Correndo por fora, mas igualmente permeando todas as edições da série até agora, está o tema da humanidade de Aaron e sua posição única por ser, ao mesmo tempo, homem e máquina.
Enquanto Uatu enxerga seu apego à humanidade como fraqueza, meramente resultante da programação engenhada pelo "inventor" de Aaron, este vê tais características como fontes de força. Fruto do amor que ele recebeu de seu "pai". Se isto é de fato, força ou fraqueza, só saberemos ao final da série.
Neste capítulo, Earth X começa a nos trazer algumas respostas sobre os horrores acometendo a Terra 616 e as origens de tais sortilégios.
A edição usa seu formato de forma muito inteligente, nos mostrando as origens do Príncipe Submarino e um pouco de sua história e passado com humanos E super-humanos para, só no apêndice, ao final, mostrar como ele é um player fundamental para a crise planetária. No final, depois de enfrentarem toda a sorte de invasor multiversal, cientista louco, mummudrai e outras aberrações, o que trouxe o mundo para a beira do precipício foram apenas... comida e energia. Na tentativa de oferecer energia gratuita para o planeta, Reed pode ter causado o despertar do gene mutante em toda a humanidade.
Por sua vez, com a escassez de recursos para alimentar todo um planeta, os humanos se voltaram para os heróis como seus líderes, rejeitando a democracia e atribuindo a estes o papel de figuras políticas ao redor do globo. E estes voltaram seus olhos para os mares, procurando por comida. E isso deixou Namor muito..MUITO insatisfeito.
Ainda é nos revelado que Vibranium pode ser uma das causas da crise planetária, estando conectado ao fim de Titã, lua dos Eternos que deixaram a Terra, milênios atrás.
E ao final da edição, a ameaça que paira desde o primeiro número revela seu rosto. E surpreendendo ao todos, ele não é o rosto de um homem, mas de um garoto ainda na adolescência. Por que, como Uatu comenta com Aaron ao final, a história traz vários casos de jovens monarcas ordenando a morte de homens feitos. Poder não escolhe idade.
O futuro da Terra gira agora, em torno da decisão de Steve Rogers de parar ou não, o fascismo emergente, mesmo que isso signifique ter em mãos o sangue de alguém pouco mais velho que uma criança.
Para não dizer que eu fui apenas elogios à edição, tem uma fala sobre "equalidade ser o nulificador da individualidade" que me incomodou, enquanto anarco-socialista defensor de uma sociedade igualitária. Mas vou acreditar que essa fala exista dessa forma por sair da boca de UATU, que representa a lógica fria, contrastando com a paradoxal humanidade de x-51.
Vamos ver, conforme a série avança, o que vai vir desse choque.
"Foi pra isso que você me trouxe aqui, Uatu? Para que eu possa testemunhar... o fim?"
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