sexta-feira, 31 de março de 2017
terça-feira, 28 de março de 2017
Nada a ver com nada, mas....
Pensando nesse negócio daquela celebridade que fez um video onde introduzia um microfone em sua genitália (nope, não vou citar nomes pq não quero ser acusado de oportunismo e só fazer um texto a esse respeito por este ser um trending da semana). Não, não vi o vídeo, não tem pq, né? Mas tipo...eu tava pronto pra dizer "gente que quer ser famosa sem talento acaba nisso mesmo e tem mais que se foder". Mas isso é se isentar de certa responsabilidade, né? Pq ao pensar assim, eu ignoro que a sociedade dita que vc TEM que querer ser famoso, senão vc é só mais um grão de areia na multidão. As vezes vc se pega odiando sub celebridades mas esquece que isso não vem só da necessidade de apalpar o próprio ego mas também de todo um conjunto de pessoas e organizações que usam mídia pra difundir a idéia de que "hey, é fácil ser famoso. É fácil ser uma celebridade. Existe a internet, viraliza um vídeo, faz algo engraçadão, entra numa banheira cheia de nutella e já é. Próxima parada, Ilha de Caras."
Não, desculpa, não é simples assim.
Eu amo arte do fundo do coração, é o que me mantém vivo e, como consequência, vc acaba se interessando pelo processo de fazer artístico e, no final, vc sabe o quão doloroso é, num cenário de um oceano de vozes tentando ser ouvidas, destacar a sua própria. Eu já vi artistas LITERALMENTE sangrando pra provar que a fonte não havia secado. Mas vai além pq, hey, um segredo: não basta talento se vc não tiver toda uma estrutura pra fazer os olhos se voltarem na sua direção.
De certa forma, e seguindo a nossa tendencia de querer ser uma cópia baixo orçamento dos nossos irmãos ianques da parte de cima do continente, é também uma variação do tal sonho americano, de que, com vontade e determinação, qualquer um pode se destacar da multidão. Bom....desde os anos 60 e 70 temos gente tipo os Rolling Stones, Scorsese, Kubrick, Coppola e Hunter Thompson, entre centenas de outros, gritando artisticamente que "olha...não é bem assim". Um monte de gente morre esmagada sob o rolo compressor dessa fantasia de sucesso fácil. Fortunas se fazem com gente parasitando pessoas assim, de figuras usando shock value pra basicamente violentar outros em nome do entretenimento público (caso da protagonista do vídeo que gerou toda essa bagunça) até os gurus da auto ajuda, sempre com uma frase feita explicando pq vc precisa mentalizar positivamente e idealizar seu sucesso. As crianças morrendo de fome na África? Provavelmente não querem comida o suficiente, certo? No final, alguns realmente tem algo a dizer e conseguem se manter no inconsciente coletivo. Outros tem que ralar feito loucos pra conseguir uma migalha de atenção. E alguns mais desesperados, só se auto-imolam em publico com um sorriso no rosto, torcendo pra que vc acredite que aquele ato de auto mutilação é "só uma piada" e que ria junto enquanto eles morrem, ao mesmo tempo em que agradece aos deuses por "haha, olha que looser. hey, pelo menos não sou eu, ali".
Pq afinal, não é isso que a gente faz quando dá RT nessas merdas com alguma frase depreciativa em cima, deixando claro o quanto estamos acima disso, apesar de termos tirado minutos pra assistir esse tipo de show de horrores?
sexta-feira, 17 de março de 2017
quinta-feira, 16 de março de 2017
Um recado da diretoria
Este blog continua vivo e saudável, okay?
E dessa vez, o hiato nem ocorreu em virtude de trabalho. O lance é bem mais simples: isto é um diário virtual cujo foco é cultura pop. Gibis, séries de tv, filmes, música, etc...
Bom....há menos que eu pretenda que este vire um site de hard news (e spoiler alert: isso NÃO é uma opção), a idéia é falar de forma aprofundada sobre as coisas e...
bom....pra eu ter sobre o que falar, eu preciso antes ouvir, assistir, ler....enfim, consumir coisa pra caralho.
e isso leva tempo.
Mas semana que vem os posts já voltam em ritmo regularizado, prometo... :-)
e, como de praxe, pra que isto não fique o cúmulo do umbigocentrismo, segue aqui um show do Sparks na íntegra. \o/
quinta-feira, 9 de março de 2017
quarta-feira, 8 de março de 2017
terça-feira, 7 de março de 2017
sexta-feira, 3 de março de 2017
Os posteres de John Wick 2
De tempos em tempos aparecem esses filmes meio do nada. Sem grandes twists, sem grandes desejos de ser um game changer dentro da indústria. As vezes, sem mesmo a intenção de virar franquia.
And then....BANG. "Shoot'em up" com Clive Owen e Monica Belucci foi assim.
Os obrigatórios filmes da série "Crank" que deram ao mundo a máquina de enfiar porrada conhecida como Chev Chelios, idem.
"Kingsman" foi um pouco mais ambicioso, mas mesma coisa: roteiro bacana, trilha sonora legal e violência para caralho!!!!!
E aí, 3 anos atrás, um grupo de mafiosos decidiu matar o cachorrinho de John Wick, o que levou o protagonista a, inevitavelmente, UNLEASH HELL!!!!!!
Falei dos lançamentos cinematográficos potencialmente legais que 2017 tá trazendo e citei Logan e Skull Island. Pra compensar a ausência nessa lista da sequência do megalovax foda filme de 2014 protagonizado por Keanu Reeves, ficam aqui imagens dos posteres ilustrados que vi lá no Geek Tyrant hoje mais cedo.
Tô perdoado pelo lapso de memória?? :-)
"Mirror, mirror on the wall. Show me where the bombs will fall....."
Com um dia de atraso, mas foda-se: Ontem, dia 02 de Março, fez 10 anos do lançamento do segundo álbum de uma das minhas bandas favoritas, o Arcade Fire. A banda canadense é uma daquelas que parece incapaz de lançar um disco ruim. Sei que Neon Bible tem seus detratores que acham que este é o cd mais fraco do grupo canadense (ainda que, gostos à parte, um álbum ruim do Arcade Fire ainda é melhor que o trabalho mais inspirado de muito artista pop por aí), mas, pelo menos pra mim, o trabalho é consistente o bastante para manter a qualidade da obra do grupo lá em cima....
Discos melhores viriam (o mais recente, Reflektor, de 2013, é uma pequena obra prima, enquanto o anterior, The Suburbs (2010), independente de quantas vezes eu ouça, sempre me deixa beirando lágrimas em pelo menos uma ou duas faixas) mas vale a menção de qualquer forma \o/
Segundo lançamento de qualquer banda com um disco de estréia bem sucedido* é sempre um momento pivotal, já que o álbum vem com a responsabilidade de mostrar pro mundo que o sucesso anterior não foi fruto de sorte e que a banda não vai figurar naquela pantanosa listinha de "one hit wonders".
"Neon Bible" veio não apenas pra botar quaisquer dúvidas a respeito do talento do Arcade Fire abaixo, mas também pra mostrar que os canadenses ainda vão fazer parte do imaginário coletivo pop por muitos e muitos anos.
E hey, receber a benção de DEUS em pessoa não é pra qualquer um.....
*Funeral, de 2004, é.....jesus, vou evitar comentar pra evitar babação de ovo hiperbólica. Basta dizer que, sem exagero, Funeral foi um divisor de águas, desencadeando eventos em mim que ocasionaram minha posterior mudança pra SP e a configuração atual da minha vida. Preciso dizer que é um dos meus cds favoritos?
*Funeral, de 2004, é.....jesus, vou evitar comentar pra evitar babação de ovo hiperbólica. Basta dizer que, sem exagero, Funeral foi um divisor de águas, desencadeando eventos em mim que ocasionaram minha posterior mudança pra SP e a configuração atual da minha vida. Preciso dizer que é um dos meus cds favoritos?
Darkness walk with me
Leitores de longa data daqui do Groselha já estão familiarizados com minha tendência quase esquizofrênica de tentar traçar relações entre diferentes obras com temas parecidos e tentar estabelecer uma espécie de macro universo ficcional. Algumas ocasiões contribuem para esta peculiar característica em mim: 2015 foi O ano em que Marvel, Dc, Archie e Image viram suas fronteiras desabando na forma de uma mega crise multiversal nível omega que reverberou por quase todos os universos quadrinhísticos. Secret Wars, Multiversity, Supreme Blue Rose e mesmo Sonic/Megaman: Worlds Colide. A tessitura multidimensional, tão fina que uma faca de pão poderia fragmenta-la.
Esse ano, parece ir na mesma direção. Começou devagarzinho com Wayward Pines. Aí veio Stranger Things ano passado. A primeira (e bem irregular) temporada de Channel Zero (da Syfy), chutou o balde com ainda mais força. E agora, Dark, a mais recente produção da Netflix, a explorar o tema de uma cidadezinha no meio do nada em que forças maiores que a humanidade desencadeiam eventos de proporções hecatômbicas.
Tudo isso, convergindo pra base de tudo e marco zero dessa bagunça cósmica: A Little white lies cravou na manchete com o trailer de Dark: "Is this the next Stranger Things?"
Nope, kemosabe. A pergunta correta seria: "Is this the next Twin Peaks?"
2017 é o ano em que a Black Lodge reabre.
#Firewalkwithme
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Shinboru
Eu sei, eu SEI que, quando eu recomendo um filme sem mais do que duas linhas de texto e a frase "não vejam nada sobre", parece não que eu estou poupando meus 5 leitores de potenciais spoilers que vão zoar a plena apreciação da obra descrita, mas sim que eu sou um preguiçoso do caralho tentando pagar de mischievous e ganhar page view sem ter que escrever algo com as dimensões de um livro tolkeniano. Mas creiam-me, crianças: o negócio aqui é troo!!!!! O ano é 2009, o diretor é Hitoshi Matsumoto e o nome do filme é "Symbol" (ou, como eu prefiro, no original japonês, "Shinboru" So Kawaii ^^).
Não é nem, apenas, questão de não querer spoilar a bagaça mas eu não sei se eu conseguiria fazer um texto sobre, considerando a miríade de......hã..... "conceitos"..... que o filme deixa no decorrer de sua uma hora e meia de duração. Só vão atrás do jeito que for, legal ou ilegal. Mas vejam, ok?
Dois mil e dezessete tá com um potencial de estréias cinematográficas bem legal (só esse mês tem Logan e Kong) mas todos os estreantes vão ter que comer muuuuito arroz com feijão pra conseguir superar a explosão cerebral que "Shinboru" me causou.
E não, não vou botar trailer aqui. Qual foi a parte de "NÃO VEJAM NADA SOBRE" que vcs não entenderam? :-)
Como o catálogo cinematográfico de Matsumoto é bem curto (4 longas, apenas), quando eu tiver visto tudo, volto e comento filme por filme, vomitando toda sorte de spoiler possível sobre as obras.
Mas por enquanto, apenas confiem no tio Urso, ok?
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