Minha relação com Metallica é meio esquisita. Durante certa época, ouvia direto. Não existe fase mais apropriada para curtir heavy metal do que na adolescência, cheia de suas fases de altos e baixos, experimentações e busca constante por intensidade.
Aí eu envelheci e enveredei por caminhos musicais menos viscerais e mais cheios de nuances.
Nesse período, me afastei da obra da banda. Veio o desgaste criativo, a briga com o Napster e minha profunda aversão a qualquer coisa próxima daquela imagem brega e excessivamente testosteronizada do metal.
Aí, recentemente, me peguei me forçando a escutar alguns álbuns do gênero e percebendo que não era "tudo a mesma coisa" (provavelmente o mesmo tipo de generalização idiota que os headbangers fazem do tipo de música que eu normalmente escuto). Aí me peguei ouvindo de novo.
Aí, recentemente, me peguei me forçando a escutar alguns álbuns do gênero e percebendo que não era "tudo a mesma coisa" (provavelmente o mesmo tipo de generalização idiota que os headbangers fazem do tipo de música que eu normalmente escuto). Aí me peguei ouvindo de novo.
E veio Berserk, mangá que tem alma headbanger. E veio Brutal Legend, um dos meus joguinhos favoritos da geração de consoles passada. E veio Metalocalypse, uma das melhores produções do Adult Swim. E inevitavelmente vc acaba voltando aos grandes medalhões. Motorhead. Judas Priest. Danzig. Fucking Metallica.
Tudo isso pra dizer que: mesmo nesse período de cisão entre eu e o grupo de James Hetfield, eu nunca deixei de cantarolar essa canção que de tempos em tempos surge insistentemente na memória....
E bom ver que, agora, tendo feito as pazes com o gênero, "mama said" continua tão boa quanto sempre foi.
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