segunda-feira, 17 de agosto de 2015

DMZ




Yo guys.

Em virtude de estar relendo coisas recentes do Universo Ultimate, capitaneado por roteiros de Jonathan Hickman e Brian Wood,decidi revisitar algum material escrito por esses autores.
Bitchzinha de tudo q Hickman escreve (eu já disse, ele é com certeza o melhor roteirista em atividade atualmente) não tinha muita coisa do cara pra ler (se bem q Transhuman e Pax Romana tão pedindo por uma segunda leitura faz um certo tempo....).
Sendo assim, fui ler algo de Brian Wood. E motivado pelo clima geral de "Divided we fall" fui em direção ao material mais parecido q Wood escreveu (e uma nota aqui: grande parte das hqs escritas por Wood giram em torno desse cenário de uma América dividida por uma guerra civil e as histórias  surgidas nesse cenário de crise) e como ainda não li tudo de DMZ, me pareceu a escolha mais acertada.



Ok, segue o contexto:  Série publicada em 72 números, de 2005 até 2012, escrita por Wood e desenhada brilhantemente por Riccardo Burchielli q narra um cenário onde os EUA estão no meio de uma guerra civil mega sangrenta. E a principio, isso é tudo q sabemos. No inicio do primeiro numero, a guerra já ocorre há meia década e ambos os lados (Um sendo o governo americano e o outro q se autodenomia "Estados Livres") estão no meio de um extremamente tenso cessar fogo. Nisso, um canal de tv, o "The Liberty News" decide, pela primeira vez desde q a guerra começou, enviar uma equipe de jornalismo para a área demilitarizada (ou DMZ, daí o título da série) que consiste na ilha de Manhattan e arredores, mostrar um pouco do dia a dia dos civis pegos no meio do fogo cruzado.
A merda ocorre (E claro q iria dar alguma merda) quando o helicoptero com a equipe é atacado imediatamente após chegar e são todos mortos, com excceção do jovem estagiario Matthew Roth



Matt é salvo da morte certa por uma local, a mega estilosa Zee e ela vai apresentar um pouco do dia a dia dos residentes daquela área e como eles sobrevivem não só ao fogo cruzado mas também aos típicos horrores de um ambiente em guerra, ou seja, milicias, ladrões e qualquer oportunista q geralmente surge num ambiente em que as leis civilizatórias foram pro espaço. 

Zee

Por enquanto eu só li até o quinto numero, mas gostei bastante de como aquele ambiente é retratado. Temos algo q foge um pouco do local comum por ser o olhar de um jornalista (estagiário, mas altamente motivado) realmente comprometido em mostrar não só o horror daquela situação mas também a rara mas sempre persistente beleza de pessoas tentando sobreviver a qualquer custo. Se ao virar uma esquina Matt se defronta com mortos pendurados por cordas como um sinal de "mantenha-se longe" dos moradores daquela vizinhança, ou mesmo se encontra constantemente sob risco de receber o tiro de um sniper vindo de sabe-se la deus onde, por outro, Matt conhece pessoas como o vigilante q "namora" uma outra vigilante do lado inimigo, por meio de mensagens q um escreve ao outro em placas, ou a propria Zee, ma enfermeira q ajuda a manter um centro médico para atender crianças feridas na guerra. 



Fica como destaque, de minha leitura, até o momento, o quarto número, focado no grupo conhecido como "Ghosts", um grupo responsável pela manutenção do Zoológico do central Park e que pode ou não também realizar serviços de vigilantismo naquela região. Fascinante como a série retrata todos os lados desse cenário. Os Ghosts são ambientalistas protegendo os animais do zoológico q criando uma espécie de floresta controlada no seu zoológico subterrâneo, uma vez q as arvores do central park foram obviamente todas postas abaixo por pessoas precisando usar a madeira das arvores como combustível para se manterem aquecidas. Quem está certo, quem está errado? Essa dinâmica de pessoas tentando sobreviver da melhor forma possível, mesmo q esses grupos tentem faze-lo de formas antagônicas, é a força motriz da série (q inclusive trabalha isso de uma forma muito mais competente do que a aclamada "The Walking Dead").



O numero 06 da série começa um novo arco, e eu vou resenhando-o conforme for lendo, mas do ponto onde parei, o potencial é gigantesco, principalmente com as pequenas perguntas levantadas até agora como: o que diabos está sendo tão fortemente guardado dentro do Empire State Building, único prédio intocado pela guerra e que tem se mantido inexpugnável? Qual o "lado certo", se é q existe um. Qual a situação do resto do país? Como o resto do mundo reage ao cenário norte americano? E afinal das contas, qual o motivador da guerra?
Perguntas cujas respostas vão, pelo q vi até agora, ser fascinantemente respondidas conforme for avançando até o final da série, que nada garante q será feliz.
Mas como os próprios personagens deixam claro, qual o propósito de se manter vivo num ambiente de horrores como este se vc não tem alguma esperança?

Excellent

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