histórias e outras funcionalidades do jogo assim que me aprofundar mais, mas já vejo tudo com bons olhos. Se mesmo com um punhado de limitações, o 2k17 foi o jogo que eu mais joguei na vida, tudo indica que o WWE 2K18, superior, ainda que com sua cota de pontos em que poderia ser aprimorado (mas patch de atualização existe pra isso), vai mandar aquela cotovelada atômica no seu antecessor e levar o título, com todas as glórias. :-)
sábado, 11 de novembro de 2017
sexta-feira, 10 de novembro de 2017
Monster Mash #44 - "one step forward...and six steps back..."
SEXTA....
E nem voi conseguir falar nada de babaca ou sinistro aqui, como geralmente faço, enchendo essas linhas da mais pura capirotagem satanoza belzebuzistica mefistofélica. A semana tem sido incrível.
Vejam bem:
- Jericho vs. Omega foi anunciado.
- Lockjaw vai ganhar gibi próprio
- Aj Styles é o campeão da WWE
- O universo cinematografico da Universal morreu. E se seria pelo menos justo que o deles continuasse, mesmo nesse mar de "universos compartilhados", já que foram eles que começaram com essa putaria lá com os seus monstros clássicos se encontrando nos anos 50, convenhamos, precisa mais disso não.
- Brian Bendis saiu da Marvel. You know, o homem que concebeu e assinou "Civil War II", A.K.A. o pior gibi que já li na vida. O homem que matou 15 anos de desenvolvimento de Scott Summers. O cara que transformava a maioria dos gibis que escrevia em seriados de baixo orçamento. Vai tarde.
Além disso, foi aniversário da namorada e ela curtiu os presentes, cujas fotos já foram devidamente postadas no meu perfil no Instagram, caso os senhores estejam curiosos.
E ainda tem passeio com a família amanhã e, cereja no topo do bolo, nesse mesmo passeio devo comprar minha cópia física do WWE 2K18.
Só vi vitórias em Cristo Black Phillip.
então, vamos direto e sem rodeios pra listinha de músicas daqui do Groselha on the rocks...
so.................
É isso, crianças. Divirtam-se!!!
"WELCOME TO SLAMTOWN!!!"
— Lucha Underground (@LuchaElRey) November 10, 2017
SEASON FOUR, BITCHEEEESSSSSSS!!!!! Johnny Mundo avisou: O MELHOR seriado de super heróis da Tv atual volta em 2018 pra mais uma temporada. E o mundo é um lugar melhor por isso... :-)
Relicário: Sobre aliens e reis. And also, Lunella. E Squirrel Girl.
Há dois anos, eu resenhei o número 1 da hq do Pantera Negra lançada em 1998, sob a batuta de Christopher Priest e Mark Texeira.
2 fucking anos.
Depois eu não entendo pq essa porra de blog ainda não dominou o mundo...
...enfim, hora de voltar pra série. A intenção é resenhar até o final, mas não vou prometer nada pq vcs sabem como eu sou ótimo pra cumprir minhas promessas de pauta.
Enfim...
A trama continua, com T'challa tentando descobrir quem foram os responsáveis pelos eventos que levaram a completa corrupção da Tomorrow Fund, corporação sem fins lucrativos operando em solo americano criada pelo governo Wakandiano. E como dito na resenha anterior (2 fucking anos...), toda a onda de chorume atingindo a vida do monarca africano era OBVIAMENTE um plano para força-lo a sair do território natal, a beira de uma guerra civil, e permitir que os conspiradores façam suas jogadas.
Após algumas horas de investigação, alguma violencia justificada e mais alguns violentos golpes contra a dignidade do agente Ross (incluindo uma luta contra strippers numa piscina de lama), T'challa finalmente consegue o nome, e somos apresentados a um dos meus personagens favoritos da série: o Reverendo Dr. Michael Ibn al-hajj Achebe.
Ou, citando os personagens da série "um Desmond Tutu do mal". Priest afirma que se inspirou em Hans Gruber e Hannibal Lecter pra conceber a personalidade do vilão e boy, oh boy, a afirmação faz sentido. Achebe não é nem de longe um porradeiro, pelo contrário, mas é seguramente a criatura mais perigosa em Wakanda. Um Littlefinger ainda mais inteligente e diabólico, pros fãs de Game of Thrones poderem criar uma imagem mental. LITERALMENTE diabólico, já que os mitos a respeito de sua origem envolvem um pacto satânico. Vejam bem: tem uma guerra étnica rolando num país que faz fronteira com Wakanda, Ghudazan. Esse filho da puta não apenas está utilizando o conflito para estabelecer-se politicamente. Oh, não, estamos falando de um nível acima: o lazarento CONCEBEU o tal conflito. Tava nos EUA, voltou pra lá e tocou o terror politicamente até a chapa esquentar. Quando a merda explodiu, Achebe foi um dos que pediram refugio no país de T'challa. Esse é o nível de mastermind do qual falamos aqui. Alguém capaz de dar origem a eventos que vão resultar na morte de centenas de milhares de pessoas, sem ter que mover um dedo de forma direta pra faze-lo.
Ou, citando os personagens da série "um Desmond Tutu do mal". Priest afirma que se inspirou em Hans Gruber e Hannibal Lecter pra conceber a personalidade do vilão e boy, oh boy, a afirmação faz sentido. Achebe não é nem de longe um porradeiro, pelo contrário, mas é seguramente a criatura mais perigosa em Wakanda. Um Littlefinger ainda mais inteligente e diabólico, pros fãs de Game of Thrones poderem criar uma imagem mental. LITERALMENTE diabólico, já que os mitos a respeito de sua origem envolvem um pacto satânico. Vejam bem: tem uma guerra étnica rolando num país que faz fronteira com Wakanda, Ghudazan. Esse filho da puta não apenas está utilizando o conflito para estabelecer-se politicamente. Oh, não, estamos falando de um nível acima: o lazarento CONCEBEU o tal conflito. Tava nos EUA, voltou pra lá e tocou o terror politicamente até a chapa esquentar. Quando a merda explodiu, Achebe foi um dos que pediram refugio no país de T'challa. Esse é o nível de mastermind do qual falamos aqui. Alguém capaz de dar origem a eventos que vão resultar na morte de centenas de milhares de pessoas, sem ter que mover um dedo de forma direta pra faze-lo.
E como se não bastasse, temos que lembrar que um outro personagem importante nesse momento da trama, é o diabo.
Sério.
O gibi ganha um ritmo opressivo, onírico, de pesadelo, com Tchalla sendo confrontado por forças muito maiores que as dele próprio. Não completamente estranhas a ele, como vamos perceber futuramente, mas ainda assim. O tom, perturbador num nível que beira o terror, me lembrou em vários momentos o do clássico "Coração Satânico", com o rei de Wakanda no lugar de Harry Angel.
A arte de Texeira, suja, com um pé no real mas quase expressionista, funciona maravilhosamente pra criar o ambiente ora real, ora fantástico experienciado pelo protagonista.
Após ser tentado e sair com sua alma ainda ilesa (dentro do possível, afinal, ele é um rei), o vingador volta para o apartamento de Ross, onde ele e o demônio o esperam.
Ao final da edição 4, Wakanda está sob regência de Achebe, o país a beira de uma guerra civil e considerando tudo, este nem é o pior dos problemas do super herói, já que ele e o agente Ross terminam no inferno. Literalmente.
Mas hey, pelo menos Everett conseguiu um par de calças.
A seguir: Fogo contra fogo.
Como vcs podem perceber pela resenha acima e pelos quase 10 anos de existência desse blog, eu sou um grande fã de homens calados anti-sociais. Válido pro rei T'challa, válido para J'onn J'onzz, o Caçador de Marte (vou ter que me esforçar pra não chama-lo de Ajax aqui e ali..)....
Se vamos ser honestos aqui, admito que me interessei por esse gibi por causa daquela clássica imagem do personagem sentado num trono de oreos.
Poucas imagens me causam mais identificação que essa. Fui atrás dos 36 números da série, com equipe de arte rotativa mas sempre com argumentos de John Ostrander, sem saber o que esperar. Pra mim, J'onn padece do mesmo mal que Diana de Themyscira: um excelente personagem dentro da JLA mas não particularmente notável em aventuras solo (No caso da Mulher Maravilha, isso só mudou comigo depois da espetacular passagem de Brian Azzarello no gibi da amazona). Bom, só li cinco números do gibi e ainda tá cedo pra fazer qualquer afirmação de fato, mas confesso que fiquei positivamente surpreso com o que vi aqui. Começou como uma estrutura de proceduralzão básico. Bem feito, mas básico. O marciano tem aventuras super humanas enquanto se divide entre a identidade heróica e seus vários alter egos civis, o principal deles sendo o policial John Jones. da NYPD. Temos alguma exposição do passado do personagem, aparentemente apenas para estabelecer sua história, considerando que nem todo mundo tem muita familiaridade com as suas origens.
Como eu disse, a trama começa básica mas com umas sacadas particularmente inteligentes que deixam o formato menos familiar: enquanto a edição 2, passada no Japão, brinca com alguns tropes dos mangás e tokusatsus, a número 5 flerta de leve com a estrutura de Rashomon, do Kurosawa, com a trama sendo visitada e revisitada a partir da visão de diferentes personagens.
Eu confesso que fui atrás da hq esperando só o arroz com feijão básico pra me entreter entre uma e outra viagem de busão pro trabalho, mas achei um estudo de personagem bem interessante e com brincadeiras narrativas, tanto no roteiro quanto na arte, que evitam que a estrutura geral do gibi soe engessada ou preguiçosa.
Tem bastante potencial. Ainda bem, considerando que o Caçador é um dos meus personagens favoritos dos quadrinhos.
- E aliás, falando nele, só pra citar, to bem no comecinho dos primeiros números da JLA de Maguire, Dematteis e Giffen e preciso dizer: considerando que essa fase é conhecida pela leveza e humor, é meio surpreendente o quanto seu primeiro arco é sombrio, com uma trama envolvendo heróis de uma outra dimensão, destruída após uma guerra nuclear, vindo pro nosso mundo (well.... pro do universo DC) pra evitar que algo parecido aconteça aqui. No entanto, as sombras se dissipam já no arco seguinte, com a introdução do Gladiador Dourado e seu teste de fogo, sozinho contra a Royal Flush Gang.....
- Ainda não estou em dia com o gibi da Squirrel Girl (uns 4 números atrasados) mas hoje eu resolvo isso. O ponto: a edição desse mês é um fanzinão, criado e protagonizado pelos personagens do gibi. E no meio disso, aproveitaram pra chamar alguns grandes nomes dos gibizinhos e tals e o que importa aqui: tem tirinhas do Surfista Prateado e Galactus. Criadas por Jim Davis. Sim, o pai do Garfield. Surfista. Galactus. Jim Davis. Garfield. "Feed me".
- Em dia com o gibi da Lunella. Sério, vai tomar no c*, eu não tenho como recomendar mais que os senhores leiam "Moon girl and the devil dinosaur". Nessa ultima leva de 10 números que li, passei por uma despedida que me deixou com os olhos marejados, viajei para uma terra alternativa, vi encontros com Riri, encontros com Kamala e uma trama linda envolvendo uma guria atrás de amigos. E que no caso, é um satélite senciente, filha de Ego, o planeta vivo.
É simples: tu gosta de gibi? Gosta de personagens bem construídos? Gosta de Jack Kirby? Tramas fora da caixa? Gosta de se sentir com o coração quentinho? Sim? Vai ler "Moon girl". Simples assim.
A Marvel é da Disney. A Disney tem a Pixar. É querer demais uma animação da Lunella feita pelo estúdio de John Lasseter? Tipo, pra ontem.
- Ainda não estou em dia com o gibi da Squirrel Girl (uns 4 números atrasados) mas hoje eu resolvo isso. O ponto: a edição desse mês é um fanzinão, criado e protagonizado pelos personagens do gibi. E no meio disso, aproveitaram pra chamar alguns grandes nomes dos gibizinhos e tals e o que importa aqui: tem tirinhas do Surfista Prateado e Galactus. Criadas por Jim Davis. Sim, o pai do Garfield. Surfista. Galactus. Jim Davis. Garfield. "Feed me".
- Em dia com o gibi da Lunella. Sério, vai tomar no c*, eu não tenho como recomendar mais que os senhores leiam "Moon girl and the devil dinosaur". Nessa ultima leva de 10 números que li, passei por uma despedida que me deixou com os olhos marejados, viajei para uma terra alternativa, vi encontros com Riri, encontros com Kamala e uma trama linda envolvendo uma guria atrás de amigos. E que no caso, é um satélite senciente, filha de Ego, o planeta vivo.
É simples: tu gosta de gibi? Gosta de personagens bem construídos? Gosta de Jack Kirby? Tramas fora da caixa? Gosta de se sentir com o coração quentinho? Sim? Vai ler "Moon girl". Simples assim.
A Marvel é da Disney. A Disney tem a Pixar. É querer demais uma animação da Lunella feita pelo estúdio de John Lasseter? Tipo, pra ontem.
quinta-feira, 9 de novembro de 2017
Timelord fashion....
Ainda nem assisti a season 9 (to evitando apenas pq eu não quero ter que let it go o 12th, Moffat e todos esses elementos que vão embora ao final de 2017) mas já vou me permitir dar pitacos sobre a season 10. Agorinha há pouco a BBC revelou o visual inicial da 13th Doctor e confesso que, inicialmente, me causou estranheza exatamente pela falta de estranheza. :-)
Me pareceu um pouco.... normal demais, you know? Mas, como sempre, é só uma questão de costume, e, passadas algumas horas desde o anuncio, já confesso ter me afeiçoado ao visual (inclusive, alguém comentou e agora não consigo "desver" a semelhança com alguns dos trajes que Sarah Jane Smith usava na série clássica).
Notícia vai, notícia vem e eu não consigo me empolgar com a season 10. Tudo parece estar nos seus devidos lugares: a nova doctor, os novos companions, o pouco do contexto que já sabemos da proxima temporada. A única coisa me impedindo de embarcar no hype é o novo showrunner.
O pouco que conheço da obra de Chris Chibnall (os eps de DW dele e o pouco que vi de Broadchurch) não me impressionou de forma nenhuma e confesso estar com medo de uma nova temporada que vai ser nem boa, nem ruim, só medíocre. O que seria a morte da série pra mim, já que ela sempre oscila entre o muito bacana, o "apenas okay" e o "absolutamente brilhante" (Blink, Listen, Heaven Sent).
MAS.....sendo justo... não sou dos maiores fãs dos trabalhos anteriores e posteriores do sr. Steven Moffat. Hyde é uma série bem mais ou menos, com uma trama que sempre ameaça passar dos limites mas nunca com coragem de efetivamente fazê-lo. E Sherlock... bom, eu gosto de Sherlock, mas convenhamos que a estrutura da série depõe contra ela própria: as 3 temporadas tem um episódio apenas okay, um MUITO ruim e um absolutamente brilhante (vemos um padrão aqui?). E isso num programa de tv cujas 4 temporadas somam apenas 12 episódios, não é algo muito positivo. Mas enfim, meu ponto é: o trabalho de Moffat em DW é BEM mais impressionante que a obra extra-Gallifreyan dele então, só posso torcer pra que seja o mesmo caso como o novo showrunner.
Vamos ver no que dá...
quarta-feira, 8 de novembro de 2017
....uma pausa pro café com Thanos, Darkseid e Von Doom....
No post anterior mencionei a primeira vez em que testemunhamos um descontraído entre Thanos, o titá louco e Darkseid, o senhor de Apokolips, sobre o sabor certo de café.
Agora, os dois ganham a agradável companhia do monarca da Latvéria, Victor von Doom, o Dr. Destino, pra mais um passeio de carro regado a café e discussões sobre seriados.
Que é onde descobrimos que Darkseid e Doom tem um excelente gosto pra séries e confirmamos que Thanos é, apenas e acima de tudo, um grande babaca...
Pra ler a historia curtinha, é só clicar aqui
Marcadores:
quadrinhos,
uma pausa pro café,
weird at last
...uma pausa pro café, com Scott Free usando uma camiseta da tropa dos lanternas verdes....
Só vamos torcer pra que, vindo de onde veio, ele não recorra à "Titan love letter", sabor de café favorito do dark lord de Apokolips....
Hell is a place on earth - Satania
Cara....a minha lista de melhores do ano acabou de sofrer um baque, já que nem de longe eu esperava que uma graphic novel francesa traduzida para o inglês fosse se tornar uma de minhas favoritas. E no entanto, eis-me aqui, traçando essas linhas, tentando descrever de forma que lhe faça justiça, o quanto Satania é incrível.
De autoria de Fabien Vehlmann e Kerascoët (não, eu nunca tinha ouvido falar de ambos até então), o gibi narra as aventuras de Charlotte, tentando resgatar seu irmão, perdido numa expedição em uma caverna alguns meses antes. A acompanham o Padre Monsore, Lavergne e mais uma cambada de minions red shirt. Falar desse gibi sem dar muito spoiler não vai ser um processo simples, mas apenas pq falar desse gibi, no geral, é um processo complicado, já que ele é uma criaturazinha muito unica.
Charlotte (ou Charlie) embarca nessa jornada atrás de seu irmão, Christopher, um cientista especialista em expedições em cavernas de grande profundidade e autor de uma teoria peculiar: a de que o inferno existe, mas não como uma dimensão metafísica criada por um Deus onipotente, mas como uma área física, no centro da Terra (ou muito abaixo da superfície) e que seus habitantes não são demônios, mas humanos primordiais, modificados pela seleção natural para se adaptarem ao ambiente em que se inserem, ganhando assim as feições que normalmente associamos às criaturas infernais.
Acho que não é nenhuma heresia (viram o que eu fiz aqui?) dizer que a jornada do grupo é muito parecida com uma versão pós modernista do périplo que Dante semelhantemente percorreu na "divina comédia". Conforme os exploradores vão se aprofundando em sua jornada, menos eles se parecem com pessoas propriamente ditas, e mais com conceitos, quase como os protagonistas sem nome do auto da barca do inferno ou de livros de Saramago. Charlie, a protagonista e unica mulher do grupo. Padre Monsore, o...bom...Padre. Lavergne, o tolo. Legoff, o louco. Christopher......well.... aqui as coisas se complicam....
A cada novo nível que o grupo desce, menos é possível aplicar conceitos lógicos para descrever o que eles encontram e, como consequência, o que nós sentimos ao acompanha-los nessa viagem, como se o objetivo real da jornada fosse despi-los de toda lógica cartesiana e pré conceito que possam ter e faze-los estabelecer uma nova persona, tabula rasa, para a reconexão com aquele contexto de puro impulso, pura selvageria, pura experiência sensorial. Aquele não é um reino humano e idéias humanas não funcionam.
Se apenas a descrição do negócio já parece densa, é pq os senhores não vislumbraram o belissimo trabalho gráfico da revista. Sério, a capa já impressiona, mas aí vc entra na trama e vê um traço nada feio mas bastante simples. Os cenários cavernosos são detalhados mas, pela própria natureza monocromática, não permitem muita experimentação visual. Mas aí novas camadas são aprofundadas, novos contextos são descobertos e vamos, através de painéis belíssimos, conhecendo aqueles cenários, ora paradisíacos, ora lovecraftianos. Kerascoet (que na verdade não é uma pessoa, mas um casal de artistas: Marie Pommepuy e Sébastien Cossat) utiliza as cores de um jeito brilhante, incluindo permitindo que o reflexo da luz ambiente nos personagens funcione como um indicativo do quão puros, corrompidos ou inumanos eles se tornaram.
O tecnobabble explicando como funcionam as regras naquele inferno nem sempre funciona, mas primeiramente, é um gibi e não um tratado científico. E segundo, isso serve pra desmontar os personagens e, no processo, nós leitores, de qualquer certeza e de qualquer segurança que o conhecimento estabelecido possa nos trazer dentro daquele universo absolutamente novo.
Satania é um gibi de terror, mas o terror vem menos de jumpscares e cenas gore, e mais daquele medo característico do já citado Lovecraft e de filmes como O enigma do Horizonte, Sunshine, e The Mist, no qual personagens se pegam num contexto que inutiliza qualquer racionalização e no qual somos lembrados do quão insignificantemente pequenos somos e quão pouco domínio temos sobre a natureza, de fato. Também é sobre loucura. Não é pra menos que Charlie é a protagonista. Não apenas ela é a mais jovem do grupo, portanto, mais aberta a novos conceitos e menos apegada a velhos dogmas, mas a garota também lida com certos fantasmas do passado que tornam sua percepção da realidade mais fluída, menos cravada em pedra, que a dos homens que a acompanham.
Satania é um puta gibi de horror e uma história sobre a humanidade tentando impor sua vontade sobre a natureza e ela reagindo de volta, não com ódio e raiva, mas com a mais aterrorizante frieza. E é sobre olhar pro abismo sem saber o que vai nos olhar de volta.
Absolutamente sublime.
terça-feira, 7 de novembro de 2017
A Lira dos 30 anos
30 anos.
3 décadas
262980 horas
15778800 minutos
946728000 segundos.
Tanto tempo e ainda assim, tão pouco quando colocado na grande escala das coisas, né?
Mas marcos existem para serem celebrados então....
Ah, a quem eu quero enganar?
Eu só to aqui pelo bolo e pela comida grátis. Se alguém achar onde tão as balinhas de coco geladas, separa um pratinho pra mim, okay?
お誕生日おめでとう、フクロウ。私はあなたを愛しています。:-)
Brian Michael Bendis vai pra DC
We’re so excited to start working with @BRIANMBENDIS! pic.twitter.com/v1tgsMaNTr— DC (@DCComics) November 7, 2017
......
favor dar o play no video abaixo antes de seguir adiante
WE ARE FREEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!!! #NoMoreBendis
"contrato de EXCLUSIVIDADE com a DC.."
Vejam bem: eu concordo com tudo que já li sobre a influencia do cara, sobre a importância dele, sobre o papel dele pras adaptações transmidiáticas da editora e, afinal, ele é o pai de Miles Morales, uma das melhores coisas surgidas no universo Marvel em tempos recentes.
Isso posto, I don't give a fuck pras séries Marvel (ou pros filmes, já que toquei no assunto) e sempre tive a impressão que Miles ou Riri (a Ironheart) poderiam voar muito mais alto nas mãos de um roteirista melhor. (A dupla de Moon Girl and Devil Dinosaur, Amy Reeder e Brandon Montclare seriam minhas primeiras escolhas pro gibi da sucessora de Tony Stark. E embora eu não me incomodaria com Dan Slott assinando os roteiros do gibi do jovem Morales, fico curioso em ver algum novo talento da editora levando novos ares pro título).
Pq esse é meu ponto: não me importando nem superficialmente com as séries e filmes Marvel, o que me sobra são os hqs. Bendis pode ter alguns bons trabalhos em seu portfólio, apesar de eu não ser o maior fã deles, mas hey, o universo não gira ao redor do meu umbigo.
Mas nos ultimos 5 anos, ele foi de destroçar 15 anos de desenvolvimento de Scott Summers pra conceber aquela atrocidade que foi Civil War II. E quando acertava (como nos gibis dos já citados Miles e Riri), era sempre algo apenas okay.
So...good riddance!!!! Adeus gibis com cara de série de baixo orçamento.
O mundo é um lugar melhor apenas por isso!!!!!! :-) E hey: se for por falta de um arquiteto ditando os rumos dos gibis da editora, lembremos que a Marvel tem Al Ewing em sua folha de pagamento.
Só jogando nomes ao vento, you know...
Assinar:
Postagens (Atom)