GODZILLA VS. KING KONG (1962)
Diretor: Ishiro Honda
Era uma vez um gênio dos efeitos especiais norte-americano chamado Willis O´Brien. Obie, como era conhecido pelos íntimos, foi responsável pelos efeitos especiais de stop motion de Lost World (1925), do King Kong original (1933), Son of Kong (1933) e Mighty Joe (1949). Na década de 60, no entanto, não passava por um momento particularmente memorável, profissionalmente falando. Entre um e outro projeto pequeno, Obie rascunhou a idéia de um filme que se chamaria "King Kong vs Frankenstein". Na trama, um descendente do dr. Frankenstein criaria uma nova versão do monstro, maior e mais poderoso que o original que, tal qual na história que servi-lhe de inspiração, mata seu criador e foge. Paralelo a isso, um grupo de marinheiros parte para a ilha da caveira para capturar Kong e o resultado disso é óbvio: em algum momento as duas criaturas se encontrariam em solo americano e aí o resultado é a pura e simples porrada.
O roteiro parou na mão do advogado da RKO Radio Pictures e este passou a bagaça para John Beck, produtor, que abraçou a causa do filme. Primeiro passo: contratar um roteirista para lapidar o texto original de Obie. Foi contratado George Worthing Yates, responsável por grandes filmes de sci-fi da época como "Them!" (1954), "It came from beneath the sea" (1955), "Earth vs. The Flying Saucers" (1956) e "War of Colossal Beast" (1958). Primeira mudança significativa: o filme muda de titulo para "King Kong vs. Prometheus". Roteiro finalizado, resta conseguir um estúdio que banque a idéia. Depois de não conseguir cativar nenhum estúdio norte-americano, Beck leva "King Kong vs Prometheus" para alguns estrangeiros e depois de passar pela Itália (sem sucesso) Beck vai parar no Japão.
Lá, consegue falar com alguns executivos da Toho, que demonstram grande interesse pelo filme. Mas esse interesse não se deu pelos méritos do roteiro e sim porque queriam conseguir os direitos para usar o King Kong em um de seus filmes de kaijuu.
Acordos feitos, contratos assinados, o monstro de Frankenstein foi apagado do roteiro e substituído pelo Big G. E a partir daí, nossa história começa de fato.
"The main thing I wanted in this picture was enjoyment"
Ishiro Honda
Ok.....como vocês podem perceber, existem uns hiatos grandes, cronologicamente falando, entre os filmes que eu vi da franquia do Godzilla e isso causou uns estranhamentos em mim enquanto via os filmes. Entre o filme original e esse aqui tiveram duas sequências e uma mudança absurda no tom dos filmes. Se o filme de 54 era sério até a alma, esse aqui .....bom...... não é. E vejam bem, nem digo isso apenas me baseando em minhas impressões do filme (mas sim, eu achei ele bem infantil, o que, vejam bem, não é necessariamente ruim) mas sim em comentários (injuriados) do próprio diretor da bagaça, Ishiro Honda:
"There was a huge fall in the average age of Godzilla fans, so Toho decided it would be a good idea to make him more heroic and less scary. I didn't like the idea, but I couldn't really oppose it. ... We didn't have many rights then. Once you made a film, it became company property."
Ou seja, graças ao enorme sucesso com as crianças japonesas, a maquina de matar do filme original virou......um monstro de (relativo) bom coração (e se acham esse filme infantil, procurem por "Godzilla vs. Megalon", onde o monstro se alia a um super-herói estilo Ultraman para combater monstros malignos). E aí a crítica rasgada e o monstro como metáfora são substituídos pela crítica sutil e pelo WWF entre kaijuus. E vejam bem, nada de ruim nisso, as duas abordagens tem seus méritos. Se a primeira produziu um filme com conteúdo mais dramático, a segunda produziu filmes que são diversão pura (mas que não é necessariamente vazia, já que quase todos os filmes do Big G. trazem uma mensagem ecológica e anti-belicista). E falando em diversão, vamos ao filme:
Ok........... os problemas aqui são basicamente dois: primeiramente, eu não espero que filme de kaijus tenham uma trama particularmente complexa e tals, mas CARALHO, a história do filme gira em torno de uma firma de publicidade que, na tentativa de limpar a barra de uma industria farmacêutica envolvida em crises de opinião pública, decide enviar um grupo até a ilha da Caveira (sim, eu sei que no filme chamam de Ilhas Faro, mas pro inferno, é a ilha da Caveira e ponto) para capturar o King Kong e usa-lo como garoto propaganda de seus produtos.
.....
....
Ok, você não espera brilhantismo vindo de uma agência de publicidade (exceto quando ela é capitaneada por Don Draper mas essa é outra história), mas não me parece que trazer um garganthua de mais de 50 metros de altura pro Japão seja uma boa idéia. Ah sim, como notaram, deram uma turbinada no gorilão (que na versão original tinha pouco mais de 15 metros de altura) pra poder coloca-lo em posição de igualdade contra o Godzilla.
Enfim, desconsiderando qualquer bom senso, eles mandam um grupo até a ilha africana para capturar o símio gigante. A ilha africana do Kong...
A ilha que fica na África
cheia de japoneses pintados de preto e com peruca black power.....
enfim.....
Depois de uma cena musical bizarra e do ataque de um polvo gigante (!!!!) o grupo consegue capturar Kong utilizando-se de uma técnica milenar: dão um goró local pro bicho e derrubam ele.
....
...
sim, sim, só melhora. Depois de encherem a cara do Kong, eles acorrentam o bicho num navio e o levam pro Japão....
.......ENQUANTO...... Godzilla acorda e, por alguma razão cósmica, decide que é uma boa hora de ir pro Japão também.
....sério, kaijus são tipo gatos, né? o território é deles e ai de qualquer outro monstro gigante que tente invadir a área (ou tipo traficante em favela....nah, prefiro a comparação anterior).
O resultado é inevitável, a porradaria vai comer solta e....
......
....e lembram que eu disse que o filme tinha dois grandes problemas, certo? bom, o segundo problema é que os monstros, salvo uma cena curtinha no meio do filme, só vão se moer de pancada MESMO nos últimos 10 minutos de filme.
Sim, sim, a coisa é meio broxante assim mesmo. Mas pelo menos a briga é firmeza, com direito a voadora e ao Kong entuchando uma arvore na garganta do lagartão japonês
huahauahauhaua......por que esse filme consta na lista do "golden turkey awards" de piores filmes de todos os tempos e não na de filmes mais reconhecidos em prêmios oficiais do cinema, eu jamais vou entender.
....enfim, a porradaria é extremamente divertida de se ver. Godzilla é mais forte e tem suas rajadas atômicas, mas o gorilão tem a vantagem de ser imune à eletricidade, na verdade se fortalecendo dela (resquícios de roteiro de quando o Kong na verdade era o Frankenstein) ao contrário do Big G. que é ferido por energia elétrica e.....
.....
wait a second....
......
.....enfim.....acharam provavelmente que o Godzilla era muito overpower e resolveram dar um downgrade em seus poderes, tornando-o vulnerável a eletricidade.
No final, pra que nem os fãs do Kong nem do monstro atômico japonês se frustrassem com um ganhando do outro, eles terminam a briga caindo no mar e desaparecendo.
Apesar dos probleminhas citados acima, devo dizer que gostei bastante do filme, extremamente divertido e até com seus momentinhos de crítica social. Sai a crítica contra o uso de armas nucleares e entra a mensagem anti-comercialismo. Vejam bem: o vilão do filme não é nenhum dos dois monstros como pode parecer, mas sim o Mr. Tako, o publicitário from hell que por pura ganância, trouxe Kong pro Japão e permitiu que toda essa situação ocorresse. A crítica é clara contra a ganância que permite que, em nome do livre comércio e das leis de mercado, homens como Tako arrisquem centenas de vidas. Segundo o já citado livro de Ryfle, quando descreve esse elemento do filme:
"Television was still a relatively new phenomenon in japan in 1962 (the first broadcasts
occurred in 1953), and ratings wars were turning the medium into a circus. Honda and screenwriter Shinichi Sekizawa, authoring the first of several great Godzilla scripts, deftly fashioned intersecting story lines to create two movies within one: The first is a great parody of Japanese corporate greed and ruthlessness in the advertising age, symbolized by Mr. Tako, the foolhardy publicity man willing to risk the safety of an entire nation to hype his company's products through a TV program; the second, lesser half is a stock giant-monster scenario"
Profundo, não?
E as cenas de luta são bem ágeis até, considerando que são dois autores em roupas bem pesadas e quentes. À época, a luta livre estava se popularizando no Japão e aproveitaram para emprestar alguns dos movimentos desse esporte pro combate entre os dois gigantes. Homenageando a técnica de animação que tornou o King Kong de 33 possível tem uma cena bem legal em stop motion onde o Godzilla acerta um roundhouse kick no gorilão
Aliás, falando em efeitos especiais, o filme é muito legal pra quem se liga particularmente nesse aspecto da produção cinematográfica já que temos varias técnicas sendo utilizadas aqui, de puppets a stop motion. Uma das minhas preferidas é a utilizada no ataque do polvo gigante (que variava entre um tentáculo em stop motion, um puppet esquisito e um polvo de verdade, além de muito chroma key ^^)
Enfim, vão ver o filme. Baixem um pouco as expectativas, mas podem ir tranquilos que é bem divertido. ^^
GHIDORAH, THE THREE HEADED MONSTER (1964)
Direção: Ishiro Honda
Esse filme é um dos mais divertidos da série, e só não é o mais awesome de todos porque tenho em altíssima conta os filmes da década de 90 (e isso sem falar do inacreditavelmente épico "Godzilla Final Wars", mas ainda é cedo pra citá-lo). Aqui rola o primeiro projeto de reunião de kaijuus no cinema, que vai MESMO acontecer no filme seguinte da maratona, "Destroy all monsters". Na trama, o oficial Shindo é encarregado de fazer uma matéria sobre a princesa Selina de um pais próximo ao Japão. Na viagem de ida ao Japão, no entanto, o avião da moça explode e ela é dada como morta.
Algum tempo depois, uma jovem aparece se dizendo uma profetiza venusiana anunciando um destino terrível pro planeta. E sim, obviamente, a jovem profetiza é a princesa acima citada.
Segundo ela, o povo venusiano era altamente avançado até que uma besta do apocalipse conhecida como King Ghidorah erradicou sua existência em questão de dias.
Enquanto isso um grupo de cientistas estudam um misterioso meteoro gigante caído em solo japonês
Ah sim, além de tudo isso, claro, como não poderia deixar de ser, Godzilla reaparece pra tocar o terror no Japão. E pra piorar tudo, ao mesmo tempo em que Rodan, o pterodáctilo gigante, também desperta de sua hibernação. A regra acima, de King Kong vs Godzilla se mantém, e claro, os monstros vão ter que sair na porrada.
Só que em um determinado momento, o tal meteoro começa a brilhar e aí...
......KING GHIDORAH!!!
Prevendo o apocalipse, as gêmeas Cosmo (lembram delas? aquelas duas gemeazinhas que "controlam" a Mothra) invocam a borboleta gigante que vem em auxílio. Só que, pra quem não viu o filme anterior na cronologia da série, a criatura originaria da Infant Island foi morta em combate contra o Big G e como de praxe, uma nova encarnação da mariposa vai ter que surgir. Como consequência, a Mothra que vemos durante todo o filme é uma larva.
Sim, o destino do mundo está nas mãos de uma Caterpie gigante.
ah sim, tem uma subtrama envolvendo os assassinos que detonaram o avião da princesa Selina indo pro japão pra tentar terminar o serviço decentemente e dar cabo dela, mas considerando que temos 04 monstros aqui, em rota de colisão, quem se importa com a história da moça?
Godzilla e Rodan seguem se enfrentando até que Mothra interrompe a briga e aí os monstros vão........... conversar.
.....
Sim, eles vão se sentar e discutir a situação em que estão envolvidos.
Mothra vai tentar enfiar algum juízo na cabeça dos dois e convence-los a se unirem contra King Ghidorah.
Eu juro!!!! Segue a cena em gif
Infelizmente, Godzilla e Rodan não se mostram muito dispostos a interceder a favor dos humanos. Compreensível, eu diria. Depois de vários filmes onde a humanidade disparou balas, misseis, criou campos eletrificados e usou de todos os recursos possíveis pra se livrar do lagartão, compreensível que ele guarde alguma mágoa.
Monstros numa mesa redonda discutindo seu ressentimento contra os humanos. Mano, depois me perguntam por que eu adoro essa fase mais divertida da cine-série do Big G.
Enfim, sem sucesso na tentativa de entrarem em acordo, os dois monstros maiores seguem seu rumo e Mothra vai sozinha tentar deter Ghidorah, e os resultados, como vocês podem imaginar (e como qualquer jogador de pokemon que já enfrentou um Caterpie pode atestar) não é dos melhores.
Mas hey, nem tudo está perdido. Godzilla e Rodan vêem o combate entre o dragão de 3 cabeças e a larva gigante e, comovidos, decidem abandonar suas desavenças e ir em seu resgate.
e aí....
Ghidorah começa dando um certo trabalho, mas no final os monstros trabalham em equipe (serião)
....
....e salvam o dia!!! aeeeeeeee
Pra quem diz que trabalho em equipe é uma falácia, chupa essa!!!!!
King Ghidorah vê que não vai dar conta e parte pro espaço.
Ah sim, no combate, paralelo a tudo isso, os assassinos da princesa são mortos e ela recupera a memória.
O Japão está salvo, os monstros voltam pra seus respectivos lares, o bem venceu o mal e espantou o temporal e o filme acaba.
Mano, eu já disse isso, mas vou me repetir: que filme divertido. Efeitos especiais, roteiro, todos os elementos se juntando pra fazer um filme que é basicamente awesomeness pura!!! Um dos meus preferidos de toda a franquia
DESTROY ALL MONSTERS (1968)
Diretor: Jun Fukuda
Diretor: Ishiro Honda
Era uma vez um gênio dos efeitos especiais norte-americano chamado Willis O´Brien. Obie, como era conhecido pelos íntimos, foi responsável pelos efeitos especiais de stop motion de Lost World (1925), do King Kong original (1933), Son of Kong (1933) e Mighty Joe (1949). Na década de 60, no entanto, não passava por um momento particularmente memorável, profissionalmente falando. Entre um e outro projeto pequeno, Obie rascunhou a idéia de um filme que se chamaria "King Kong vs Frankenstein". Na trama, um descendente do dr. Frankenstein criaria uma nova versão do monstro, maior e mais poderoso que o original que, tal qual na história que servi-lhe de inspiração, mata seu criador e foge. Paralelo a isso, um grupo de marinheiros parte para a ilha da caveira para capturar Kong e o resultado disso é óbvio: em algum momento as duas criaturas se encontrariam em solo americano e aí o resultado é a pura e simples porrada.
O roteiro parou na mão do advogado da RKO Radio Pictures e este passou a bagaça para John Beck, produtor, que abraçou a causa do filme. Primeiro passo: contratar um roteirista para lapidar o texto original de Obie. Foi contratado George Worthing Yates, responsável por grandes filmes de sci-fi da época como "Them!" (1954), "It came from beneath the sea" (1955), "Earth vs. The Flying Saucers" (1956) e "War of Colossal Beast" (1958). Primeira mudança significativa: o filme muda de titulo para "King Kong vs. Prometheus". Roteiro finalizado, resta conseguir um estúdio que banque a idéia. Depois de não conseguir cativar nenhum estúdio norte-americano, Beck leva "King Kong vs Prometheus" para alguns estrangeiros e depois de passar pela Itália (sem sucesso) Beck vai parar no Japão.
Lá, consegue falar com alguns executivos da Toho, que demonstram grande interesse pelo filme. Mas esse interesse não se deu pelos méritos do roteiro e sim porque queriam conseguir os direitos para usar o King Kong em um de seus filmes de kaijuu.
Acordos feitos, contratos assinados, o monstro de Frankenstein foi apagado do roteiro e substituído pelo Big G. E a partir daí, nossa história começa de fato.
"The main thing I wanted in this picture was enjoyment"
Ishiro Honda
Ok.....como vocês podem perceber, existem uns hiatos grandes, cronologicamente falando, entre os filmes que eu vi da franquia do Godzilla e isso causou uns estranhamentos em mim enquanto via os filmes. Entre o filme original e esse aqui tiveram duas sequências e uma mudança absurda no tom dos filmes. Se o filme de 54 era sério até a alma, esse aqui .....bom...... não é. E vejam bem, nem digo isso apenas me baseando em minhas impressões do filme (mas sim, eu achei ele bem infantil, o que, vejam bem, não é necessariamente ruim) mas sim em comentários (injuriados) do próprio diretor da bagaça, Ishiro Honda:
"There was a huge fall in the average age of Godzilla fans, so Toho decided it would be a good idea to make him more heroic and less scary. I didn't like the idea, but I couldn't really oppose it. ... We didn't have many rights then. Once you made a film, it became company property."
Ou seja, graças ao enorme sucesso com as crianças japonesas, a maquina de matar do filme original virou......um monstro de (relativo) bom coração (e se acham esse filme infantil, procurem por "Godzilla vs. Megalon", onde o monstro se alia a um super-herói estilo Ultraman para combater monstros malignos). E aí a crítica rasgada e o monstro como metáfora são substituídos pela crítica sutil e pelo WWF entre kaijuus. E vejam bem, nada de ruim nisso, as duas abordagens tem seus méritos. Se a primeira produziu um filme com conteúdo mais dramático, a segunda produziu filmes que são diversão pura (mas que não é necessariamente vazia, já que quase todos os filmes do Big G. trazem uma mensagem ecológica e anti-belicista). E falando em diversão, vamos ao filme:
Ok........... os problemas aqui são basicamente dois: primeiramente, eu não espero que filme de kaijus tenham uma trama particularmente complexa e tals, mas CARALHO, a história do filme gira em torno de uma firma de publicidade que, na tentativa de limpar a barra de uma industria farmacêutica envolvida em crises de opinião pública, decide enviar um grupo até a ilha da Caveira (sim, eu sei que no filme chamam de Ilhas Faro, mas pro inferno, é a ilha da Caveira e ponto) para capturar o King Kong e usa-lo como garoto propaganda de seus produtos.
.....
ROUND 01 - FIGHT!!!! |
Ok, você não espera brilhantismo vindo de uma agência de publicidade (exceto quando ela é capitaneada por Don Draper mas essa é outra história), mas não me parece que trazer um garganthua de mais de 50 metros de altura pro Japão seja uma boa idéia. Ah sim, como notaram, deram uma turbinada no gorilão (que na versão original tinha pouco mais de 15 metros de altura) pra poder coloca-lo em posição de igualdade contra o Godzilla.
Enfim, desconsiderando qualquer bom senso, eles mandam um grupo até a ilha africana para capturar o símio gigante. A ilha africana do Kong...
A ilha que fica na África
cheia de japoneses pintados de preto e com peruca black power.....
enfim.....
Depois de uma cena musical bizarra e do ataque de um polvo gigante (!!!!) o grupo consegue capturar Kong utilizando-se de uma técnica milenar: dão um goró local pro bicho e derrubam ele.
....
Kong todo trabalhado na cachaça |
...
sim, sim, só melhora. Depois de encherem a cara do Kong, eles acorrentam o bicho num navio e o levam pro Japão....
Kong completamente entregue à bebida |
.......ENQUANTO...... Godzilla acorda e, por alguma razão cósmica, decide que é uma boa hora de ir pro Japão também.
....sério, kaijus são tipo gatos, né? o território é deles e ai de qualquer outro monstro gigante que tente invadir a área (ou tipo traficante em favela....nah, prefiro a comparação anterior).
O resultado é inevitável, a porradaria vai comer solta e....
......
....e lembram que eu disse que o filme tinha dois grandes problemas, certo? bom, o segundo problema é que os monstros, salvo uma cena curtinha no meio do filme, só vão se moer de pancada MESMO nos últimos 10 minutos de filme.
Sim, sim, a coisa é meio broxante assim mesmo. Mas pelo menos a briga é firmeza, com direito a voadora e ao Kong entuchando uma arvore na garganta do lagartão japonês
huahauahauhaua......por que esse filme consta na lista do "golden turkey awards" de piores filmes de todos os tempos e não na de filmes mais reconhecidos em prêmios oficiais do cinema, eu jamais vou entender.
....enfim, a porradaria é extremamente divertida de se ver. Godzilla é mais forte e tem suas rajadas atômicas, mas o gorilão tem a vantagem de ser imune à eletricidade, na verdade se fortalecendo dela (resquícios de roteiro de quando o Kong na verdade era o Frankenstein) ao contrário do Big G. que é ferido por energia elétrica e.....
.....
wait a second....
Então.... o Godzilla no filme original, 8 anos antes, completamente de boa com eletricidade..... |
......
.....enfim.....acharam provavelmente que o Godzilla era muito overpower e resolveram dar um downgrade em seus poderes, tornando-o vulnerável a eletricidade.
No final, pra que nem os fãs do Kong nem do monstro atômico japonês se frustrassem com um ganhando do outro, eles terminam a briga caindo no mar e desaparecendo.
Apesar dos probleminhas citados acima, devo dizer que gostei bastante do filme, extremamente divertido e até com seus momentinhos de crítica social. Sai a crítica contra o uso de armas nucleares e entra a mensagem anti-comercialismo. Vejam bem: o vilão do filme não é nenhum dos dois monstros como pode parecer, mas sim o Mr. Tako, o publicitário from hell que por pura ganância, trouxe Kong pro Japão e permitiu que toda essa situação ocorresse. A crítica é clara contra a ganância que permite que, em nome do livre comércio e das leis de mercado, homens como Tako arrisquem centenas de vidas. Segundo o já citado livro de Ryfle, quando descreve esse elemento do filme:
"Television was still a relatively new phenomenon in japan in 1962 (the first broadcasts
occurred in 1953), and ratings wars were turning the medium into a circus. Honda and screenwriter Shinichi Sekizawa, authoring the first of several great Godzilla scripts, deftly fashioned intersecting story lines to create two movies within one: The first is a great parody of Japanese corporate greed and ruthlessness in the advertising age, symbolized by Mr. Tako, the foolhardy publicity man willing to risk the safety of an entire nation to hype his company's products through a TV program; the second, lesser half is a stock giant-monster scenario"
Profundo, não?
E as cenas de luta são bem ágeis até, considerando que são dois autores em roupas bem pesadas e quentes. À época, a luta livre estava se popularizando no Japão e aproveitaram para emprestar alguns dos movimentos desse esporte pro combate entre os dois gigantes. Homenageando a técnica de animação que tornou o King Kong de 33 possível tem uma cena bem legal em stop motion onde o Godzilla acerta um roundhouse kick no gorilão
ZILLA KICK!!!!! |
Aliás, falando em efeitos especiais, o filme é muito legal pra quem se liga particularmente nesse aspecto da produção cinematográfica já que temos varias técnicas sendo utilizadas aqui, de puppets a stop motion. Uma das minhas preferidas é a utilizada no ataque do polvo gigante (que variava entre um tentáculo em stop motion, um puppet esquisito e um polvo de verdade, além de muito chroma key ^^)
O polvo do mal espalhando caos e destruição |
Enfim, vão ver o filme. Baixem um pouco as expectativas, mas podem ir tranquilos que é bem divertido. ^^
GHIDORAH, THE THREE HEADED MONSTER (1964)
Direção: Ishiro Honda
Esse filme é um dos mais divertidos da série, e só não é o mais awesome de todos porque tenho em altíssima conta os filmes da década de 90 (e isso sem falar do inacreditavelmente épico "Godzilla Final Wars", mas ainda é cedo pra citá-lo). Aqui rola o primeiro projeto de reunião de kaijuus no cinema, que vai MESMO acontecer no filme seguinte da maratona, "Destroy all monsters". Na trama, o oficial Shindo é encarregado de fazer uma matéria sobre a princesa Selina de um pais próximo ao Japão. Na viagem de ida ao Japão, no entanto, o avião da moça explode e ela é dada como morta.
Algum tempo depois, uma jovem aparece se dizendo uma profetiza venusiana anunciando um destino terrível pro planeta. E sim, obviamente, a jovem profetiza é a princesa acima citada.
Segundo ela, o povo venusiano era altamente avançado até que uma besta do apocalipse conhecida como King Ghidorah erradicou sua existência em questão de dias.
Enquanto isso um grupo de cientistas estudam um misterioso meteoro gigante caído em solo japonês
Ah sim, além de tudo isso, claro, como não poderia deixar de ser, Godzilla reaparece pra tocar o terror no Japão. E pra piorar tudo, ao mesmo tempo em que Rodan, o pterodáctilo gigante, também desperta de sua hibernação. A regra acima, de King Kong vs Godzilla se mantém, e claro, os monstros vão ter que sair na porrada.
Só que em um determinado momento, o tal meteoro começa a brilhar e aí...
......KING GHIDORAH!!!
Prevendo o apocalipse, as gêmeas Cosmo (lembram delas? aquelas duas gemeazinhas que "controlam" a Mothra) invocam a borboleta gigante que vem em auxílio. Só que, pra quem não viu o filme anterior na cronologia da série, a criatura originaria da Infant Island foi morta em combate contra o Big G e como de praxe, uma nova encarnação da mariposa vai ter que surgir. Como consequência, a Mothra que vemos durante todo o filme é uma larva.
Sim, o destino do mundo está nas mãos de uma Caterpie gigante.
ah sim, tem uma subtrama envolvendo os assassinos que detonaram o avião da princesa Selina indo pro japão pra tentar terminar o serviço decentemente e dar cabo dela, mas considerando que temos 04 monstros aqui, em rota de colisão, quem se importa com a história da moça?
Godzilla e Rodan seguem se enfrentando até que Mothra interrompe a briga e aí os monstros vão........... conversar.
Os 3 monstros sentados em círculo compartilhando seus sentimentos, medos e esperanças |
.....
Sim, eles vão se sentar e discutir a situação em que estão envolvidos.
Mothra vai tentar enfiar algum juízo na cabeça dos dois e convence-los a se unirem contra King Ghidorah.
Eu juro!!!! Segue a cena em gif
Malditos monstros!!!!! |
Monstros numa mesa redonda discutindo seu ressentimento contra os humanos. Mano, depois me perguntam por que eu adoro essa fase mais divertida da cine-série do Big G.
Enfim, sem sucesso na tentativa de entrarem em acordo, os dois monstros maiores seguem seu rumo e Mothra vai sozinha tentar deter Ghidorah, e os resultados, como vocês podem imaginar (e como qualquer jogador de pokemon que já enfrentou um Caterpie pode atestar) não é dos melhores.
Mas hey, nem tudo está perdido. Godzilla e Rodan vêem o combate entre o dragão de 3 cabeças e a larva gigante e, comovidos, decidem abandonar suas desavenças e ir em seu resgate.
e aí....
mexer com o baixinho é sacanagem |
Ghidorah começa dando um certo trabalho, mas no final os monstros trabalham em equipe (serião)
....
....e salvam o dia!!! aeeeeeeee
Pra quem diz que trabalho em equipe é uma falácia, chupa essa!!!!!
King Ghidorah vê que não vai dar conta e parte pro espaço.
Ah sim, no combate, paralelo a tudo isso, os assassinos da princesa são mortos e ela recupera a memória.
O Japão está salvo, os monstros voltam pra seus respectivos lares, o bem venceu o mal e espantou o temporal e o filme acaba.
Mano, eu já disse isso, mas vou me repetir: que filme divertido. Efeitos especiais, roteiro, todos os elementos se juntando pra fazer um filme que é basicamente awesomeness pura!!! Um dos meus preferidos de toda a franquia
DESTROY ALL MONSTERS (1968)
Diretor: Jun Fukuda
Ok, senão vejamos.
Tem Godzilla? Sim. Tem Rodan? Yep. Tem Mothra? Oh boy.
E tem King Ghidorah, tem Baragon, Anguiron, Manda (esse eu
confesso q eu nem conhecia). Poderia ser melhor se não tivesse o filho do
godzilla, mas whatever.
È o UFC dos Monstros gigantes (ou como eu acho vale tudo um
porre insuportável, vou dizer que é o WWF dos Kaijuu). O roteiro mostra a Terra
no futuro, no distante ano de 1997. A lua já foi colonizada e vivemos em
relativa paz aqui na Terra. Uma ilha só pros kaijuu foi feita e eles vivem lá,
num ambiente meio Jurassic Park, felizes, comendo e vivendo sua vida de forma
produtiva.
Até o dia em que o sinal que mantêm as barreiras da ilha em pé vai pro caralho e os monstros começam a atacar diferentes lugares do planeta (Palmas pra Anguiron q escolheu bem e foi direto pra França. aplausos de pé pro bichão botando o arco do triunfo abaixo. \o/).
O fato é que temos mais uma invasão de alienígenas hostis à Terra e claro que a merda ocorrida na ilha dos monstros é parte do plano do extraterrestres, que planejam usar Big G e seus colegas pra apagar a humanidade do planeta. O filme é divertido como de praxe e olha só, dessa vez a parte dos humanos nem é tão chata. Realmente achei curioso o grupo de cientistas tentando deter a invasão em progresso enquanto o resto do mundo é posto abaixo pelo Rei dos monstros gigantes e seus colegas. Com o tempo, no entanto, os aparelhos que os aliens espalharam pelo mundo pra controlar as criaturas gigantes são encontrados e destruídos e os monstros, agora libertos da influência externa, partem pro revide.
Vendo que a casa ia cair, os ETs apelam pra sua arma final:
KING FUCKING GHIDORAH. E a partir daí é
Alguns pontos: primeiramente, vou reforçar o que os rapazes
do kaijucast disseram ao comentar sobre esse filme e que foi uma impressão que tive
ao assistir a obra: esse filme tem a cena mais agressiva de todas até agora: uma cientista está sob controle dos invasores e um cientista tentando detê-los
percebe que os brincos que ela usa são aparelhos de controle mental. O que ele
faz? Usa uma seringa com sonífero ou um paninho com clorofórmio pra botar a moça
pra mimir e aí, gentilmente tirar os brincos dela? Nope, simplesmente arranca
os brincos na marra, rasgando os lóbulos da orelha da rapariga.
OUCH!!!!!
Lembrei de rainha da sucata, em que a Laurinha, personagem
da Gloria Menezes faz exatamente o mesmo com a personagem da Regina Duarte
(whatever o nome) antes de se atirar de um prédio Talvez ela tivesse feito
isso por suspeitar que a Regina Duarte estivesse sob controle de invasores do
planeta Kiraku.
…....acho que não.... eu me lembraria se tivessem Kaijuu em
rainha da sucata..
Diabos, eu me lembro perfeitamente dos zumbis em Vamp e da
viagem no tempo em Kubanacan. Eu me lembro até que houve uma personagem sendo
estuprada por um homem possuído pelo demônio em “Olho no Olho” (Diabos, novelas
da 7 eram divertidas pra cacete antigamente.......ou isso ou eu só não tinha
senso crítico plenamente desenvolvido nessa época).
Eu me lembraria se mostrassem o Godzilla destruindo o Leblon
numa novela.
Enfim.....
- Numa evolução da mesa redonda feita em “Ghidorah, the 3
headed monster”, os monstros, depois de se libertarem do jugo do povo Kiraku,
se reúnem e trocam uma idéia sobre o que fazer em seguida. E como este tipo de
garganthua não é universalmente conhecido por sua misericórdia, eles decidem
cobrir os invasores de porrada. Justo. Karma is a bitch.
- Mano, esse filme vai ficar marcado em mim pelo que ele
poderia ter sido. Então, temos os Kiraku dominando a mente de um pequeno grupo
de cientistas e os cooptando pra facilitar a invasão na Terra. E aí, eu noto q
um dos invasores é este simpático rapaz.
“Quem é este moço, tio Urso?”
PORRA, little John, sempre me decepcionando.
Este homem, o excelentíssimo Susumu Kurobe, 3 anos antes de
Destroy all monsters interpretou ninguém menos que Shin Hayata.
“quem?”
pqp, little John. ESTE É SHIN HAYATA.
Melhorou? Nope? ok, vou desenhar pra ver se fica mais claro
SIM, LITTLE JOHN E DEMAIS LEITORES JOVENS DEMAIS PRA SABER
DISSO!!!!! Shin Hayata era a identidade civil de, junto com os robôs gigantes e
os monstros gigantes, uma das maiores instituições culturais japonesas ever: O
MOTHAFUCKING ULTRAMAN!!!! E não QUALQUER Ultraman, mas o ORIGINAL!!!!!!!
Então, os senhores vão me desculpar, mas espero que entendam que fiquei mega frustrado, mesmo sabendo o absurdo que era esperar algo assim,
quando, depois de se libertar do controle mental, o personagem de Susumu Kurobe
não sacou a porra da capsula beta e aí...
HEN MOTHAFUCKING SHIN!!!!!!!
Sim, eu sei que este não é o Ultraman original, mas não achei gifs do Henshin do Hayata |
Apesar de tudo, esse é outro filme bastante divertido da série, principalmente por ser a primeira (mas não a ultima) vez em que vemos todos os monstros famosos da cultura pop japonesa reunidos.
Mas falo mais disso adiante, conforme a maratona for progredindo.
Ah sim, mais ou menos off topic, mas, vejam essa porra desse vídeo
cacete, mano. Pros fãs de Ultraman que ocasionalmente caírem
aqui, entendem porque toda, TODA vez q eu vejo esse vídeo, eu choro tal qual um
garotinho??? Awesomeness. Awesomeness pura.
Mano, é bastante simples o problema desse filme e já mando
de cara: eles tentam me fazer torcer contra o Godzilla.
E mano, eu NUNCA torceria contra o Godzilla. Nem que ele
estivesse em via de pisar num hospital infantil com lindas criancinhas e os
ursinhos carinhosos montados em pôneis dentro.
Nem que ele estivesse invadindo Avaré e em vias de apagar o
bairro onde meus pais moram com uma rajada atômica.
A unica forma de torcer contra o Godzilla seria se fizessem
um filme intitulado “Godzilla vs Ziggy Stardust” (imaginei David Bowie montado
em Kumonga, a aranha gigante, atacando o Big G com uma guitarra e o riff de
Rebel Rebel)
Mesmo assim, e do pedaço humano do filme ter uma trama um
pouco confusa, gostei bastante do que vi (até porque o papel da história envolvendo
humanos nos filmes do Godzilla só precisa ser boa o suficiente pra não ofender
a inteligencia de ninguém porque o que a gente quer mesmo é ver o lagartão
detonando cidades e saindo no braço com outros monstros colossais). A trama
gira em torno do Japão, finalmente, depois de 40 anos tomando na cabeça com
invasões quinzenais, desenvolvendo um plano de medidas anti-Kaiju. A principal
delas envolve um conjunto de bactérias q devoram energia nuclear. E como o
monstro que protagoniza o filme é basicamente, movido à base de energia dessa
procedência...... (na verdade, segundo o filme, e é interessante entender um
pouquinho da anatomia interna do bichão, o monstro conta com uma espécie de
flora estomacal de bactérias nucleares que absorvem os alimentos e os convertem para o
tipo específico de energia que mantém o monstro vivo. Technobabble, eu sei, mas
divertida assim mesmo). Vale destaque
também outro desses aparatos anti-godzilla apresentado nesse filme: a Super
X-2, uma nave capaz de absorver e redirecionar as rajadas atômicas do bichão
(tomara que apareça em filmes futuros, inclusive)
O problema é que sempre existe o risco dessa tecnologia cair
nas mãos erradas e ser utilizada para aniquilar o poderio nuclear de algum país
desavisado (eu dormiria bem melhor sabendo que não existem armas nucleares no
mundo, mas enfim....). Paralelo a isso, temos a história do Dr. Shiragami que
combina células do Godzilla (usadas para a bactéria anti-tecnologia de que falei
acima) com células de plantas e, de alguma forma, a alma da filha morta (????)
pra criar uma criatura meio monstro atômico, meio planta, 100% kaiju, o Biollante
Biollante na forma original |
Bom, como vocês notaram, do filme anterior pra esse foram quase 20 anos e deu pra notar como o tempo passou pra série. Primeiramente, o visual do Big G mudou um pouco, sendo um pouco mais assustador. Segundo, os efeitos especiais avançaram bastante. As roupas de monstro soam mais criveis, com mais detalhes e efeitos que ou não existiam antes ou que tinham um resultado final na tela bem mais tosco (o efeito do Biollante se movendo pra cima do Godzilla, por exemplo, ficou bem legal, sendo bem assustador). A cena que abre o filme, com o rei dos monstros arrasando Tóquio ficou animal, com um tom perturbador que lembrou o tom sério do primeiro filme, de 54.
Biollante na forma SuperSayajin |
A porradaria entre os dois é bem legal. Não muito dinâmica porque...bem......é uma planta gigante, então... mas mesmo com as limitações do tamanho do monstro, as cenas de ação são bem competentes.
"Feed me, Seymour!" |
E eu preciso comentar dos atores falando inglês nesse filme: mano, Joel Santana fez escola, porque, pqp..... aliás, isso é curioso na série. Ou o inglês falado é rocambolesco ou é perfeito mas com um forte sotaque redneck. Uma sutil crítica, talvez?
Pra que não digam que não citei, existe também um país fictício do
oriente médio tentando botar as mâozinhas em cima da arma anti-nuclear. Oriente
médio, norte-americanos e japoneses numa espécie de corrida armamentista no
próximo passo do que diz respeito a armas biológicas. Promissor, hã? Infelizmente
essa subtrama não tem maiores consequências do que um assassino de traços árabes aparecendo de vez em quando e cuja principal realização é passar fogo no
cientista que começou com essa zona toda e ser desintegrado ao final do filme.
Podemos seguir adiante, curioso pelo que vem, já que o próximo parece ser um remake do meu filme favorito da série até agora, “Godzilla vs King Ghidorah”.
Mano.....se eu tava reclamando que os filmes do Godzilla
pecavam um pouco na parte da história reservada pros humanos e tals, esse filme
calou minha boca. Que filme awesome. História redondinha de viagem no tempo.
O filme narra as aventuras de um jornalista que investiga a história de um homem que pode, enquanto lutava na segunda guerra mundial ao lado do exército japonês ter sido salvo por um dinossauro. Terasawa (o jornalista) não leva muita fé na história, mas tudo muda quando um ufo aparece nos céus do Japão e dele saem 3 pessoas supostamente vindas do futuro que vêm trazer a terrível notícia de que Godzilla destruirá o Japão.
O filme narra as aventuras de um jornalista que investiga a história de um homem que pode, enquanto lutava na segunda guerra mundial ao lado do exército japonês ter sido salvo por um dinossauro. Terasawa (o jornalista) não leva muita fé na história, mas tudo muda quando um ufo aparece nos céus do Japão e dele saem 3 pessoas supostamente vindas do futuro que vêm trazer a terrível notícia de que Godzilla destruirá o Japão.
…........
Bem...... diferentemente de todas as outras 150 vezes em que
o Big G reduziu o Japão à cinzas. Mas segundo os time-travellers, desta vez o
bichão vai fazer algo em nível profissional. Pra evitar o oblívio da grade
nação do sol nascente, os 3 viajantes levam Terasawa e a psíquica Miki (lembram
dela? a mesma do filme anterior e que vai continuar aparecendo até o reboot da
série em Godzilla 2000) e o professor Misaki
(especialista em biologia) para a tal ilha do dinossauro que mencionei no
parágrafo anterior (olha só as pontas da história se amarrando).
Segundo eles, dali a 10 anos, em 54, uma bomba nuclear vai explodir perto da ilha e o tal dinossauro vai ser afetado pela radiação. Sim, crianças, como os mais espertos entre vocês já devem ter adivinhado, o dinossauro em questão vai se tornar o Godzilla. A missão dos viajantes é teletransportar o bichão para outro ponto antes da bomba explodir e impedir o surgimento do monstro arrasador de cidades. Obviamente, no entanto, as boas intenções dos 3 homens do futuro não são tão boas. Quando eles chegam, vemos 3 criaturazinhas adoráveis, bichinhos de estimação da tripulação, conhecidos como Dorats (uma espécie de dragão fofinho).
Quando o grupo, já tendo se livrado do dinossauro, volta pra nossa época (no caso, 1992) Godzilla supostamente sumiu............ mas no lugar dele, temos seu nêmesis, King Ghidorah, tocando o terror.
Wibbly wobbly timey wimey em toda sua gloria. Dois terços da tripulação dos viajantes do tempo não estavam satisfeitos com o futuro papel do Japão como principal potência mundial e decidiram deixar os Dorats na Ilha Lagos pra que estes fossem mutados quando a bomba explodisse. O resultado disso é que os três dragõezinhos fofinhos viraram o King Ghidorah e agora ele, ao invés de Godzilla, vai varrer o Japão do mapa.
Os 3 viajantes do tempo. |
Segundo eles, dali a 10 anos, em 54, uma bomba nuclear vai explodir perto da ilha e o tal dinossauro vai ser afetado pela radiação. Sim, crianças, como os mais espertos entre vocês já devem ter adivinhado, o dinossauro em questão vai se tornar o Godzilla. A missão dos viajantes é teletransportar o bichão para outro ponto antes da bomba explodir e impedir o surgimento do monstro arrasador de cidades. Obviamente, no entanto, as boas intenções dos 3 homens do futuro não são tão boas. Quando eles chegam, vemos 3 criaturazinhas adoráveis, bichinhos de estimação da tripulação, conhecidos como Dorats (uma espécie de dragão fofinho).
Dorats |
Quando o grupo, já tendo se livrado do dinossauro, volta pra nossa época (no caso, 1992) Godzilla supostamente sumiu............ mas no lugar dele, temos seu nêmesis, King Ghidorah, tocando o terror.
Wibbly wobbly timey wimey em toda sua gloria. Dois terços da tripulação dos viajantes do tempo não estavam satisfeitos com o futuro papel do Japão como principal potência mundial e decidiram deixar os Dorats na Ilha Lagos pra que estes fossem mutados quando a bomba explodisse. O resultado disso é que os três dragõezinhos fofinhos viraram o King Ghidorah e agora ele, ao invés de Godzilla, vai varrer o Japão do mapa.
Isso é o que eu chamo de concorrência desleal. Vejam, é por
isso que viagem no tempo é uma idéia que me causa calafrios.
NO ENTANTO..... anos e anos vendo doctor who me ensinaram
que mudar o curso do espaço tempo não é tão simples assim. O fato é que o
surgimento de Godzilla é um ponto fixo no tempo e, como tal, o universo dá um
jeito de arrumar a zoada que os time travellers pilantras tentaram dar no
mundo. O local onde o Big G foi teletransportado foi, décadas depois, onde
teria ocorrido o vazamento do combustível nuclear de um submarino. E o
resultado.....
…..BOOOOOM, CHUPA ESSA!!!! WIBBLY WOBBLY TIMEY
WIMEY!!!! E a partir daí é a boa e velha
Porrada!!!
Godzilla senta a moléstia pra cima do dragão de 3 cabeças
(principalmente porque a nova versão do lagartão é mais forte, maior e mais foda
ainda do que antes) e impede que Ghidorah destrua o japão....
aeeee, caraio, estamos salvos........pelo menos até o
próprio Godzilla decidir q era uma boa idéia obliterar a cidade. E aí alguém
surge com o plano brilhante: por que não vamos ao futuro, ressuscitamos King Ghidorah e trazemos ele de volta pra esbudegar com o Big G?
ao que os demais personagens respondem “brilhante idéia”
NÃO, NÃO É. Porque o Ghidorah solto pelo Japão, espalhando seu
mau humor sobre os pobres japoneses incautos foi o que provocou toda essa
zona.....
Bem, como de praxe, ninguém me dá ouvidos e decidem ir
ressuscitar o dragãozão. E não apenas, dão uma turbinada no bicho, transformando-o
no MECHA KING GHIDORAH.
Apelação, não? Sim, porque isso é tudo que o universo precisa,
pegar esse bicho mega poderoso e torna-lo ainda mais forte. Anyway, o bicho,
sob o comando de Emmy (uma das 3 viajantes no tempo, lembram?) senta o cacete no Big G e o manda de volta pro mar,
salvando o Japão e consequentemente o mundo.
Alguns pontos:
- “Mr Spielberg”. Que awesome
- O filme tem pelo menos duas cenas absolutamente lindas. A
dos soldados japoneses agradecendo, em 44, ao dinossauro que viria a se tornar
Godzilla pela ajuda contra os americanos e o reencontro de Shindo e do monstro,
50 anos depois. Linda a cena em que os dois se contemplam por algum tempo,
antes do inevitável ocorrer.
As pessoas tendem a tratar filmes do Godzilla apenas como se fossem entretenimento bobo e babaca, mas mesmo os filmes mais galhofados da franquia possuem um ou outro momento mais sublime (e isso desconsiderando o filme original de 54, que é belíssimo e cheio de momentos tocantes).
Tá, eu chorei aqui. E aquilo é uma lágrima no olho do Big G? Enfim, mega cena emocionante e aí.... |
BOOOOOOOOM!!!!! Godzilla sendo Godzilla. Emoções são pros fracos!!! ^^ |
As pessoas tendem a tratar filmes do Godzilla apenas como se fossem entretenimento bobo e babaca, mas mesmo os filmes mais galhofados da franquia possuem um ou outro momento mais sublime (e isso desconsiderando o filme original de 54, que é belíssimo e cheio de momentos tocantes).
- Só eu achei o andróide T-1000 style (a cena da corrida foi
referência óbvia a Exterminador do Futuro 2 misturado com o homem de 6 milhões
de dólares) uma versão menos bonita do Michael Fassbender?
- Um ponto do roteiro que me incomodou por boa parte do filme
foi: se apagaram o Godzilla em 44, como diabos, em 92, todo mundo lembrava da
existência do bicho? Bom, o fato é que resolveram isso com o lance do submarino
afundado.
- Pra quem está se perguntando, sim, a porradaria entre os
monstros é épica. Aliás, em termo de qualidade de pancadaria, a série vai de
forma ascendente até o ultimo filme antes do reboot da franquia, “Godzilla vs.
Destroyer”.
Depois desse filme foda, falemos de um dos mais chatinhos da
série.
GODZILLA VS. MOTHRA (1992)
Direção: Takao Okawara
Direção: Takao Okawara
Mano, eu odeio o Mothra. Serião, porra de borboleta gigante
fofinha amiguinha das crianças é o cacete. E eu odeio as gêmeas Cosmos.
Mano......eu odeio musicais. eu odeio filmes da Disney por isso, Diabos, a
última coisa de que preciso é de gente cantando no meio dos meus filmes de kaiju. Enfim, a história desse filme envolve um explorador Indiana Jones Style, a Miki e uma empresa que explora
recursos naturais de forma predatória, o que acaba trazendo Mothra e seu irmão gêmeo maligno, Battra, à vida.
yadda yadda yadda, porrada entre os 3, Battra muda de lado e
decide ajudar Mothra a salvar o Japão do Godzilla, que decide reaparecer
porque......bem, pq ninguém detona o Japão senão ele próprio.
Sério, com a frequência com que esses monstros saem na porrada apenas para defesa territorial, a impressão que fica é que eles possuem um sexto sentido tipo Highlander que avisa quando tem outro monstrão vivo e tocando terror no quintal deles. E aí....bom... só pode haver um.
Mothra, a amiguinha das crianças...... |
E Battra, a Evil Mothra, espalhando caos, medo, horror e desespero. |
Sério, com a frequência com que esses monstros saem na porrada apenas para defesa territorial, a impressão que fica é que eles possuem um sexto sentido tipo Highlander que avisa quando tem outro monstrão vivo e tocando terror no quintal deles. E aí....bom... só pode haver um.
Anyway, o filme é chatão. Próximo.
continua na parte III
2 comentários:
Daniel, leia "Ther Goes Tokio". Vai se amarrar.
http://www.amazon.com/There-Goes-Tokyo-Michael-Grant-ebook/dp/B00GAGGJ4Y
Leia "There Goes Tokio" do Michael E. Grant . Vai curtir. Braços
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