"São oito horas da manhã, e Holmqvist se dirige ao metrô que o levará até o escritório, do outro lado de Estocolmo. Hoje é um dia especialmente quente. No mais, é um dia qualquer na vida de um trabalhador sueco qualquer. A normalidade vivida por Holmqvist, porém, parece ser de outro planeta em muitos aspectos para o trabalhador médio espanhol, preso à cultura do presencialismo, segundo a qual quanto mais horas você passa no escritório, melhor funcionário supõe-se que você seja.
Aqui, pelo contrário, não é hábito ficar trabalhando até tarde e muito menos fazer figuração. Mais ainda, na Suécia, como em boa parte dos países europeus, ficar no escritório depois das cinco da tarde é malvisto. Longe de gerar admiração, é sintoma inequívoco de ineficiência e de falta de responsabilidade para com a família e a sociedade. Porque aqui criar cidadãos sadios é um dever cívico semelhante a pagar impostos."
Parte de uma matéria do "El País" sobre como funcionam as jornadas de trabalho na Suécia. Não sei se é pq já passei do 35 e, portanto, estou naquela fase de repensar as decisões de vida e tals (não, não vou largar a namorada pra ficar com um "brotinho" de 18 ou comprar um Porsche) mas cada vez mais me soa irracional a rotina de trabalho aqui no Brasil (e em outros lugares que herdaram a ética de trabalho protestante) e essa servidão voluntária à besta conhecida como "produtividade".
"Trabalho dignifica o homem"? Porra nenhuma.. (e sim, vcs obviamente vão querer me citar essa frase feita, sem lembrar que ela foi usada nos portões de campos de concentração nazistas como "incentivo" para o trabalho escravo judeu).
Enfim, pra verem o resto do texto, é só clicar aqui
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