Groselha on the Rocks
"Soul of a GT. Body of a 9 to 5"
sábado, 21 de junho de 2025
Monster Mash #66: "A vizinha se atormenta"
Pleu, caraio.
Monster Mash novinha. A primeira em quase dois anos. Acho que vocês vão sentir a diferença entre essa e as demais. Acho que ela é uma boa polaroid de como as coisas mudaram desde o mais recente hiato aqui do Groselha e o blog em sua fase atual.
Idles, Molchat Doma, Bruno Mars, Ethel Cain, Gorillaz e Queens of the Stone age, entre outros.
É isso, crianças...
Divirtam-se.
"A coroa não é dada de graça, mas tomada por aqueles que se recusam a se curvar..."
Yo...
terça-feira, 17 de junho de 2025
"somos todos loucos aqui..."
E ontem, depois de longo inverno, finalmente os irmãos Mael voltaram a aparecer em uma edição do clássico programa Later... with Jools Holand. Uma instituição da TV britânica, o programa não recebia o SPARKS desde 2015, quando a dupla foi lá conjuntamente com os meninos do Franz Ferdinand para o disco que fizeram em parceria, o simpático "FFS".
Como ponto de partida pra turnê britânica, Ron e Russel interpretaram duas canções do disco mais recente, o "MAD!" (que eu ainda preciso ouvir com o devido cuidado): "Do thing my own way" e a belíssima "drowned in a sea of tears"
Dude... se você combinar as idades dos dois, tem mais de um século e meio de existência e, juntos, mais de meio século de atividade e ainda assim, a energia e performance ao vivo dos Maels bota muita banda de meninos novinhos no chinelo.
Se ainda não ouviram o disco que os irmãos loucos lançaram esse ano, aproveita o ensejo que o tio Urso facilitou pra vocês.
Só peguem uma bebida, relaxem na cadeira e apertem o play.
De nada.
segunda-feira, 16 de junho de 2025
"Nós que aqui estamos..."
Josh Homme não mentiu.
Ele disse, depois do lançamento do álbum mais recente da banda, o "In times new roman", que o próximo trabalho do grupo envolveria o maior público de sua carreira.
E no ultimo dia 5, ele entregou o que prometeu. Um show acústico diante de mais de um milhão de pessoas.
Todas mortas.
O show, gravado nas lendárias catacumbas de Paris, incorpora cada um daqueles esqueletos, daquelas ossadas, daquelas pessoas em seu descanso final como um personagem a mais, como mais um membro da banda. Não que a morte seja um conceito estranho ao grupo e a seu vocalista.
Homme vinha de uma crise pessoal que, entre outros problemas que não cabe aqui mencionar, envolvia também o luto pela perda do amigo pessoal Mark Lanegan.
E além disso, um diagnóstico de câncer (até onde sei, ele nunca revelou qual o tipo) tornava o nosso fim inevitável um conceito ainda mais palpável, mais difícil de ignorar para o líder do QoTSA.
Para nossa sorte, a morte tem sido uma das fontes mais frutíferas de inspiração para arte em toda a história da humanidade, e Homme decidiu canalizar o horror da situação nessa apresentação, cercado de cadáveres por todos os lados. Em um momento em que seria natural procurar enfiar a cabeça na terra metaforicamente e tentar paliativos escapistas para se distrair, o homem decidiu olhar a morte LITERALMENTE nos olhos e se enfiar junto àqueles que jazem.
O resultado é, e desculpem o eufemismo, uma apresentação transformadora. Soturna, calma (o cenário não permitia instrumentos elétricos ou de percussão e, de qualquer maneira, a ambientação não particularmente encorajava um show de tons arquetipicamente roqueiros), sinistra, contemplativa. Curto, com apenas 6 músicas, mas profundamente marcante.
Nada aqui tem a violência e agressividade típicas do gênero e do Queens, preferindo um caminho mais intimista, ainda que, em sua essência, confrontacional. Diante do fim, Homme e seus parceiros de banda preferem cantar e dançar.
Diante do abismo, o Queens of Stone Age responde não com uma explosão, mas uma serenata. Elegia em homenagem aos mortos assistindo ao show e a todos aqueles que (ainda) não partiram junto a eles.
domingo, 15 de junho de 2025
Monster Mash #65: Aquela coisa que chamam de "divino"
Como prometido, duas edições de Monster Mash na mesma semana.
De nada, ímpios.
Tem música da minha nova banda favorita nesses últimos anos, a Idles, KLF, The Cramps, tem M.I.A. do velho testamento (que descanse em paz), K-dot, Fontaines DC, entre outros.
Espero que gostem. E agora, acabaram as edições da MM que eu tinha em reserva, então, ainda essa semana, vamos com uma edição novinha, feita artesanalmente.
Sem adentrar muitos detalhes (por enquanto), eu me encontro, talvez, na fase mais interessante e criativamente ativa da minha vida pessoal E profissional e estou curioso pra ver como isso vai afetar não só a Monster Mash, mas este blog num geral e todo e qualquer projeto criativo que eu vier a desenrolar pelos próximos tempos.
Falo com mais detalhes em algum momento, aqui ou lá na newsletter.
Mas, por enquanto, é isso. Dancem, cantem juntos, vão atrás dos discos e da obra completa dos artistas que gostarem mais e se quiserem, comentem depois quais curtiram.
Volto ainda essa semana, sem falta.
sábado, 14 de junho de 2025
Monster Mash #64: "Direto do topo do mundo"
Maluco, quase DOIS ANOS desde a última Monster Mash.
Inaceitável, né? Como eu pude deixar vocês sem música maneira por todo esse tempo?
Amanhã tem outra, porque eu tenho duas lá reservadas, que eu fiz meses atrás e deixei elas lá de canto.
Tem Churches, Depeche Mode, tem The Clash, Tim Bernardes e Dinosaur Jr, entre outros.
Espero que gostem...
sábado, 26 de abril de 2025
Os loucos tomaram conta do sanatório...
O lendário show do Cramps em um asilo mental em 78...
Venus Lux, Poison Ivy e banda, completamente soltos tocando pros internos e interagindo com eles...
Imagino se deve ter sido como em "Arkham Asylum", quando o Batman diz que tem medo de entrar no hospital mental de mesmo nome por temer sentir que está "em casa".
No caso da banda, parece ter sido exatamente o que houve.
Tão em casa. E sorte nossa...
sexta-feira, 14 de março de 2025
Em rumo a Laugh Tale...
Finalmente aconteceu. Levou 20 anos, mas aconteceu.
Estou em dia com One Piece. Mais de 1140 capítulos lidos.
E que jornada. Preciso tirar um dia pra brisar sobre a série, mas rapaz, quem diria, quando começamos lá atrás, com Luffy peitando um maluco com cara de palhaço que, mais de duas décadas depois, a gente estaria aqui.
Eu preciso desenvolver essa idéia com a devida calma, mas vou jogar aqui que eu acho que One Piece seja a obra de ficção mais importante dos últimos 70 anos, podendo ser colocada lado a lado com a galáxia de Star Wars e a Terra Média de Tolkien, com o mesmo nível de worldbuilding e complexidade.
O mundo de One Piece é orgânico, vivo e reativo, não apenas existindo nos momentos em que vemos a tripulação do Thousand Sunny. Eventos se interconectam de uma forma complexa, com pequenos eventos de coadjuvantes afetando o dia a dia de personagens centrais. Tudo isso numa escala que é típica de um mangá shonen, ainda que de forma disfarçada. Luffy começa peitando criminosos e daí vai só escalonando. Milicianos, militares, grande burgueses, a polícia e o estado em si, deus e o demônio, tudo isso em uma história em que o personagem mais importante pro desenrolar da trama não é um dos porradeiros mas uma historiadora.
Sério, só queria comentar esse meu marco pessoal por aqui... E não, não esqueci que eu já planejei reler a série inteira e escrever sobre a jornada por aqui. Deve rolar, mais cedo ou mais tarde.
Ou mais cedo...
Provavelmente mais cedo. :-)
terça-feira, 4 de fevereiro de 2025
WWE 2k25: we're SO fucking back
Pra alguns, é Lol.
Outros, são viciados em FIFA.
No meu caso, são os jogos da WWE da 2k.
Sério, eu devo ter alguns milhares de horas gastos jogando esses games.
Meu primeiro contato foi o wwe 2k15 pra ps3, comprado pq eu queria o ultimo jogo do tipo a ter no roster de personagens jogáveis Jeff Hardy e CM Punk.
De lá pra cá, joguei todos até o 2020.
O 2019 foi a perfeição e eu sinceramente era incapaz de ver como evoluir o negócio.
Aí veio a edição do ano seguinte... e matérias e textos e vídeos já foram feitos sobre o retumbante fracasso que foi essa encarnação do jogo. A primeira sem a Yuke's, produtora de games de wrestling da WWE desde que o universo era jovem (sério, a parceria entre as duas empresas começa em 2000). Os responsáveis decidiram ser ambiciosos e mudar a jogabilidade (os controles permaneciam os mesmos desde 2012, se não me engano), tentando redirecionar a nova fase desses jogos, deixando de serem simuladores de wrestling para uma coisa com mentalidade mais arcade envolvendo combinação de botões, combos, etc.
Sério, foi um fiasco histórico. Não apenas pelos novos controles, mas por bugs e mais bugs. Sério, procurem no youtube alguns vídeos coletando todos os bugs do wwe 2k20. Mesmo o wwe 2k19 não era perfeito, com um ou outro bugzinho menor rolando aqui e ali, mas nada que quebrava o jogo inteiro como foi na versão seguinte.
Novamente, histórico. Não pelas razões certas.
Rolou pedido de desculpas oficial e um hiato maior para a produção de novas versões do jogo. Dois anos depois veio o 2k22, aparentemente mais polido e agora sim, jogável.
De lá pra cá, o jogo vem sofrendo mudanças, inclusive na jogabilidade que, pra agradar os fãs, tentou achar um meio termo entre os controles clássicos e os novos.
Final do ano passado tinha uma daquelas promoções absurdas na ps store e decidi pegar o wwe 2k24 pq o roster tava insano. Walter, Dragunov, Punk, Terry Funk, Dudley Boyz.
O modo creator do jogo, tava bem mais refinado, permitindo aos usuários customizarem seus jogadores, podendo replicar lutadores de outras promotions e criarem dream matches impossíveis.
Resultado: I'm back. Já acostumei com os novos controles e o resto é memória muscular dos anos e anos (e anos e anos) jogando as versões anteriores. Já terminei o modo Showcase, que coloca o jogador na posição de recriar alguns momentos clássicos das mais de 4 décadas do Wrestlemania, maior evento de wrestling da WWE (e do mundo).
Os modos career (onde criamos um wrestler do zero e seguimos em uma história com começo, meio e fim) são mega divertidos. E até o my faction (Uma espécie de mini game de cartas, coisa da qual sempre tive ranço) é divertidinho.
E aí, dia 28 passado, surgiram as primeiras notícias oficiais da versão desse ano. Primeiramente, underground matches.
Pra mim, uma das maiores graças do 2k24 é a presença de casket matches e ambulance matches (lutas que terminam quando você, respectivamente, encerra seu oponente em um caixão ou em uma ambulância. O nome é bem auto explicativo :-)...). Mas underground matches...okay... (lutas sem ringue, onde o objetivo é malhar o coleguinha na porrada até ele desmair ou desistir. Dá um ar mais realista pra coisa).
Além disso, o retorno de chain wrestling. Parece um detalhe bobo, mas existe um motivo pra chain wrestling (aquele momento em que os lutadores se enfiam em chaves de braço) existir nas lutas. Pros dois no ringue, é o momento de dar um descanso e respirar entre um power move e outro. E pra gente, assistindo, é pra dar uma pausa, um momento de calma no meio da tempestade.
Esse é um ponto em que eu sempre bato: o legal da arte é a diversidade de tons. Música, por exemplo, trabalha com múltiplas notas, que se alternam em diferentes tempos. Dissonância. E dessa bagunça ordenada, surge harmonia.
Mesma coisa no pro-wrestling. E mesma coisa no jogo. Chain wrestling confere certa densidade, agrega certo elemento de realidade nas partidas, tal qual os mini-games de disputa de socos (onde os dois lutadores alternam socos até um deles cair) ou mesmo certos detalhes puramente visuais, como o pin exausto, em que depois de um finisher, seu personagem cai sem forças e vc tem que guia-lo até o corpo do oponente pra tentar a vitória. Ou a forma como os personagens vão ficando mais suados e lentos conforme a partida avança. Novamente, detalhezinhos que vão conferindo gravitas pra quem tá jogando e eu fico feliz que os responsáveis pelo jogo tenham entendido a importância deles a ponto de colocarem eles no produto final (ou recuperarem de versões anteriores do joguinho).
Além de tudo isso, tem o detalhe das capas. Ser a pessoa na capa desses jogos sempre foi algo de muito prestígio entre os fãs. Randy Orton, Cm Punk, Stone Cold, John Cena (duas vezes), Brock Lesnar, Seth Rollins, AJ Styles, Rey Mysterio e Cody Rhodes já posaram pra capa de versões do jogo.
Em 2020, seria a hora de Roman Reigns aparecer na capa. Além disso, a primeira edição do jogo com uma mulher, onde ele dividiria a posição com THE MAN, Becky Lynch.
Infelizmente foi o que foi e nem essa alegria o coitado do líder do Roman Empire teve. Mas o tempo cura feridas. Muita água passou por essa ponte, Roman deixou de ser odiado pelo fandom pra ser o megastar que a WWE sempre quis que ele fosse. O sujeito foi detentor dos dois principais cinturões da promotion por mais de QUATRO ANOS.
E agora, que parece que os games da 2k são "cool again" (algo que você pode dizer a respeito da própria WWE, inclusive), finalmente Roman pode ter seu momento ao sol e conquistar merecidamente sua posição na capa de uma edição deles.
Versões alternativas da capa ainda trazem o Undertaker, que também vai ter versão do Showcase focada em seus mais de 30 anos de carreira, além da faction liderada por Reigns e que tem sido o centro das histórias da WWE, a Bloodline, onde o Tribal Chief divide posição com seus "parceiros de crime" Solo Sikoa, Tama Tonga e Tanga Loa (os Guerrillas of Destiny), Jay e Jimmy Uso, o Samoan Werewolf Jacob Fatu, o Uce honorário Sami Zayn e, claro, o homem por trás das sombras e manager do time, Paul Heyman.
O trailer do negócio tá lindo...