quinta-feira, 2 de maio de 2019

It started with two men....

One was life....



One was death....



É como na promo do Cena contra o Roman, pro No Mercy 2017. 
Ou na pipe bomb do Punk.
Ou naquela promo linda de Christopher Daniels que antecedeu sua title match contra Adam Cole.
Meu ponto aqui é que esses vídeos tem o poder que tem pq tiram sua força de uma fonte bastante simples: a verdade.
Havia verdade nas palavras que John e Reigns trocaram um contra o outro, do alto de suas posições de "top guy" da companhia. Havia verdade nas palavras do Punk, um desabafo tirado do fundo do peito contra uma promotion que considerava injusta. Havia verdade nas palavras de Daniels, onde o Fallen Angel abria o coração sobre como sua carreira estava mais próxima do fim do que de seu começo. 
E há essa mesma honestidade nas palavras de Cody Rhodes, no segundo vídeo. No final, é sobre enterrar uma era. Vc poderia esperar que ela morresse naturalmente, mas havendo a opção, o lance é meter um tiro na cabeça dela. Hiroshi Tanahashi disse certa vez que as vezes, "eras lutam para não acabar". Elas resistem, batendo, mordendo, unhando, lutando da forma que podem. Mas impérios colapsam, dinastias morrem e eras acabam. Isso vale pro pro-wrestling e isso vale pra todo o resto.
Ulisses é um clássico. Infinite Jest não é um clássico menor.
The Godfather é um dos melhores filmes já feitos. Assim como There will be blood.
Os discos sem nome do Led Zepellin são imortais. Assim como os novos clássicos de gente como Tv on the Radio.
Ashita no Joe é referência. Evangelion tb foi. E agora, One Piece tb é. 
Com todo o respeito, Secret wars pode ter sido uma saga bem bacana, mas ela é eclipsada em quase todos os aspectos pelo evento quadrinhístico de mesmo nome feito 4 anos atrás, encabeçada por Jonathan Hickman. Clássicos são clássicos e são eternos. Sempre vai ter gente criando a partir deles, em cima do ombro de gigantes. Mas pra criar algo novo e tão imortal quanto.
Artistas que só revisitam os tropes do passado são esquecidos, enterrados pelas fontes de onde bebem, essas sim, imortais por méritos próprios. Por isso que movimentos artísticos geralmente tem por característica a negação dos anteriores.  
Referência pela referência, melhor revisitar o passado. Não pra sempre, pra não correr o risco de se perder numa nostalgia com ares de "reumatismo estupidificante" (frase da Ana Maria Bahiana que eu uso de vez em sempre). Mas pra avança-lo, pra rodar a roda da cultura pop pra frente.
Chega de pedir licença na mesa das lendas da arte. O lance é chutar tal mesa, pegar uma cadeira e tomar seu lugar ao lado dos que vieram antes, gostem os "deuses" - e seus adoradores - ou não. 

Also: Dustin vs Cody vai ser incrível. INCRÍVEL!!!!!

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