terça-feira, 13 de novembro de 2012

Shin sekai yori - Eps. 01 a 06 - Unleash Hell!!!!!




Ok, demorei, mas finalmente vai rolar a matéria com spoilers de Shin Sekai Yori.
No texto anterior já dei uma pequena contextualizada, apresentei os personagens e escarafunchei um pouco a trama da história.
A partir daqui, crianças, é ladeira abaixo. 
Let's go?

"THEN" - OS FLASHBACKS

Foram 3 até agora, contando um pouco do contexto da história (ainda que apenas fragmentos, que vão ser desenvolvidos MESMO lá no quarto episódio). No primeiro (no ep. 01) vemos um garoto matando geral, sem encostar nas pessoas. Telecinésia. Pessoas explodem, liquidificam.
O flashback do ep. 02 nos situa 500 anos depois do ocorrido no ep. anterior. O mundo que vemos é muito parecido com o Japão feudal, onde vemos a condecoração do novo regente, que recebe o título de "Imperador da Alegria".

O Imperador da alegria.


E aí, seu primeiro ato é levitar sobre o público que o ovaciona e dizer-lhes que os primeiros 100 que pararem de bater palmas serão mortos como sacrifício para o novo imperador.
No terceiro e (até o momento) último flashback, vemos um grupo de renegados que invadem o palácio imperial com o objetivo de matar o imperador. Os 3 parecerem-se com humanos normais, mas mesmo assim, conseguem cumprir sua missão. 

"AND NOW" - A LINHA DE TEMPO ATUAL

Ok, o que sabemos até aqui: vamos acompanhar a história pela perspectiva de 5 crianças: Saki, Mamoru, Shun, Maria e Satoru. No mundo em que vivem, após uma certa idade, lá no final da puberdade, seus "dons amaldiçoados"ou "espírito de benção" (traduzindo: a telecinésia) se manifesta pela primeira vez.

O despertar do Cantus de Saki


Devo dizer que esse é um aspecto da história que a princípio me deixou um pouco confuso: todos manifestam poderes nesse mundo ou não? Num primeiro momento, fiquei com a impressão de que o tal gato das sombras, ou copiador, vinha atrás daquelas crianças que não despertavam seus poderes latentes, mas como o bicho foi visto nos arredores da escola, devo ter me equivocado nessa dedução.

De qualquer maneira, Saki desperta aos berros levitando coisas no seu quarto. Os pais dela parecem extremamente aliviados com a manifestação de seus dons e o próximo passo é seu "batismo". Vemos a seguira garota sendo levada até o templo da pureza, onde o mestre budista Mushin realiza o ritual de selamento do Cantus. Os poderes de Saki são selados e queimados. a seguir, ela recebe um mantra que irá despertar novos poderes.

O Ritual de selamento da Saki.


O despertar do Cantus (outro nome pros dons telecinéticos), nesse mundo, é o elemento que determina o final de uma fase no processo educacional das crianças e o começo de outro. Elas se formam na Escola Harmonica e passam a fazer parte da Academia do Saber, um colégio para treino e desenvolvimento do Cantus. (Vale notar a rima narrativa que temos quando os garotos estão conhecendo a escola e vão para uma fazenda nas proximidades. O que chama a atenção inicialmente é a estranheza dos guris diante dos animais, mas é curioso perceber como estas crianças estão sendo doutrinadas, tal qual os animais, dentro de uma rotina específica e com uma função que futuramente, ficará clara).
Nessa escola, as crianças vão aprendendo os dogmas sagrados desse mundo (Tudo, sempre, sob uma perspectiva que mescla educação - inclusive científica - e religião - no caso, o budismo).

- não usar os poderes de forma violenta
- não ultrapassar os limites da cidade, adentrando o que é conhecido como "zona proibida".
- não serem solitários (isso é ensinado por meio da parábola do garoto que se tornou um demônio por excesso de carma negativo. "Solidão faz as sementes do pecado darem frutos")

No ginásio, conhecido como "Academia da apoteose" os garotos são treinados num esporte que envolve a levitação indireta de uma esfera de metal gigante. Na verdade, obviamente, o que se está desenvolvendo aqui é a interação entre as crianças e o desenvolvimento do uso de seus poderes sob alguma disciplina. 

ok, pausa aqui: algumas reflexões. Primeiramente: só eu vi uma metáfora clara do ato do selamento do cantus (que envolve alguma dor física com a destruição do selo onde o cantus está confinado) com a perda da virgindade? Isso me parece ser reforçado já que estamos vendo a coisa, inicialmente, pelos olhos de uma menina entrando na adolescência e tal (e historicamente falando, rituais de entrada na vida adulta costumavam envolver algum derramamento de sangue, como no caso de algumas tribos indígenas).

O selamento do Cantus de Saki.


Além disso, a educação das crianças é toda alicercada em cima de dogmas, ou seja, verdades indiscutíveis e paranóia.
O que é a história do demônio do carma senão uma crítica ao pensamento independente? E ao se concentrarem no fato do menino ser destruído pela solidão, o que é reforçado aí é a força do grupo, mas mais como agente alienante (coisa que vai ser reforçada com o que vamos descobrir nos episódios vindouros) do que como elemento de emancipação (não, o grupo não é maior do que a soma de seus indivíduos). 
A própria essência da sociedade, o mais teocrática que pode ser (já que estamos falando de budismo, onde, teoricamente não existe uma figura central de Deus), pressupõe o não questionamento. Que me perdoem os religiosos, mas toda doutrina de fé pressupõe aquelas verdades que vc não questiona, afinal....como eu já disse... fé. Por mais pseudo-racional que possa ser, qualquer religião vai trabalhar com um "gap" intransponível separando o "sacro" do "intelectual". E isso nem é uma crítica, mas sim, uma afirmação de fato.

Paralelo a isso, temos o desaparecimento das crianças.
Outro ponto que ainda não ficou completamente claro pra mim: quem some? Os indivíduos mais notáveis ou os menos? Pq se alguém aparentemente sem domínio de seus poderes como a Reiko desapareceu, indivíduos particularmente super-dotados no que se refere à telecinese como o garoto Katayama (o capitão do time que disputou a partida com o time dos protagonistas) ou o próprio irmão da Saki também sumiram. E aí, foram todos para o mesmo local? E que local (ou locais) seria este?

Enfim, passamos dos 3 primeiros episódios. Religão como alicerce social e meio de controle das massas (como, aliás, sempre foi). Controle por meio da paranóia (idem). Ah sim, e não posso me esquecer de mencionar os Bakenezumis. Como disse no outro texto, essas criaturas (tb conhecidas como queerats) são humanóides com aparência de roedores que servem pra trabalhos braçais. Os bakenezumis possuem uma linguagem própria e respeitam os portadores de Cantus como se estes fossem entidades divinas. No entanto, as crianças são avisadas que as criaturas sabem que estas não possuem pleno controle de seus dons e portanto, podem agir de forma imprevisível em contanto com elas, principalmente as raças de bakenezumis selvagens. No entanto, apesar de tudo isso, a sociedade em que os garotos moram vive num relativo estado de tranquilidade.

O problema todo gira em torno da natureza essencialmente curiosa da raça humana. Curiosa e desobediente. Os garotos recebem uma tarefa da escola: vão poder ultrapassar os limites da cidade e se embrenhar na floresta por alguns dias. 

Depois de algumas aventuras divertidas, decidem caçar uma criatura lendária, que seria capaz de matar com um olhar: o minoshiro. E após alguns percalços, conseguem apanhar o bicho..... para descobrir que na verdade, trata-se de uma criatura meio máquina, meio biológica. Uma espécie de computador vivo. Um centro de informações. Uma biblioteca ambulante, com toneladas de informações armazenadas.

O Minoshiro


Vêem algum padrão aqui, crianças? Retomando: mundo sob rígido controle religioso. Além disto, uma sociedade de castas bem definidas: no topo, os dotados de cantus. No meio, os humanos normais. No fim da pirâmide, os Bakenezumis. As crianças sabem os riscos que correm ao contrariar as regras sociais e mesmo assim, inevitavelmente acabam indo contra tais leis pq.....bem, pq são humanos e, mais ainda, humanos adolescentes. A raça mais potencialmente incontrolável do universo. Dias antes do encontro com o minoshiro, as crianças já haviam quebrado algumas regras ao lidarem diretamente com dois bakenezumis. Um deles havia caído no rio e iria inevitavelmente morrer se não fosse pela ação de Saki.
Não importa o quanto um sistema seja controlado, é impossível prever as variáveis envolvidas, principalmente quanto lidamos com criaturas tão imprevisíveis (ou não?) quanto humanos.
Dessa forma, mesmo que com a relutância de alguns dos membros do grupo, os 5 conseguem encurralar o Minoshiro e, uma vez cientes da natureza deste, decidem fazer algumas perguntas inconvenientes sobre a história do mundo em que vivem.
É possível perceber aí aquela..... não sei.... coceira na alma, como dizem na filosofia, presente nas crianças. Mesmo num mundo teoricamente em paz, algo está errado. Não se sabe o que, não se sabem onde está esse erro, só se sabe que ele existe. E eis aí, na figura da biblioteca viva, uma chance de abrir os olhos. A pílula vermelha da Matrix. E o resultado......

"A verdade NÃO o libertará".

Ano de 2021 Dc: Um garoto desenvolve a telecinese do nada (o que. segundo o Minoshiro, recebe, a princípio o nome de Sindrome Hashimoto Applebaum). Diante de tal poder, ele examina todas as suas possibilidades e acaba decidindo pelo uso mais cruel possível: invade a cada de 19 mulheres e as estupra, matando 17 delas.

O primeiro telecinético da história - o começo do fim


No mesmo ano, o doutor Imran Ismalov, da república do Arzebaijão comprova cientificamente a existencia da telecinése, que por alguma razão (teoria do campo morfogenético em toda sua glória?) começa a se manifestar em mais indivíduos. Mais precisamente, em 0,3% da população do planeta. Pouco? Talvez, mas coloquemos isso em números. Isso dá mais de 20.000 pessoas. Cada uma delas capaz de mover um tanque de guerra com a mente.

Impressionante, não? Com o tempo, os dotados vão sendo utilizados em guerras e, posteriormente, ataques terroristas. A humanidade, como seria de se esperar pq afinal, nenhuma raça gosta de ser substituída, decide se levantar e declarar guerra. E aí eles se fodem, obviamente, pq a evolução tem um senso de humor meio cruel. A guerra resultante desenvolve ainda mais os poderes do novo grupo.

Saldo final: 98% da população da terra vai pro saco. A configuração política do mundo que sobra se divide em 4 grupos distintos. 
1 - Os usuários: Grupo onde vivem humanos e dotados. Obviamente os humanos vivem sob o jugo de seus sucessores evolutivos e esse jugo é o mais sanguinário possível (é o mundo do segundo flashback, o do imperador da Alegria)
2 - O reino dos não usuários: onde vivem humanos normais, fugitivos do primeiro reino e que vivem em guerra com estes.
3 - Os bandidos: Usuários de telecinese que vivem a margem dos dois outros reinos, roubando ambos sempre que possível e, por fim....
4 - O reino dos cientistas: Nessa sociedade, humanos e usuários vivem em relativa harmonia, com os ultimos elementos de tecnologia remanescentes da sociedade anterior. Essa é a raça que desenvolveu os minoshiros e, provavelmente, os bakenezumis. 

O Japão teve 4 dinastias dessa configuração e a ultima delas, a da Sakura Sagrada, é a que vemos indo pro saco no flashback do terceiro episódio (a mais sombria dentre todas, onde, para o imperador, "matar era algo tão comum quanto respirar"). Com isso, e considerando que até o momento, não houve nenhuma aparição do grupo de bandidos, presume-se que, com a derrocada dessa dinastia, o reino dos não usuários e o dos cientistas se fundiu, gerando a sociedade na qual os protagonistas vivem.
O problema é que, como sabemos, a história é cíclica, e os humanos decidiram criar meios de controle para impedir uma nova guerra entre os dois grupos (e aí, os dotados basicamente se ferraram).

Quais métodos foram estes, vcs me perguntam: pois bem:
Primeiro, pensou-se num esquema de controle rígido. Sim, como vcs podem deduzir, estou me referindo a organização teocrática (não sei se o termo se aplica aqui, já que, teoricamente, o budismo não gira em torno da figura de um deus, mas por falta de algo mais preciso fica este). Repressão sobre qualquer tipo de tema espinhoso. Na dúvida, não se fala sobre isso pq "Deus não gosta". Educação e uma abordagem mais psicológicas são utilizadas, além de testes para encontrar usuários potencialmente perigosos. 
Além disso, etologia e manipulação genética. Estudos na natureza separam características que sejam interessantes de se aplicar aqui, e duas raças apresentam os melhores resultados: lobos e macacos. Dos lobos, pegou-se a idéia que resultou na "morte por vergonha". Nenhum membro da própria matilha pode ser atacado. Trocando em miúdos: Se um dotado atacar um humano, um gatilho genético vai lhe provocar o aumento de certas substancias no organismo até um nível letal, provocando ataque cardíaco. Isso explica a reação estranha que as crianças tinham com qualquer coisa remotamente ligada ao conceito de morte. Lembra de como as crianças olhavam de forma suspeita para aquelas moscas voando ao redor do cadáver de um animal, no terceiro episódio? Memória genética de uma época em que milhares de corpos apodreciam à céu aberto? 
Além disso, temos a "sociedade do amor". Qualquer possível conflito vai ser dissipado com, mais uma vez, um gatilho genético liberando hormônios sexuais, independente do sexo dos conflitantes (isso teria sido "pego emprestado" dos macacos bonobo, que resolvem seus conflitos basicamente praticando o coito). Lembram que no texto anterior eu disse que eles usavam o elemento moe típico dos animes atuais de um jeito bem criativo? Taí. As cenas de abraço, os amassos entre protagonistas e tals, não são só coisa pra agradar otaku babão e sim, elementos de roteiro ou, no caso da trama, mais um elemento de controle social. 

OBVIAMENTE a notícia não é bem recebida pelos guris. Então, basicamente, eles estão dentro de uma gigantesca matrix religiosa (na verdade, um campo de doutrinamento de portadores do Cantus) e seus próprios genes trabalham contra eles......

......ou não?

Os dois episódios seguintes, o 05 e o 06, tratam dos meninos tendo que se virar depois de serem atacados por um raça extremamente numerosa e hostil de bakenezumis selvagens, a colonia Ground Spider (e isso sem seus poderes, já que eles foram selados por um monge que os capturou. Como eu disse, falar com o Minoshiro é um crime grave e essa é a punição deles. É aí que eles são atacados e Rijin - o monge -  em questão é morto)
Nesse momento, mais uma vez, os garotos recebem mais uma rasteira da evolução (e eu repito aqui, "evolução é uma vadia inconstante"): enquanto fogem, encontram uma outra tribo de bakenezumis, em muito menor número, dizimados pelos Ground Spider. E entre eles, um bakenezumi inteligente. Capaz de utilizar a linguagem humana.

O que virá?

Ok, feito essa gigantesca recapitulação, a pergunta é: e agora? Antes de qualquer coisa, duas perguntas: o que seriam os demônios de carma (ou, simplesmente, portadores da síndrome da raposa no galinheiro, segundo a biblioteca viva) e eles realmente existem? E mais importante: o que seria a tal síndrome de Larman Krogeus, sobre a qual o minoshiro estava falando quando foi morto pelo monge?

Um demonio de carma


Bom, além disso, temos alguns vislumbres de que os protagonistas da história são mais importantes do que podem parecer num primeiro momento:

O grupo acaba se separando e Satoru e Saki acabam sozinhos. Momento de crise, tensão, e aí...bang... o gatilho sexual dispara. E temos a profundamente desconfortável cena dos dois se preparando pra....bem.... procurarem um certo alívio de toda essa guerra. Amasso aqui, amasso ali e....... Saki para. Desiste. "Nós não somos macacos". O gatilho falha.

Outra, outra: O Rijin que captura os meninos é morto pq "a morte por vergonha" se manifesta depois dele atacar os queerats selvagens (na verdade, quando o Minoshiro morre, ele libera uma última imagem residual de uma pessoa, de forma a provocar um mal estar que seria uma espécie de reação em menor intensidade da morte por vergonha. Mas depois, as crianças claramente afirmam que é a semelhança dos bakenezumis com humanos que piora a situação do homem). Então, no ep. 06, Saki consegue recuperar os poderes de Satoru. O primeiro ato dele? Libertar os dois da caverna e passar geral os Bakenezumis que os atacavam. E sem apresentar qualquer uma das sequelas que resultou na morte do acima citado monge, muito pelo contrário. O garoto manifesta inclusive um prazer sádico no processo, o que pode significar duas coisas: ou ele não disparou o gatilho genético auto-destrutivo pq ele simplesmente não vê os queerats como humanos, e sim como animais; ou ele simplesmente é capaz de burlar a programação genética, tal qual Saki fez anteriormente.

Satoru: botando pra foder!!!


E isso pode talvez, indicar que os garotos (não apenas os 5 protagonistas) podem estar evoluindo de forma a poderem superar a pré-programação genética. Vc junta isso à crescente insatisfação social somada às novas informações que possuem e o resultado é um barril de pólvora prestes a explodir. 
Outro foco, paralelo aqui, é o papel do Bakenezumi inteligente (se ele tem um nome, eu juro que não lembro agora). A princípio, ele parece meio idiota, apenas um animal que fala e tals, mas depois do ep. 06, me parece que a criatura está usando Satoru, com plenas forças, para apagar da existência a tribo Ground Spider, o que cria uma dinâmica curiosa aqui. Mais uma vez, fazendo uma auto-referência, ninguém disse que uma raça preterida evolutivamente precisa aceitar sua própria obsolescencia de forma passiva. Foi assim com os humanos ao tentar criar mecanismos de controle para os portadores do Cantus, e é possível que tb seja assim com esse queerat.

A tribo "Ground Spider"


Vale lembrar também que, na série, temos uma narração em off de uma versão adulta da Saki, que vez por outra, cita alguma tragédia de proporções planetárias que teria começado ali, naquele reino, e que estaria diretamente ligada com um dos membros do grupo. Maria estaria no olho do furacão. Mais do que isso (ainda) não sabemos. 
Eu, devo dizer que consigo vislumbrar algo de ruim acontecendo com a menina e uma aliança surgindo entre bakenezumis (talvez a tribo do queerat inteligente somada aos remanescentes da Ground Spider?) e dotados de forma a destruir a sociedade que os restringe. E aí, o inferno é o limite.
Por fim (pq esse texto está gigante) vale ressaltar mais uma vez que Deus pode não jogar dados, mas a evolução não parece ter restrições a esse respeito. Os meninos, neste mesmo episódio 06, são atacados por diferentes tipos de bakenezumis, criaturas beneficiadas (o uso não podia ser mais irônico aqui, já que o processo evolutivo é tudo, menos remotamente moral) pela irradiação evolutiva: existem queerats que se parecem com plantas, se camuflando perfeitamente em meio às arvores. Outros aquaticos e alguns com aspectos de toupeiras. Alguns pequenos, e outros com mais de 3 metros de altura, aparentemente dotados de uma absurda força física. Queerats capazes de criar ferramentas sofisticadas (como os sintetizadores de gás venenoso que vemos. E mesmo que o maquinario seja remanescente de sociedades humanas que ali viveram, ainda assim, os bichos foram espertos o suficiente para adaptar as maquinas às suas necessidades belicistas) e inclusive capazes de adotar táticas de guerrilhas, o que inclui até mesmo ataques suicidas (uma certa metafóra do ocidente capitalista vs. o oriente médio da Al-qaeda aqui ou viagem minha? deixo pra vcs decidirem). 

Fascinante, não? 3 raças. 3 espécies. Uma futura chacina pra acontecer. E no meio disso tudo, 5 crianças questionando seu papel numa sociedade que pré-determinou cada passo de suas vidas. Crianças estas que, cientes de sua condição de cativos, começam a se rebelar contra esta organização social repressora, e que começam a descobrir que, literalmente, possuem o poder pra mudar as coisas de vez.

Evolução odeia estagnação e tals, só dizendo. 

O resultado disso a gente vai ter que esperar a história terminar pra ver, mas essa tem tudo pra ser A série de animação desse ano. 
Eu continuo agora (em textos mais concisos, eu juro) resenhando episódio por episódio assim que saírem.
Até a próxima, guris.




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