Uma confissão pessoal: eu odeio "Imagine"
"mas é um clássico da música pop, um hino da paz e"
foda-se, little John. Acho uma música brega, hipócrita, o tipo de hino "kumbaya my lord' que a coxada gosta de entoar, vestida de branco, de olhos fechadinhos e de mãozinhas dadas. O negócio já foi tema de novela das 6, numa interpretação "top" do Paulo Ricardo e isso dá claros sinais de tudo de errado que a canção possui. Juro, pra mim, o Inferno é um lugar com sistema de som central e onde fica alternando o tempo todo, "Imagine" e "Pais e filhos".
E exatamente por isso, eu ADORO a versão/releitura que o "A perfect circle" fez da canção.
O clima cafona de comercial de margarina e de tema de passeata da paz é substituído por um tom de desespero que beira o sufocante. É como se o "personagem" narrando a música deixasse de ser um hippie com violão aos pés de uma arvore (a qual ele provavelmente abraçou alguns minutos antes) e passasse a ser alguém que viu o inferno com os próprios olhos e voltou pra, diante de um mundo que marcha em direção à própria ruína, oferecer uma opção antes que seja irremediavelmente tarde.
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