sexta-feira, 12 de agosto de 2016

20th century boys


Caralho, que jornada está sendo "20th century boys". Longe de ser um trabalho perfeito. Tem um excesso de coincidências e eventos que ocorrem de forma um pouco conveniente demais que chegaram a me incomodar em certos momentos, mas, no geral, um mangá muito, MUITO bom. 
Naoki Urasawa sabe construir tensão. Certas narrativas serializadas que GIRAM em torno de um mistério central costumam cansar depois de um tempo. Algumas conseguem superar essa exaustão com certa graciosidade (Lost era uma que fazia altos malabarismos, a maioria bem sucedido, pra não cansar o público). Outras falham miseravelmente no processo (bom, nem preciso citar nomes: pensem em quase todas as "sucessoras de lost" surgidas após o boom causado pelo seriado protagonizado por Jack Shepard e John Locke). Ainda estou no nº 13 e, boy, oh boy...... a série sabe se manter dentro do seu enredo de mistério e tensão e, ao mesmo tempo, se reinventar, contando a mesma história mas de jeitos diferentes, evitando o marasmo. Não dá pra entrar em detalhes sobre a história (até pq seria leviano falar de uma narrativa cujo final eu ainda não li) mas pensem no seguinte: vcs e seus amiguinhos, quando crianças, constroem um plano de dominação mundial que gira em torno de um falso messias surgindo e evitando um potencial apocalipse de proporções globais. E aí, já crescido, vc começa a ver uma série de grandes desastres seguindo exatamente esse plano estabelecido anos atrás. 
O clima é o sonho molhado de todo fã de Stephen King: imaginem uma história combinando os melhores elementos de It (a não-linearidade temporal), The Stand (a ameaça global que pode ou não ter tons metafísicos/sobrenaturais) e Stand by me (uma narrativa com crianças num papel de protagonismo, pelo menos num primeiro momento).
Nesse nível. De novo: a hq tem sua cota de problemas, mas sigo ansioso pela resolução.
Comento mais quando terminar. ^^ 

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