segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Weekend report #02

Hey guys...sorry pelo volume reduzido de posts semana passada.
A verdade é que adoro fazer posts gigantescos como foram os da lista de melhores de 2016 e o mais recente da série "This is Wrestlemania", mas o problema é que, por causa de todo o trabalho e energia envolvido (os dois "textões" por exemplo, me tomaram em torno de 20 horas, entre o primeiro rascunho e o momento da publicação) eu acabo ficando esgotado. E isso que eu só vomito bla bla bla sobre coisas, falo sobre minha interpretação/apreciação de obras consumidas e coisas do gênero. Se ao final do processo de produção de artigos do tipo, eu já fico exausto, imagino alguém que trabalha realmente criando coisas. Artistas, escritores, compositores, etc, ao final da composição de suas obras.
Entendo perfeitamente pq figuras como Woody Allen, só pra citar uma das preferências daqui do blog, ao concluir a produção de seus filmes, parte imediatamente pro próximo e nunca mais olha pra trás. As vezes estou relendo alguma coisa que escrevi e pego um erro aqui e outro ali e isso já me devora por dentro. E de novo: meus textinhos atingem um nicho do nicho do nicho e eu não ganho um centavo com eles. Imagino como deve ser pra alguém que vive da própria arte e não pode simplesmente se negar à voltar a tal "fonte criativa" de tempos em tempos, sob risco de não ter como garantir as compras do mês e o dinheiro do aluguel...
Mas enfim...pra não deixar juntar teia de aranha por aqui, resolvi voltar à esse formatinho "meu querido blog/newsletter" e linkar aqui algumas paradinhas legais que achei via interwebz...



Começando bem leve, com política internacional, um artigo OBRIGATÓRIO de Ta-Nehisi Coates sobre o governo Obama e a importância de um presidente negro
Também sobre o já saudoso ex-presidente americano (gostem ou não dele, acho que ninguém vai discordar que seus erros - e não foram poucos - em 8 anos de mandato não assustam tanto quanto os potenciais erros de seu sucessor), uma série de matérias que a Little white lies fez, tentando traçar um perfil do zeitgeist e da cultura, mudanças e medos da sociedade americana por esses quase 3000 dias da dupla Obama/Biden na Casa Branca, através da produção cinematográfica do país. Toda cultura é um fruto do seu tempo e é interessante ver o que os filmes desse recorte temporal tem a dizer sobre o período em que se insere. 
Ainda no tema e descendo fundo nas trevas, um texto de cortar o coração do NYT sobre a guerra contra as drogas de Rodrigo Duterte, ultra-direitista e über reaça presidente das Filipinas. Bom texto pra facção Bolsominion, Bolsotária e demais apelidinhos engraçados pra essa parcela cada vez mais crescente e esperneante da sociedade brasileira entender o que acontece quando vc solta a polícia feito um pitbull raivoso pra cima da população mais pobre sob uma desculpa de "tolerância zero". 



Por fim, procurando sobre reality shows de temas que fujam do marasmo "bigbrotherniano", achei uma matéria sobre o Ink Master, programa competitivo em que tatuadores disputam o título que batiza o programa. Quem, como eu, não se importar com spoilers, vão lá que o trabalho discute o tom feminista que a edição do ano passado teve e como, mais uma vez, ele reflete um pouco das lentas mas bem vindas mudanças sociais que temos experimentado nos últimos tempos. 



Sobre cultura pop, e mais precisamente, música, um texto respondendo a pergunta das pessoas que se indagam: mas "pq o Radiohead importa tanto?", focando no pq cada respiro da banda de  Thom Yorke, Jonny e Colin Greenwood, Phil Selway e Ed O'Brien é recebido como uma tábua de lei não só pela crítica especializada ou pelo fandom do grupo, mas por qualquer um minimamente antenado com arte e por gente com um mínimo de pretensão criativa (e os leitores de longa data do Groselha sabem que "pretensioso" não é um adjetivo usado de forma negativa aqui, mas o parâmetro mínimo que que qualquer produção artística - da mais cabeçuda e experimental até a mais leve - deveria ter). 

Mudando de assunto radicalmente, agora indo praquelas competições esportivas envolvendo cotoveladas atômicas e cadeiradas nas costas: 



Pra quem não entende pq eu sempre teço elogios cheios dos mais variados adjetivos hiperbólicos para Matt Hardy e seu "brilhantismo quebrado", um link pra uma matéria muito foda sobre o wrestler. E pra quem acha luta livre uma forma de entretenimento vazia, spoiler alert: temos citações à Roland Barthes na publicação acima linkada. Chupem essa!!!!!



E pra quem curte o negócio mas tá de saco cheio do criativo da WWE e dos mandos e desmandos de titio Vince e quer uma parada que abrace o fantástico com força, dois links, aqui e aqui,  da Rolling Stone, falando de uma das promotions mais bacanas do planeta: a Chikara. Keyfabe? Fuck Kayfabe. Temos uma empresa de pro-wrestling com um roster que inclui lutadores como "El Hijo de Ice Cream", o "Javali proletário", uma facção formada por homens inseto, um reptiliano conhecido como "the Ophidian" e um cachorro vestido de policial. O negócio bebe dos quadrinhos com força, tendo arcos e sagas fechadas e batalhas que determinam o destino do universo como conhecemos e JESUS AMADO, como eu passei minha vida inteira sem conhecer a Chikara???..... 



E a assinatura é mais barata até que a da WWE, então....
Seguindo no tópico, uma lista de podcast estadounidenses pros fãs de pro-wrestling com muita coisa boa e alguns outros programas que não conheço mas que já foram inseridos na minha imensa (mais de 100 feeds de podcasts assinados até o presente instante) lista. 



E concluindo, e ainda pros fãs de porradaria e violência, um texto gigante pra conhecer a NJPW, provavelmente a melhor promotion de luta livre do planeta. Pra todo mundo que tem ouvido falar sobre "Omega vs. Okada" e não sabe do que as pessoas estão falando, esse post é um excelente lugar pra começar e conhecer os títulos, programas e o roster da empresa japonesa. Pretendo falar mais sobre a New Japan, mas, pra quem se interessar, na amazon.com.br vcs acham um livro muito bom sobre as origens da companhia ("Lion's Pride" de Chris Charlton), passando por nomes vitais da luta livre japonesa como Rikidozan, Giant Baba e, obviamente, Antonio Inoki (e legal tb pra ver as conexões entre Japão e Brasil que marcam a gênese da major japonesa). 


Pra quem curtir e decidir assinar o serviço de streaming da NJPW, o @MrLARIATO do indycorner.com fez uma compilação com os MIL (eu disse 1000!!!!) melhores combates da companhia, passando por toda sua história. Coisa linda de ver (e alguns dos combates mais clássicos tão liberados pra não-assinantes, então...)


É isso crianças. Pra justificar a ausência de textos grandes, fiz um texto grande com links pra textos ainda maiores. Falemos de pós modernidade e momentos meta....:-)

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