Oh, Deus, finally.
Um episódio dessa série que não vai me fazer escrutinar os recônditos mais sombrios da minha pobre alma torturada. :-) Puro movimentar da história e algumas revelações bem interessantes do passado de Niles Caulder.
Oh, e claro, um maluco que come aquele bolo de pelos escroto que fica no ralo do banheiro de todo mundo.
Ewwww.
Enfim, começamos o ep. vendo Niles e seu parça, Alistair, perdidos no meio das florestas canadenses ainda no final do século 19, procurando por um..... uma..... coisa?.... a serviço do Bureau of Oddities, uma organização pra listar os fenômenos estranhos do mundo. Após uma sequência de eventos, aparentemente Alistair termina morto e o chief, em vias de, não fosse pela aparição de um....uma.... um.... bicho?.... que salva sua pele.
Corta a cena, vemos o cientista cativo, em uma caverna, com sua perna tratada e diante de um..... uma.... coisa? ... Uma mulher com traços de versões anteriores da evolução humana.
A partir daí, o ep. se bifurca em duas narrativas: Niles convivendo com essa criatura e aprendendo a conviver no meio da floresta, e o resto do grupo, nos dias atuais. Esse ep. se passa ao mesmo tempo que o anterior, so, enquanto Cliff está dentro da cabeça da Jane, graças aos poderes do "outro eu" de Larry Trainor, Vic e Rita tentam continuar com a busca pelo líder perdido daquele bando, examinando o gibi que Danny lhes deu, após salvar a rua senciente da treta em que esteve alguns episódios atrás. Examinando a bagaça, a atriz residente do time nota uma estranheza em uma das páginas: num anúncio de cereais, o garoto-propaganda/mascote do negócio estava ausente, como se ele tivesse pulado da página. O nome do cereal?
Oh boy. The truth is: Flex is coming.
Anyway....... paralelo a tudo isso, temos um corte pra uma casa que parece ter saído de um clipe de vaporwave ou de um longa do John Hughes - e a trilha sonora só contribui pra essa percepção.
No entanto, estamos nos dias atuais e na casa de Ernest Franklin, o sleeper agent conhecido como "The Beard Hunter", um metahumano capaz de caçar qualquer criatura no planeta ao .....comer seus pelos faciais.
Ewwwwwww
Percepção continua sendo a palavra de ordem da série. E agora, além de mexer com a percepção que os personagens tem, seja deles mesmos, seja dos demais com quem convivem, agora ela brinca com a nossa própria. Durante todo o ep, parece que ele vai pra um lado, com relação a real natureza do chief, e aí muda de direção. Inicialmente, parece que ele vai olhar pra criatura que encontra com olhos de colonizador. Daí, a relação entre os dois parece ir pra um lado de troca de conhecimentos, dele se colocar em posição de vulnerabilidade pra aprender com ela. Em um determinado momento, parece que ele está se tornando um homem melhor, mas aí ele começa a falar dela e de seus conhecimentos em termos de "como eu posso usar tais ferramentas a meu favor?", de forma totalmente utilitária e até predatória. Então, ele se reencontra com Alistair e acaba executando o ex-colega, ao descobrir sobre a mudança da natureza do Bureau, agora de vez estabelecido como o Bureau of Normalcy. Parece que ele, ao se omitir em salvar o amigo, o faz como forma de proteger a humanóide primal que encontrou, mas quando ele se dirige ao agonizante homem, em seus últimos momentos de vida, ele adota um tom quase.... sinistro?
Um ato de amor ou alguém protegendo sua "propriedade"? |
Na conversa com os intelectuais do BoN, ele parece estar os adulando, quando na verdade, esta sutilmente se referindo a estes mesmos homens quando fala de monstros a serem vencidos.
Por fim, a mudança definitiva: Todo o tempo, desde o primeiro ep. da série, vemos ele falando de conexões e do valor dos laços que criamos uns com os outros. No entanto, ele não hesita em dizer o quão pouco se importa com as consequências da busca que seus pupilos estão executando e dos efeitos dela neles, se o preço da segurança daquelas trágicas figuras for revelar a localização da "odditie primordial". Não por amor ou zelo àquela mulher e à entidade que ela sumona em determinado momento, mas por não admitir a possibilidade de se ver quebrado pelo Mr. Nobody.
O que fica, mais alto que todas as revelações do ep., é o cauteloso comentário do Beard Hunter sobre Niles: "he is a false god".
A impressão final de "The Hair patrol" é que essa informação é um eufemismo e que estamos vislumbrando apenas o topo do iceberg a respeito da verdade sobre Caulder. A toca do coelho é bem mais profunda e sinistra do que isso e down we go.
- Todos os loas do universo a Timothy Dalton que levou o ep. nas costas com tranquilidade. O chief é um homem capaz de ir da doçura ao ódio de forma muito sútil em algumas situações, muito extrema em outras e o ator sabe ir muito rapidamente entre tais emoções com as suas devidas nuances.
- O ser humano e sua habilidade de querer fornicar com qualquer coisa que encontra, animal, vegetal ou mineral. Desculpem, a cena dos dois se "conhecendo" em termos bíblicos foi feita pra ser delicada e tals, mas......
- Victor has a secret. Ao ingerir um dos pêlos da barba do jovem, o Beard Hunter descobre verdades sobre o ciborgue que parece serem secretas até para o próprio herói. Só reforçando o sub-plot envolvendo as memórias do personagem terem sido vítimas de hacking por parte do Mr. Nobody.
- Ernest não tem idéia do quão perto esteve da morte, já no começo do ep. Pra quem não pegou, o senhorzinho dono da barba a qual o "vilão" cobiça na cena no supermercado, é ninguém menos que William Tokarsky, intérprete do ....hã....... "antagonista"....de Too Many Cooks.
Se vc nunca viu o curta do Adult Swim antes, sério, não procura nada sobre. Só tira uns 10 minutinhos do seu dia, dá o play no vídeo abaixo e abraça o mistério. :-)
- Primeira e, aparentemente, ultima aparição do Beard Hunter na série. Fico entre a pena, por ser um personagem fascinante, e o alívio, por saber que não vou quase vomitar ao vê-lo comer pelos alheios novamente....
A seguir: hã...... eles vão pra um pântano..... é isso.
also: FLEX IS MOTHAFUCKING COMING!!!!!!!!
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