Jesus, Morty...
Secret Empire, hã? Fucking Marvel. Vendeu aquilo como "oh, vejam, uma história com o Capitão se revelando um vilão", mas sempre com aquele tom de massaveísse. Okay, isso pode ser divertido, afinal das contas. O que de pior pode acontecer??
Jesus........THAT.......was fucking dark..... Evil Steve. Desespero em toda parte. Pobre Rick. Pobre Natasha....
Damn.....
......
... No, I mean....DAMNNNN!!!!
.......
...
No, seriously, I mean......GOD....... FUCKING....... DAMN!!!!!!
GOD
FUCKING
DAMN!!!!!!!!
enfim, na tentativa de dar um descanso para minha já suficientemente perturbada alma, decidi ler alguns gibis mais....hã...... acredito que a palavra que procuro aqui é...."descompromissados".
You know, aventuras em que o mundo não necessariamente está sob um fio e que toda a tessitura multiversal não está sob risco de desabar sob o incessante peso da entropia.
Vou compartilhar com vcs um tiquinho do que eu selecionei de minha terabytica lista de leituras:
Wolverine: Madripoor Nights.
A escolha mais certa que eu poderia ter feito. É botar um cd de vaporwave pra tocar e ler essa belezinha no caminho de volta do trabalho.
Primeiramente: se eu fizer um podcast de quadrinhos algum dia, esse vai ser o nome. Madripoor Nights. Caralho, olha só a sonoridade disso. Ma-dri-poor Nightssssssssss....
O conteúdo reune os 16 primeiros números do gibi solo do mutante canadense, além de 10 números da Marvel Presents e um anual de 88. Cara..... é um action movie de 30 anos atrás. Com superpoderes. Logan vai pra Madripoor pra cumprir o ultimo pedido de um amigo e proteger uma potencial nova crime lord local. Tem tudo que um action movie clássico tem: a cena em que o herói é surrado pelo capanga final boss. O inevitável romance. O momento de superação. Uma cena, inclusive, berra anos 80, com Logan sem camisa num barco com uma mina junto enquanto os dois cruzam o oceano e rapaz, aquilo pedia um daqueles saxofones safados típicos desse tipo de longa. Ainda tô no começo e não estamos falando de nada revolucionário, mas é um bom material (mas eu posso estar sendo tendencioso já que é exatamente o que eu precisava agora).
O time criativo é absurdo: Gene Colan e John Buscema na arte. Nos roteiros, Chris Claremont e um dos favoritos da casa, Peter fucking David. Não acho que todo mundo vá curtir revisitar essa fase, mas é boa o suficiente pra que eu recomende por motivos que transcendam a pura nostalgia.
Hotline Miami: Wrong Number 1-5. e Wildlife 1-3.
Pq nada mais relaxante que um pouco de ultra-violência num mundo a beira da extinção nuclear, não?
Bem simples: Wrong number é canon, sendo a ponte entre o primeiro e o segundo jogo, enquanto Wildlife é, tipo, universo expandido, mostrando outras tramas passadas no universo do game. As duas tramas tem elementos em comum: num mundo alternativo situado nos anos 80 e onde a Guerra Fria chegou Às vias de fato e Los Angeles foi apagada do mapa por uma bomba soviética, um grupo de homens é recrutado por uma entidade misteriosa pra fazer justiça com as próprias mãos e retomar as ruas de Miami, sob controle da mafia russa.
Bom, Hotline Miami é um dos meus jogos favoritos da vida, como os senhores já devem ter percebido considerando a quantidade de vezes em que falo dele aqui no blog. E o clima é o mesmo. Violência pra caralho, aquele clima de fim de mundo iminente e cores berrantes no caso de Wildlife, já que Wrong Number é em p&b. Ambos com arte do Dayjob Studio. Apesar de estar aqui pelos tonelitros de sangue derramado, os gibis tem uma msg bem legal sob os riscos da justiça de rua e de como tudo leva ao preconceito de classes e a xenofobia, além de ser sempre uma ferramenta instigada pelos "poderes que valem" de forma a penalizar a população mais pobre. Eu vivo falando dessas obras que voltam o olhar pra dentro dos Estados Unidos e de tudo que tem de errado no sonho americano e exageram a divisão interna do país ao nível da distopia (The Handmaid's Tale, The Purge, Farcry 5, American Story Horror: Cult) e sempre esqueço de citar essa perolazinha gameística visionária (pq, afinal, pré-Trump). A Wildlife ainda não li completa, mas no ponto em que estou (tem uma virada na trama, protagonizada por Chris, cuja família inteira, amigos e toda a vida que conhecia foi aniquilada junto com LA), está bem bom. E preciso dizer: a arte digital do Dayjob torna a arte linda e bem naquele tom de neon característico dos games. Incluindo o sangue.
Rick and Morty 1-3.
Outro no-brainer aqui. Apenas os episódios semanais não são o suficiente? Então toma.
Publicada pela Oni, o gibi está chegando no número 30 e boy, oh boy.... Tal qual rola com a obrigatória série de Adventure Time, o gibi captura perfeitamente o clima do cartoon, incluindo os diálogos e seu ritmo bizarro e os conceitos de sci fi maiores que a vida.
Até aqui, já passei por
a) uma tentativa de quebrar a bolsa de valores intergaláctica que deu errado
b) uma fuga de uma penitenciária extraterrestre concebida pelo próprio cientista da família Sanchez.
c) Uma revolta de refugiados usados em trabalho escravo e que é mais responsabilidade de Rick do que ele gostaria de admitir.
ah sim, e uma invasão alienígena de fundo, culpa do Jerry, como de praxe.
Fucking miserable human scum Jerry....
Enfim, vão na fé, o gibi é bonzão, com roteiros de Zac Gorman e arte de CJ Cannon. E as historiazinhas curtas que fecham o gibi, geralmente protagonizadas por Summer, tb são BEM bacanas.
Wubba lubba dub dub, Motherfuckers.
Bear is out.
Recognize!!!!
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