sexta-feira, 24 de setembro de 2021

The book is on the table #3: "Mesmo no espaço, todo mundo vai ouvir você gritar RAINMAKER!!!!!"

Eu gasto caracteres e mais caracteres falando ontem de Daniel Warren Johnson e duas de suas obras, descrevo dois dos seus trabalhos menos conhecidos, falo de UMA de suas hqs publicadas em uma das duas maiores editoras do planeta e completamente desconsidero A OUTRA publicação com roteiro e arte dele, publicada pela OUTRA maior editora do planeta e que, vejam vocês, não só foi a que eu li como foi também a razão de eu ir atrás dos outros gibis assinados pelo sujeito e que, além disso, é o motivo de eu estar falando dele no blog por dois dias seguidos. 


Goddamnit... é por isso que o Brasil não vai pra frente. 

Oh.... oh, yeah, verdade: olá. The book is on the table #3 no ar. Hak the mothafucking bear, o anti-buda suburbano, o fucking Misunderstood Mastermind, mais uma vez pra te trazer gibizinhos, séries, filmes, discos e demais coisinhas bacanas eu eu tenho consumido recentemente. 

Edição dupla essa semana pq não animei de escrever semana passada. Até tem coluna pronta mas não tava feliz com o resultado final. Mas agora vai. Talvez hoje ainda tenha Monster Mash por aqui. Talvez no final do semana. Ou talvez eu publique duas, semana que vem. A coluna, no entanto, volta pra periodicidade semanal pq eu apenas sou velho demais pra produzir texto nestas proporções. 

Bora?

Comecemos com joguinhos. 


Só comentando por cima, peguei Bloodborne novamente. Pq? Pq eu sou teimoso, simples assim. Parece que agora eu engrenei no jogo. O visual dele é lindo, mas a repetição ad-infinitum é um treco que me afasta horrores de qualquer coisa. Guacamelee é um game que eu só terminei pq a) o visual é lindo e b) FUCKING LUCHA, MOTHARFUCKER. Mas essa coisa de passar 5 horas jogando pra avançar quase nada é um treco que me brocha. Celeste, por exemplo.

Todo mundo fala desse jogo de forma positiva então, peguei pra ver qual é. Saí puto achando que era só um Cat Mario com historinha. 

Por sorte, no entanto, acho que o que me fez querer passar mais tempo em Yharnam, o pedacinho do inferno que serve de cenário para as aventuras do caçador sem nome, foi que eu finalmente senti uma evolução. No meu personagem, pq eu upei algumas de suas habilidades, mas também em mim, enquanto jogava. Os golpes saiam com mais precisão, as esquivas saíam de forma mais suave. Creiam-me, ainda fui surrado pelo primeiro boss que encontrei, mas não sem antes lanhar o bicho e tirar uns 3/4 da sua barra de energia. 

Não é o primeiro da série Souls que eu pego, já que cheguei a jogar algumas horas de Demon Souls no ps3 (acho que até comentei aqui) mas é o que mais chamou a atenção, principalmente pela ambientação, que ressoa comigo bem mais do que fantasia medieval. 

Vou ver até onde vou antes de dar rage quit. Talvez não muito mais longe. Talvez, até o final. 

I mean, se eu zerei Guacamelee, incluindo passando pela via crucis que foi pegar todos os fragmentos da máscara pra ver o final verdadeiro, não vai ser uma besta fera parecida com uma abstração senciente que vai me assustar...


...acho. 

Agora sim, gibizinhos. Daniel Warren Johnson. Beta Ray Bill.


Beta Ray Bill é uma minissérie em 5 parte publicada esse ano pela Marvel, com roteiro e arte de Johnson, protagonizada por um dos personagens mais legais do panteão asgardiano da Terra 616. 

Bill foi criado por Walter Simonson em sua clássica passagem pelo título. Após o final da sua fase, ele teve altos e baixos, seja em fases solo, seja como um dos personagens do núcleo cósmico da editora, já inclusive, tendo sido membro dos Guardiões da Galáxia. 

Nessa mini, vemos o personagem perdido, depois de ter seu martelo, Stormbreaker, destruído por Thor em um momento de berserk ocorrido em histórias prévias. Com seu poder reduzido e sem a habilidade de reverter para sua forma humanóide, Bill decide abandonar Asgard atrás de Odin, que deixou a cidade dourada, e de um novo martelo mágico. Ao encontrar o "pai celestial" da Marvel (não sem antes descobrir um clandestino em sua nave, ninguém menos que Skurge, que se apiedou do guerreiro e decidiu ajuda-lo em sua empreitada) e receber o conselho de ir atrás da espada negra de Surtur, os dois partem, junto da nave senciente de Bill e do troll Pip, em missão até Muspelheim, o reino de fogo onde a arma jaz, cravada na terra. 

Você encontra de tudo um pouco nesse gibi. Drama, nos momentos mais introspectivos de Bill, principalmente na relação que surge entre ele e a manifestação da IA da sua nave, Skuttlebutt. Comédia, em quase toda cena envolvendo Skurge. Horror cósmico, já que a missão do grupo se assemelha à jornada de Dante, inferno adentro. E claro, ação. Insana. Belíssima. GRÁFICA!!! GLORIOSA VIOLÊNCIA. 

Um gibi extremamente divertido com a belíssima, sem brincadeira, BELÍSSIMA arte de Johnson. Ele é daqueles artistas tipo John Romita Jr., Gary Frank e Dale Keown que transitam de forma extremamente rápida e competente entre drama e comédia, de forma muito natural. Essa é uma capacidade que muito artista grande e renomado não domina então, é sempre válido mencionar. É nesse ritmo que o gibi vai. Comédia e drama alternando de forma rápida, as vezes na mesma página. Com a tensão aumentando conforme o gibi se aproxima de seu clímax e da inevitável cena de combate contra o demônio Surtur. 

Ah sim, Daniel Warren é um grande fã de pro-wrestling e não esconde isso na arte. Eu contei pelo menos UM german suplex, um (acho que) "made in Japan", signature move do dragão Shingo Takagi e, em um momento que me fez berrar, um ripcord lariat, 




ou, como é mais conhecido por qualquer fã da NJPW e, mais especificamente, de Kazuchika Okada: 


RAINMAKAAAAA!!!

Meu veredicto pra esse gibi? 5 estrelas na escala Meltzer. :-)

Aliás, já que mencionei o homem que faz chover da  NJPW, é válido lembrar que


COMEÇOU O G1 31, CARAIO. 

Não vou mentir pra vcs: tem sido complicado assistir a NJPW recentemente. Você soma decisões de booking confusas com o fato de que o público não pode se manifestar exceto por palmas (por causa da pandemia. A situação de vacinação no Japão está bem complicada) e mais a tal da maldição que caiu sobre a promotion (maluco, uma PÁ de wrestler deles teve que ser encostada por um tempo, desde gente que se machucou em lutas - Will Ospreay, Naito, Hiromu DE NOVO - até gente que teve que ficar de molho por causa da COVID - Okada - ou de outras doenças relacionadas ou não ao vírus - tipo, o que diabos aconteceu com Kota Ibushi?). Claro que existem bons momentos isolados, afinal, estamos falando de um dos rosters mais talentosos do planeta, ainda mais contando com a expansão americana e o pessoal do dojo ianque segurando a bronca no NJPW Strong. Mas ainda assim, estes fatores todos tem me desanimado de correr atrás de coisas da maior promotion japonesa do planeta. 

I mean, AEW dominando o mundo, independentes começando a dar sinal de vida novamente, Stardom entregando uma forte candidata a MOTY. Estímulo não falta. Ainda mais com streaming facilitando horrores a vida do fã de luta-livre (Tipo, se tu assina a IWTV, só lá, já tem mais luta livre do que vc conseguiria ver em uma vida inteira).

MAS...quero acreditar que o g1, provavelmente o maior torneio de pro-wrestling do mundo (pau a pau com o BOLA da PWG) pode ser o momento de virada da companhia do leão. Os sinais de má sorte ainda estão lá - como mencionado, Naito teve que deixar o torneio por causa de uma lesão na perna - mas NO MÍNIMO, vamos ver grandes combates e um roster motivado a deixar os dias ruins pra trás e aproveitar o boost que wrestling tem sofrido. Pro-wrestling is cool again. Vamos ver se a NJPW vai finalmente conseguir surfar essa onda de popularidade da luta livre  e deixar a zica no passado.

É isso, pessoas. 

Segunda coluna entregue, promessa cumprida. Bora voltar pra Yharnan pq o mundo não vai se salvar sozinho. 

Bear's out.

Respect!!!

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