domingo, 20 de junho de 2010

Ok, uma rápida passada aqui apenas pra não perder a data: fazem exatamente 30 anos que o filme “The Blues Brothers” (ou “Os irmãos cara-de-pau”) foi lançado nos cinemas. Em virtude da data e de toda a fama envolvendo a obra, sentamos na frente do PC, eu e Stella e assistimos o filme (em ambos os casos, pela primeira vez).

Minha reação será melhor explicitada amanhã quando farei um especial sobre o filme (que não foi elaborado hj devido a uma porra de trabalho final da facul. Maldito livro de 200pag. >_< ).
Deixo aqui minha primeira impressão (devidamente abrangida pela frase “PQP QUE FILME FODA!!”).

Vejo vcs amanhã então....

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Lost is like my constant

Caralho, cara, que foda. De todas homenagens feitas em virtude do ultimo episodio de Lost, exibido nesse domingo, essa foi a que mais mexeu comigo.

Então, vejam o vídeo, leiam a letra e se preparem pro final




The Injustice League - "I'll never be lost again"

(Don)
I remember sittin' at my girl's house Wednesday night, that's the show
watching as that plane crashed back in twenty-zero-fo'
now we ain't together, though, people seem to come and go
but 'Lost' you're like my constant--it sounds a little strange I know
but as I grow and change a lot of things come on that TV screen
other shows don't matter, though, the island isn't done with me
damn... even thinking 'bout 'The End' has got your boy depressed
'Lost,' I'm gonna miss you, got those numbers tatted on my chest

(oldbed)
I can't pretend I don't care mane I'm not like Sawyer
lost in the show, oh no, I'm not your typical voyeur
Charlie Pace understands how I'm feelin, I'm sick
addicted stranded alone crashed out like Richard's ship
I wanna Faraday back to September twenty-two
eat Mr. Clucks deluxe and watch Jack save the crew
ya'll out their watchin' 'Lost,' you know I feel ya brother
all those people lost hating mane we call them the others

(hook)
now when that day finally comes and that screen goes black,
I'll be like "Lost ain't over, mane, we gotta go back"
and when it's finally done nothing can fill in that gap
come on now 'Lost' aint over, mane, we gotta go back
it's so strange, I think back and let time extend
season 6, and I just can't believe it's the end
it's just a show, but it feels like losing a friend
life goes on, but I'll never be Lost again.

(oldbed)
run yo the man in black's rollin with the polar bears
martin keamy's strapped and hey I swear I saw Walt standin' there
something seems quite wrong with Claire, floating voices best beware
open up that hatch and hide cuz Ben is poisoning air

(Don)
am I a man of faith or science? Locke convinced me to believe
now like Sun I need some Jin (gin) Dharma beer is just too weak
better yet, MacCutcheon whiskey - Charles Widmore, he agrees
shield my eyes from the CGI as the monster splits the trees

(oldbed)
electromagnetism hit that button hieroglyphs it's somethin
how i keep on coming

(Don)
back again, but you know I can't stay away
got me trapped like I stole Rousseau's baby

(hook)
now when that day finally comes and that screen goes black,
I'll be like "Lost ain't over, mane, we gotta go back"
and when it's finally done nothing can fill in that gap
come on now 'Lost' aint over, mane, we gotta go back
it's so strange, I think back and let time extend
season 6, and I just can't believe it's the end
it's just a show, but it feels like losing a friend
life goes on, but I'll never be Lost again.
I know I'll never be lost again.

(Don)
now in the shadow of the statue's where I always wanna lie
I'd just chill in Dharmaville and rest beneath the island sky

(oldbed)
kneel by the graves of fallen loved ones, Shannon, Boone, and Juliet
Sail with Lupidis to the lighthouse, spin the wheel of candidates

(Don & oldbed)
so just as God loved Jacob, and Hurley loved Libbey,
like Kate only loved herself, yeah, and Desmond loved Penny
just like Sawyer loved Juliet but had to let her go,
I sorta feel the same way when I think about this show

(hook)
now when that day finally comes and that screen goes black,
I'll be like "Lost ain't over, mane, we gotta go back"
and when it's finally done nothing can fill in that gap
come on now 'Lost' aint over, mane, we gotta go back
it's so strange, I think back and let time extend
season 6, and I just can't believe it's the end
it's just a show, but it feels like losing a friend
life goes on, but I'll never be Lost again.
I know I'll never be lost again.

terça-feira, 18 de maio de 2010

And we´re going doooowwnnn....- The Daredevils of Niagara Falls

Yahoy, mates.

Mais de uma vez na história da humanidade nós costumamos recompensar o impossível. Afinal, alguém realizando algo que provavelmente poderia matar um ser humano não só garante a permanência de seus nomes para a posteridade, mas nos remete ao nosso passado mitológico, em que era descrito como "heróico" qualquer feito físico que fugia do ordinário.

Este é o caso da figura a seguir.



Sim, senhores, vcs o conhecem. O Pica-Pau

Como eu linko ele ao tipo de pessoa descrito no parágrafo acima?
Simples, little John: pense rápido; QUAL O MELHOR EPISODIO DO PICA-PAU?

Se vc fizer essa pergunta para 10 pessoas, provavelmente nove delas vão responder "É aquele em que ele desce as cataratas num barril" (só pra constar, é provável que a décima pessoa em questão cite o ep. da delicia gelada ou o do puxa-frango - principalmente se o entrevistado em questão for eu. Malditas pessoas influenciáveis e incapaz de reconhecer uma obra de arte mesmo que essa os acertasse com um Tiger Robocop....mas divago...)

Concordando ou não, vamos admitir: é um episodio foda. É engraçado, mordaz, cruel e inusitado, principalmente pelo bizarro que é cogitar a possibilidade de alguém se interessar em se atirar numa catarata estando protegido por nada alem de um pedaço de madeira certo?

ERRADO!!!! E é aí que eu retomo o primeiro parágrafo: as pessoas sempre quiseram ser imortais e, enquanto não criam coisas como soro da imortalidade ou a possibilidade de transferir nossa consciência para um corpo sintético com bateria infinita, o único modo de dar a volta no óbvio é fazendo magnífico....mesmo que seja magnificamente estúpido Pq convenhamos, o raciocínio de quem faz algo assim parece ser algo como"ow, claro, vc se lançou nas cataratas do niagara num barril, fez algo suicida e sobreviveu, ergo, aqui esta seu premio nobel, suas 72 virgens e um carregamento vitalício de cerveja duff")

Fato é que antes (e depois) do pica-pau, homens e mulheres tentaram realizar essa façanha como forma de conseguir fama e fortuna.... Bem....nem todos sobreviveram e aqueles que conseguiram não foram exatamente bem sucedidos na parte envolvendo...bem...fama e fortuna........

Antes, pra quem não conhece, as cataratas são uma queda d'água gigante do Rio Niagara, que se localiza parte nos EUA e parte no Canadá. A queda tem 53 metros de altura e amédia do volume de água é de quase 170 metros cúbicos (ou em linguagem de leigos: é água pra cacete).

Creaim-me: descer de barril dessa queda d'agua não é algo recomendável se vc preza pela sua integridade física, ok?

Então, sem mais delongas, eis a histórias desse pessoal bizarramente corajoso



Anne Taylor - 24 de Outubro de 1901



Sim, senhoras e senhores, é o girl power se manifestando. A primeira pessoa a tentar vencer as quedas do Niágara foi uma mulher. E só pelo fato de ter sobrevivido, ela já é uma vitoriosa.
Nossa heroína se lançou num precário barril de madeira tendo como “proteção” algumas bóias de borracha (daquelas que se enche com bombinha de bicicleta mesmo). Escapou com alguns ferimentos e aí, foi só correr pro abraço aproveitar a vida de Sodoma e gomorra que a esperava certo??

.....Hã......na verdade não...

Ela morreu pobre, sem ganhar um centavo pelo seu feito...

............




.......bem, ninguém disse que a vida era justa, certo??

Bobby Leach - 25 de Julho de 1911





Nosso segundo valente foi Bobby Leach. Que provavelmente não tinha muita noção do que estava fazendo, já que se lançou na empreitada num barril de AÇO!!!!
Vejam o que a falta de planejamento faz, crianças....

Bem, apesar de tudo, ele sobreviveu. Quer dizer, quebrou os dois tornozelos e a mandíbula, mas convenhamos, ele estava dentro de um barril de AÇO, então, simplesmente sair vivo é lucro.
E aí sim, foi aproveitar o sucesso na beira de uma praia com umas minas dançando hula-hula do lado, certo?

Bom...... a gravidade resolveu tirar uma revanche, e dessa vez levou a melhor. Numa viagem pra Nova Zelândia, Bobby escorregou numa casca de laranja e morreu em conseqüência de gangrena dos ferimentos resultantes....

O_o

Até aqui, 2 x 0 Niagara....


Charles G. Stephens - 11 de Julho de 1920




Este simpático senhor inglês foi mais um roots. Barril de madeira comum, pq afinal das contas ninguém quer sair dessa vida sem algumas cicatrizes, certo? Só algumas correias pra ficar preso e seguro dentro do barril e aí, pra baixo todo santo ajuda.

“E ele se machucou muito, tio Urso?”

Bem, nunca se soube, já que ao abrirem o que sobrou do barril, só encontraram o braço esquerdo do coitado amarrado ás correias (hey, pelo menos elas realmente funcionavam bem).


Smilling Jean - 4 de Julho de 1928


Vejam vcs, espírito de porco é foda. Você acha um dossiê de 600 páginas sobre os que tentaram e se foderam e aí, quando chega em um que se deu bem.....nada. Duas linhas, uma fotinho e nada mais.
Aprendeu com os dois anteriores e se atirou catarata abaixo numa espécie de bola de borracha gigante.
Sabe como é, se vai fazer faz direito....


Gaorge L. Stalakis - 5 de Julho de 1939


Mais roots ainda, barril de madeira simples. Macho, o rapaz.
Morreu sufocado depois do barril ficar preso por mais de 14 horas atrás da queda d’água.
Damn it, man!!!

A catarata é pior que a ilha de Lost. Se não te mata na hora, te pega quando tu não ta esperando.


Nathan Boya (é, Boya) - 30 de Junho de 1961

Outro trapaceiro que não foi com um legitimo barril.
Sem grandes detalhes (nem mesmo se sobreviveu)


Karel Sopucek - 3 de Julho de 1984

Eu to falando que as cataratas não perdoam. Vejam o caso de Karel Sopucek, primeiro canandense a conseguir sobreviver a queda. Foi lá, voltou feliz, preparado pras honras e glorias. A pedido do Astrodomo de Houston, foi, numa experiência controlada (bem.... não muito como vcs verão) reproduzir a queda e......errou a piscina...
Sim, sim, simples assim, a porra do barril bateu NA BEIRA da piscina e assim terminou a carreira de Karel como sobrevivente da empreitada.


Steven Trotter - 18 de Agosto de 1985



Haaaaaah, chupa catarata!!! Eis aqui seu rei!! Este é o bartender Steven Trotter.
Se lançou na missão em um barril com um reforço interno de borracha. Sobreviveu à queda e até teve uma vida feliz (bizarramente você ainda vai ouvir falar dele até o final deste texto)..... bem, desconsiderando os mais de $5000 de multa que teve que pagar pela gracinha. (Ninguém disse que ser um herói sai barato).





John Super Dave Munday - 5 de Outubro de 1985

Outro que sobreviveu se lançando num barril comum. Como tentar a sorte uma vez apenas é pros fracos, em 26 de Setembro de 1993 ele tentou de novo.....E SOBREVIVEU (só reforçando, CHUPA Niágara).


Peter de Bernardi e Jeffery James Petkovich - 28 de Setembro de 1989

Não achei muita coisa sobre eles. Ficaram na história como a primeira dupla a descer (no mesmo barril) as cataratas e sobreviver pra contar.



Robert Overcracker - 1 de Outubro de 1995

Ok, daqui pro final ficaram as pérolas. Comecemos com Robert. Querendo chamar a atenção pra uma causa social (no caso, a situação dos sem-tetos norte-americanos), ele decidiu se atirar nas quedas d’água num Jet ski. (Sim, pq nada chama a atenção pra uma causa social do que se atirar de forma suicida numa queda de quase 60 metros de altura).

Mas calma, crianças, que ele tinha um para-quedas


........

E vcs sabe tão bem quanto eu que essa porra não abriu, certo??
E tudo que sobrou do pobre Robert é essa impressionante foto tirada no momento da queda.




Steve Trotter - 18 de Junho de 1995

Não, senhores, não errei não. Mothafuckin’ Steve Trotter tentou por uma segunda vez descer as cataratas. Sabe como é, né? Depois do primeiro confronto neguinho sempre espera a revanche.
Se até Rocky Balboa se rendeu e saiu na porrada com Apolo, o Doutrinador por uma segunda vez, não seria o bartender mais suicida do mundo que iria arregar.
E dessa vez, ainda levou uma parceira com ele (o que as pessoas não fazem por amor, não?), Lori Martin.
E mais uma vez ele conseguiu sair vivo. Saldo final:conseguiu botar o nome na posteridade não uma, mas DUAS vezes....... ah sim, claro, também conseguiu duas semanas de cadeia e uma multa de $5000 (só pra constar, a multa de Lori foi um pouco menor, $2000).

Hah!! Steve Trotter ri do perigo!!!!



E claro, o melhor sempre fica pro final

22 de Outubro de 2003

Ladies and Gentlemen, este é Kirk Jones



Ele é simplesmente o mais megaboga foda de todos os que se atiraram Niagara abaixo.
“Pq?” vcs me perguntam...
Bem, pq ele desceu as cataratas e SOBREVIVEU!!!

“Ah, vai se ferrar, anão tosco. Teve mó galera que conseguiu sair viva também”

Sim, Little John, mas todos estes estavam dentro de um barril, bola de borracha ou semelhantes.
O notável no senhor Kirk Jones é que ele se atirou nesta empreitada e foi cataratas abaixo apenas COM A ROUPA DO CORPO!!!
CHUPA ESSA, PICA-PAU!!!!!
Sem barril, colete salva vidas, nem uma porra de um patinho de borracha

Alguém disse certa vez que o “Pq Não?” era a pergunta mais perigosa do universo e esse é claramente o caso.
Enquanto visitava um amigo, entre uma cerveja e outra, alguém teve a brilhante idéia e mandou a real pra cima de Jones, e obviamente, depois de um rápido momento de pausa contemplativa, ele deve ter olhado de volta e mandado um “oras bolas, PQ NÃO?”
Foram ele e o amigo comprar uma câmera pra gravar o evento, subiram pro lado canadense das cataratas (que tem um pouco menos de rochedos esperando ao final da queda. Vejam bem: UM POUCO MENOS. Ainda é o suficiente no entanto pra que a idéia configure suicídio!!!) onde se atirou nas águas até ser levado pela correnteza até a queda d’água (e pro caso dos senhores terem se esquecido, estamos falando de QUASE 60 METROS DE QUEDA, fora os rochedos e as toneladas de água na cabeça)

E aí.........



HOOOOORAAAAYYY

...........

Contrariando qualquer expectativa, Jones saiu vivo e consciente e teve apenas o trabalho de nadar até a margem, onde foi tratado pela equipe médica do “Maid of Mist”, barco turístico que passava por ali na hora e testemunhou todo o ocorrido.
Nosso improvável herói foi então tratado de pequenos ferimentos e terminou com uma multa de $2000, mas foda-se, afinal, é provavelmente o cara mais sortudo deste plano existencial, terminando vivo após a aventura e com tudo gravado em vídeo pelo amigo....



.........

Ah sim, o vídeo....

Vcs devem estar se perguntando “Com mil caralhos flamejantes, tio urso. Se tudo isso foi gravado em vídeo, e deve ser um dos vídeos mais fodas do universo, pq você não bota o link aqui pra gente ir ver no youtube?”

Respondo, crianças.

Pq antes da empreitada, Kirk e seu amigo estavam tomando umas cervejas, (e em que outras circunstancias uma idéia estúpida como essa poderia ter surgido senão depois do consumo de quantidades obscenas de álcool??) lembram? Pois então, o amigo em questão acabou ficando um tantinho alto e se atrapalhou com os botões da câmera........e acabou não gravando nada.....




Agora, como chamamos isso, crianças??

Todo mundo junto no 3

1

2

3



#EPIC FAIL!!!!!!!!!!!!!!!!!


Sério, existem circunstancias tão escrotas que não podem ser descritas nem mesmo com um Facepalm e essa é com certeza uma delas.
Certo tava meu pai ao me dizer "Filho, se algum dia for fazer algo estúpido como viajar no tempo com uma torradeira ou descer as cataratas num barril, lembre-se de, antes disso, não consumir uma quantidade de alcool maior do que a necessária para matar um elefante. Isso e tb: sempre use camisinha!!"

Sábio homem, o meu pai, sempre tão precavido....

Anyway, pelo menos os dois terminaram com uma história e tanto, e Jones acabou até obtendo certa notoriedade, dando entrevistas em sites e TV. Deixo aqui um link pra uma matéria com o rapaz.

Assim termina a história desses notáveis sujeitos. Alguns mais bem sucedidos que outros (nenhum mais bem sucedido que Kirk Jones, mesmo que com ressalvas) mas todos heróicos do seu jeito (bem, pelo menos os que sobreviveram)
Obviamente, termino esse post com o vídeo do episódio mais notável do pássaro escroto comedor de madeira que deu origem a esse post.



E claro, fica a pergunta: quanto custa um barril?? E considerando que o Niagara fica meio longe, alguém que manje de vídeo ta afim de gravar umas paradas lá pelos lados de Nova Iguaçu??

......hmmmm.... melhor não...

* Boa parte das informações foram tiradas do site Daredevils of Niagara Falls

segunda-feira, 17 de maio de 2010

“We hunt demons, Sam. That’s what we do” - Top 21, 5 de episódios de Supernatural



E Supernatural acabou.
Bom, acabar MESMO não acabou, mas o arco principal, criado desde a primeira temporada, foi concluído em “The Swan Song”, 22º episodio desta quinta temporada. Eric Kripke, criador da série, continua apenas na produção, deixando os roteiros de vez. Se algo de bom vai sair disso, não dá pra saber, sobretudo considerando o quanto esta quinta temporada foi irregular, no entanto, via de fato, o ultimo episodio poderia mesmo ser o derradeiro capítulo da vida dos caçadores de demônios Sam e Dean Winchester. Confesso que ainda estou na duvida se volto pra sexta temporada ou não mas, se não foi excelente, não posso dizer que o episodio final foi decepcionante, pelo contrario.
Apesar de algumas escolhas de roteiro fáceis demais e a inexplicável ausência (exceto mem retcons, mas esses não contam pq era outro ator) de John Winchester por toda a temporada (ok, poderiam não ter trazido John no episodio final visando destacar que apesar do papel dele na trama, seria justo que o ultimo conflito fosse reservado para apenas os dois irmãos, já que eles eram tudo o que tinham, um ao outro, durante quase toda a vida, mas porra, em NENHUM momento trazer o bom e velho papai Winchester pra trama? Nem como ferramenta por parte de Lúcifer – ou dos anjos – pra conseguir manipular um dos dois?) o episodio trouxe a boa química entre os irmãos, sobretudo nas passagens narradas por Chuck mostrando a relação destes com o Ford Impala, o qual, duvido que alguém discorde, é um “personagem” tão relevante pra série quanto os filhos de John Winchester.
Samuel alcançou sua redenção e Dean pode ter um começo de vida normal, tudo que foi negado a ambos dada sua condição de caçadores.
Em homenagem a essa que sempre foi uma de minhas séries favoritas, e aproveitando o fim da temporada, resolvi fazer uma listinha de meus 10 (que acabou crescendo pra 21,5) episódios favoritos. Pra quem se sentir motivado a assistir por causa deste post, eu resolvi facilitar e botar os episódios com indicações da temporada e nº do ep,, então, tipo, o numero 208 na frente de Crossroads Blues significa que ele é o oitavo ep da segunda temporada, ok?
Feitas as apresentações, vamos adiante.
Bora?

21º - 413 After School Special

Ok, comecemos com um ep. que mexe comigo por razões pessoais. Quem nunca passou por maus bocados na escola? Todos temos pelo menos uma memória desagradável envolvendo essa época sombria de nossa infância/adolescência e muito provavelmente não seria diferente para os Winchester. Sam e Dean são obrigados a voltar para a escola que freqüentavam quando crianças quando ocorrem diversos casos de morte de alunos com fortes características sobrenaturais. O final triste mostra que o responsável era um garoto que praticava bully nos menores, até que o pequeno Sam o humihou em público. O que me pega aqui é que em dado momento, mostram o passado do suposto vilão e vemos que ele tinha momentos de doçura ao cuidar da mãe doente, abalando a crença que temos de que as pessoas são só boas ou más.

20º - 509 The Real Ghostbusters

Ah, o peso da fama. Sam e Dean acabam numa convenção de fãs de Supernatural (ver o próximo item da lista) onde são confrontados com todo tipo de fã maluco, num ep. metalingüístico que brinca exatamente com o fã padrão do seriado (e numa escala maior, de fãs de todo tipo de coisa). E claro que vai ocorrer alguma crise sobrenatural e aí cabem a Sam e Dean (os originais e todos os wannabes) tentarem resolver o problema.

19º - 418 The Monster At The End Of This Book

Brilhante ep. que nos apresenta um novo personagem: Chuck, o mais improvável dos profetas. Imagine um dia você estar num mercado fazendo suas compras e descobre um livro contando a história de sua vida. É o que acontece com os irmãos Winchester neste ep. O mais chocante é descobrir o quanto estes livros são famosos, gerando um sem-numero de fãs devorando cada página como se fossem tábuas de fé. Destaque para a cena em que os irmãos descobrem a existência de fanfics Slash, aonde os dois são retratados pelas fãs em sites e fóruns como ..bem.... como amantes O_o

Dean: There's Sam Girls and Dean Girls and...What's a slash fan?
Sam: As in Sam slash Dean together.
Dean: Like together, together? They do know we are brothers right?
Sam: Doesn't seem to matter.
Dean: Well that's just sick!


18º - 5.04 The End

Graças ao arcanjo Zachariah, Dean é levado ao futuro, onde todos os seus piores temores se tornaram realidade. Sam disse “sim” para Lúcifer e agora carrega a alma do demônio dentro do corpo. O vírus Croatoan foi espalhado e alguns focos de resistência são tudo que separam o mundo do fim. Destaques do ep.: a versão guerrilheira do Cas e o diálogo entre Dean e Sam/Lúcifer.

17º - 411 family remains

Uma família se muda pra uma casa perdida no meio do nada (o que já se mostra algo particularmente estúpido em si, mas whatever) e fenomenos estranhos começam a ocorrer. Os irmãos caçadores de demônios então resolvem investigar a situação. Até aí, nada de estranho, aparentemente um caso padrão de fantasmas. No entanto, as coisas vão se mostrar bem menos sobrenaturais e talvez, exatamente por isso, bem piores do que um caso padrão.
Um dos episódios mais assustadores de toda série.


16º - 112 faith

Depois de uma caçada mal-sucedida, Dean é ferido e está as portas da morte. Desesperado, Sam recorre a um curandeiro que supostamente realiza milagres.
Dean é curado, mas eles acabam caindo num caso envolvendo a própria morte em pessoa (sim, o ceifeiro, um shiningami, etc. Ou pelo menos um deles, já que existem vários reapers responsáveis por levar as pessoas rumo ao desconhecido) e magia negra.
Destaque: toda a sequencia do confronto de Dean com o reaper cativo, ao som de “Don’t fear the reaper”


15º - 510 Abandon All Hope

A brincadeira aqui chegou ao fim. Num ep. tenso até a medula os irmãos Winchester e seus aliados (Ellen, Jo, Cas e Bobby) vão atrás de Lúcifer. A única vantagem destes é o Colt (arma que, segundo a mitologia da série, é capaz de matar qualquer coisa viva). O que se vê nos mais de 40 minutos de ep. é algo com o ritmo de um season finale: o plano falha e tudo o que resta aos irmãos é ver seus aliados sendo feridos ou mortos enquanto tentam sair vivos.




Lucifer (logo depois de ter recebido o tiro do Colt e sair sem um arranhão): Don't feel too bad, Sam. There's only five things in all of creation that that gun can't kill, and I just happen to be one of them

14º - 206 no exit

Os irmãos investigam o brutal assassinato de varias mulheres louras o que os leva em rota de colisão com o fantasma do primeiro serial killer dos Estados Unidos. Destaque: todas as cenas mostrando Jo capturada pelo espírito do assassino.


13º - 105 bloody mary

Essa lenda existe até no Brasil: se vc chamar a loura do banheiro 3 vezes diante de um espelho, ela vem e (pelo menos na versão que eu conheço) te abre de cima a baixo. Desse mote (que já gerou um filme de terror muito bom, “Candyman” e um ep. de dia das bruxas hilário de South Park) vem um dos episodios mais tensos da primeira temporada. A cena da menina fantasma surgindo de dentro dos espelhos é comparável as cenas da Samara saindo da
TV em “O Chamado”.


12º - 216 roadkill

Desse não dá pra falar muito sem estragar o ep, basta dizer que trata-se de Sam, Dean investigando um fantasma que há 15 anos surge para, num determinado dia do ano, provocar um acidente de transito e tomar a alma de uma mulher pra si. Confiem no tio Urso: ver esse ep. sem muitos detalhes é parte da graça.

11º - 111 scarecrow

Winchesters vs. Jason. Ok, não é o assassino de máscara de hóquei, mas é um serial killer imortal que não faz feio comparado aos clássicos slashers dos anos 80. Depois de uma cisão na dupla, Dean vai sozinho investigar o desaparecimento de jovens numa cidadezinha do interior. Acaba descobrindo um culto de adoradores de um deus viking e, claro, periga terminar seus dias como sacrifício humano.


10º - 308 a very supernatural Christmas

Ok, vc espera pacientemente por um ano. Se comporta, respeita seus pais, tudo em prol da noite de Natal. Você até deixa um copo de leite e um pratinho com biscoitos pro velho bastardo, apenas pra ver uma versão dark do papai Noel vir, chacinar seus pais e ir embora pela chaminé com os corpos deles dentro de seu “saco de presentes”.
Episódio genial em que descobrimos um pouco do passado dos Winchesters através dos seus natais, além de também aprendermos como é difícil ser um deus pagão nos dias modernos :-)

9º - 417 it's a terrible life

Um dos episodios mais bizarros de toda a série, começamos vendo o dia a dia de Sam Wesson e Dean Smith (Winchester – Smith Wesson, sacou?) trabalhando numa companhia de metais, vivendo suas vidas como executivos, até que seus colegas de trabalho começam a cometer suicidio. Devagarzinho, ambos acabam se unindo e percebendo que há algo estranho não só nas mortes mas em toda aquela realidade em si.
No final, tudo não passa de um plano do anjo Zachariah para mostrar aos irmãos que não importa o quanto tentem, jamais conseguiriram, mesmo que quisessem, abandonar a vida de caçadores. Destino, sabem como é.

8º - 508 Changing Channels

Uma das caracteristicas dos episodios estrelados pelo Trickster é como eles começam hilarios e vão, conforme se aproximam do final, ficando mais e mais densos. E este não é exceção. Os irmãos são atraídos pelo Trickster para uma armadilha e acabam presos dentro da TV, onde aparecem num game show japonês, um seriado médico (Dr. Sexy, ao estilo de “Grey’s Anatomy”), uma sitcom, um comercial de DSTs (???) e um seriado policial ao estilo CSI (os irmãos tirando uma com o estilo canastra do Horacio de CSI Miami já vale o ep.)
No final, o Trickster revela que tudo que pretendia é que Sam e Dean aceitem seus papéis diante do apocalipse iminente, mesmo que isso resulte na destruição da Terra. Tenso.

7º - 505 Fallen Idols

Quando ouvi falar que Paris Hilton ia aparecer num episodio da série interpretando ela mesma, eu confesso que fiquei comum pé atrás. Sem motivo, já que este virou um dos meus episódios favoritos. Investigando um assassinato potencialmente cometido por Abraham Lincoln e depois de um combate contra Gandhi (???) os Winchester acabam descobrindo que o responsável por tudo é... Paris Hilton.
Bem, não exatamente, mas uma entidade pagã deslocada de nossa época (eu disse, é foda ser um deus pagão hoje em dia) tentando reviver seus dias de gloria, e convenhamos, se você é uma entidade semi-divina nessas condições, nada melhor que tomar a forma de uma das deidades modernas, e nada se aproxima mais dessa definição que as atuais celebridades. Um episódio que é critica pura à cultura de adoração dos famosos, onde qualquer espirro dado por um ator/cantor/famoso genérico vira capa de revista, e onde essa crítica vem da boca da encarnação viva e filha mais ilustre dessa mesma cultura.
Até hoje eu e Stella discutimos se a guria Hilton tinha algum idéia de que o ep. era uma grande tiração de sarro com figuras como ela própria, sem chegar a uma conclusão.

Leshi (Paris Hilton): No, you, you people, you're the crazy ones. You used to worship gods. But this? This is what passes for idolatry? Celebrities? What have they got besides small dogs and spray tans? You people used to have old-time religion. Now you have Us Weekly

6º - 305 bedtime stories

Uma engraçada e melancólica história envolvendo um espírito raivoso e pessoas mortas em condições que lembram contos de fadas. Destaques: o “Lobo Mau” e a reinterpretação moderna da história de João e Maria (sou eu ou velhinhas adoráveis eviscerando 0essoas com um cutelo é algo realmente assustador?)


5 º - 412 criss angel is a douchebag

Ok, existe mágica e MÁGICA e é da diferença entre ambas que estamos falando. Numa convenção de mágicos rolando em Las Vegas, estranhas mortes começam a acontecer. Mortes estas que remetem a um velho mágico em crise diante de artistas mais jovens e pirotécnicos. Acho que este é o episodio mais melancólico de todos, mostrando como a passagem do tempo e a solidão característica de uma vida longa podem ser cruéis.
Excelente episodio, mas que deixa uma duvida: quem diabos é Criss Angel?

4º - 311 mystery spot

Sam acorda, conversa com seu irmão e depois de um dia normal, o vê morrer acidentalmente, apenas para acordar, ao som da mesma musica, ver seu irmão vivo, tentar convencê-lo do que aconteceu, vê-lo morrer de novo, acordar no mesmo dia, ver Dean morrer de novo, acordar de novo, etc, etc, etc.
Sim, sim, Samuel Winchester preso no dia da Marmota (se você não sabe do que estou falando, vá agora baixar “Feitiço do Tempo” e depois volte aqui pra terminar de ler o post). Com o tempo (e muitas mortes de Dean, incluindo assassinado por um chihuahua e esmagado por um piano) Sam acaba chegando ao responsável por essa situação, o mothafucking Trickster e como em todas as suas outras aparições, esta também esconde uma sombria lição que ele quer ensinar ao mais jovem dos irmãos Winchester.

3º - 408 wishful thinking

"Cuidado com o que vc deseja" é o mote desse episódio. Eu poderia falar dos desejos sendo realizados em virtude de uma moeda amaldiçoada por uma deusa babilônica, de uma cidade onde todos conseguem o que querem e de que tudo gira em torno da mais universal das histórias: cara conhece garota. Mas whatever, esse episodio ficou pra mim como a historia do ursinho de pelúcia suicida. Em decorrência da tal moeda mágica, uma garotinha consegue que seu ursinho de pelúcia ganhe vida. Ela só não contava que as agruras da vida seriam demais para esse pobre brinquedo senciente. Triste, se não fosse cômico.


2º - 405 monster movie

Até agora fico na duvida se este episodio não deveria estar no topo da lista. Qualquer um que me conheça sabe (ou deveria saber) que eu sou fã fanático pelos filmes de terror da Universal (vcs sabem, o Dracula de Bela Lugosi, o Lobisomem de Lon Chaney e o Frankenstein de Boris Karloff, entre outros). Pois é exatamente estes filmes que serão homenageados nesse episodio.
Filmado em preto e branco, o episodio se passa na Pensylvania, no meio de um festival tipo Oktoberfest. Os irmãos Winchester estão na caça a um vampiro com métodos peculiares de ataque. Depois de encontrarem o tal vampiro (vestido como Bela Lugosi) que foge do local do crime numa mobilete (???) e depois das aparições de um Lobisomem e uma múmia, Sam e Dean consideram a possibilidade de estarem lidando com um shapeshifter (um ser capaz de mudar de forma) fã de filmes de terror clássicos
O episodio tem sacadas ótimas como clímax rolando num típico laboratório de cientista maluco, típico destes filmes de terror, ou o shapeshifter se referindo a Sam como “Van Helsing”.
No final, o shapeshifter se revela alguém profundamente inseguro, usando estas figuras mitológicas modernas como forma de se aproximar da garota que gostava. Quase digno de pena.
No final, a sacada (que eu antecipei antes que o personagem falasse): ao ser mortalmente ferido pela garota que seqüestrou, o vilão manda a frase clássica do final de King Kong (o original e a versão do Peter Jackson): “It was the beauty who kill the beast!”
Genial.


1º - 208 crossroad blues

Não sei se é o melhor episodio de Supernatural, mas seguramente é meu preferido, não apenas por ser fundamental para a mitologia da série, mas por também ser uma história foda pra cacete. Já começa explodindo cabeças ao som de Crossoroad Blues, enquanto vemos Robert Johnson fazendo um pacto com um demônio em troca de seu talento. 10 anos depois, o vemos tocando seu violão num bar, quando algo invisível (ouvimos o som de cães furiosos) invade o local e, após uma rápida perseguição estraçalha o blueseiro em pedaços.
Já nos dias de hoje, os irmãos Winchester investigam o estranho suicídio de um arquiteto. As testemunhas afirmam que a vitima relatou ouvir o som de cães enormes se aproximando antes de morrer. Somos apresentados à figura dos HellHounds (ou Black Dogs): cães invisíveis (somente aqueles que eles vem buscar podem vê-los o que se mostrou uma brilhante forma dos produtores da série economizarem com efeitos especiais, deixando que os espectadores concebessem mentalmente a figura de tais animais, o que só aumenta o terror a respeito deles) que vem buscar a alma de pessoas que fizeram pactos com o demônio. Estes demônios, encontrados apenas em encruzilhadas, são capazes de realizar qualquer desejo, em troca da alma do solicitante. Depois de 10 anos (nunca mais do que isso), eles enviam os cães do Inferno para cobrar pelo acordo. Também é fascinante vermos como eles subvertem conceitos de bem e mal nesse episódio, já que poderíamos pensar “pq se dar ao trabalho de proteger alguém que sabia o que estava fazendo ao vender a própria alma?” . E fazem isso de um jeito simples: Evan Hudson, o homem que os irmãos tem que salvar, fez o acordo faustiano não para conseguir bens pessoais mas para salvar a vida da esposa, que morria de câncer.
Enfim, brilhante episódio que faz qualquer um pensar o quão longe seria capaz de ir pra proteger alguém querido e se podemos realmente julgar alguém nessas condições.




0,5 - Dean Winchester em "Eye of the Tiger"


Vou deixar o vídeo falar por si :-)

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Screw you, guys. I´m going home!!!

Estes são Trey Parker e Matt Stone
















Eles são os caras mais fodas do universo. "Pq?" vc me pergunta. Bem.... eles criaram South Park. E mais importante, eles criaram Eric Cartman, um dos melhores personagens EVER.


















Recentemente, ambos resolveram mexer num vespeiro foda (ou remexer, já que já tinham tentado fazer isso antes): extremismo religioso. No ep. de número 200, eles pretendiam mostrar uma imagem de Maomé, profeta da religião islamica e figura sagrada pros muçulmanos. O problema todo gira em torno de que a fé deles proíbe veementemente representações de qualquer tipo da imagem de Maomé. Nada de desenhos, caricaturas, retratos falados ou qualquer representação pictórica do gênero.
Há alguns anos, um jornal publicou uma caricatura do profeta em suas páginas.
O resultado: ameaças de morte (e gente morrendo MESMO), chefes de estado dos países muçulmanos reprovando o fato e o cacete.


Então, por causa disso, o Comedy Central, produtora do programa não permitiu que eles mostrassem as imagens polemicas, por medo de atrair a atenção de algum homem bomba maluco (com o perdão do pleonasmo). Como Parker e Stone lidaram com a questão: botaram Maomé usando uma fantasia de Urso, tipo aquelas de mascote de time, que cobre dos pés à cabeça e em nenhum momento mostraram o rosto do dito cujo.
Mesmo assim não teve jeito e grupos extremistas já mandaram anuncios pra imprensa reprovando a brincadeira e ameçando todos os envolvidos com retaliações violentas.
Por via das dúvidas não devem mostrar o rosto do cara no ep. 201 (continuação do episódio que gerou todo esse bafafá).
Pq eu to falando disso? Só queria deixar claro o que eu penso sobre isso tudo.
Sinceramente? Esse é um dogma deles, e na melhor das hipóteses, merece algum respeito (se muito, já que como bom FDP que sou acho que tudo na vida pode ser ridicularizado, incluindo ícones religiosos). Agora isso é algo completamente diferente. É nego xiita usando uma desculpa pra cometer atos de violencia e pior, contando com a conivencia covarde de boa parte do mundo que, como os habitantes de South Park no acima citado ep., evitam discutir o assunto com medo das consequencias... É o fanatismo levado ao extremo. E não venham com histórias de preconceito por parte dos criadores pq não é nada diferente do que eles já não tenham feito antes com católicos, protestantes, cientologistas, mórmons, etc, etc, etc. Até pq toda religião conta com sua cota de dogmas ridículos e tudo que eles fazem é botar uma lente sob tais crenças e deixar todo mundo perceber o quanto é imbecil levar metáforas e regras de doutrina sob um viés literal.

Então resumindo toda a questão e abraçando a causa:
























Chupa, barbudo. Extremismo é o meu k7

















Keep rockin´, boys!!! \o/ ^^

quarta-feira, 14 de abril de 2010










"People ask the question... what's a RocknRolla? And I tell 'em - it's not about drums, drugs, and hospital drips, oh no. There's more there than that, my friend. We all like a bit of the good life - some the money, some the drugs, other the sex game, the glamour, or the fame. But a RocknRolla, oh, he's different. Why? Because a real RocknRolla wants the fucking lot"


O casamento definitivamente não fez bem para Guy Ritchie. Vejamos seu histórico. Vinha de dois filmes fodas ("Jogos, trapaças e dois canos fumegantes" e "Snatch"). Retratava a marginalia inglesa como ninguém (claro que com uma certa dose de glamour, mas se vc prestar atenção, toda escolha tem consequencias em seus filmes, e se num momento, alguém toma um martini à beira de uma piscina, é muito provável que este mesmo esteja, ao final do filme, no fundo de um rio com meia duzia de buracos de bala no crânio). Aliás, como Tarantino e Tim Burton, seus filmes pareciam (e parecem, agora com rocknrolla) se passar no mesmo universo (sem demérito nenhum aqui).


Aí vem a Madonna e o cara termina produzindo lixo como "Destino Insólito". indicado à varios premios Framboesa de Ouro.
Separou da Material Girl, e sua primeira produção pós-divorcio é um filme que não faz feio em comparação a suas primeiras obras (e se considerarmos que Sean Penn virou um cara foda algum tempo depois de se separar da mesma Madonna, começamos a enxergar um padrão aqui). E dizem (pq não vi ainda) que Sherlock Holmes, mais recente filme do cara, tb manda muito bem.
Sem entregar muitos detalhes, o filme envolve um quadro da sorte roubado, um astro do rock junkie que forja a própria morte, mafiosos russos, ladrões (desde caras nível "onze homens e um segredo" até aqueles zé-ruela de sempre) e no meio disso tudo, como de praxe, um carinha tentando sobreviver ao caos em que se enfiou (mr. One-Two, personificado por Gerard Butler, que tá hilário)

Bom ver que o diretor não perdeu a mão. Agora é torcer pra que continue assim (e que não haja nem sombra de reconciliação à vista pro casal).

excellent!!

Ps: Esse post foi mera desculpa pra colocar a citação acima e falar que a trilha sonora dessa bagaça é FODA. Lou reed, Subways e The Clash. Deixo aqui o vídeo de Bank Robbery, que rola em cena altamente brisante do filme.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Prime...

Ok

Este é Optimus Prime






















Este, por sua vez, é Optimus Prime





















Os dois basicamente são o mesmo personagem (não são, na verdade, mas isso renderia um texto gigante, então, confiem em mim, ok?) mas existe uma diferença fundamental entre ambos.
O primeiro é Optimus Prime. O segundo é MEU Optimus Prime, e este pequeno pronome possessivo faz toda a diferença do universo.
O primeiro é o arquétipo, o herói, o personagem megaboga foda que originou o segundo, que por sua vez, é uma reprodução em menor escala (pelo bem de minha estante, já que o primeiro tem quase 10 metros de altura e pesa algumas toneladas) do primeiro, remetendo a todos os aspectos deste. Tipo aquilo da idéia do Platão ou dos signos na semiótica (e se eu falar demais sobre isso nas próximas semanas, relevem, to lendo pacas sobre pro meu TCC). E claro, tem o detalhe do segundo ser MEU. MEU BONEQUINHO (ou Action Figure, como preferirem) de Optimus Prime e meu presente favorito ever.
Ganhei de presente de um ano de namoro de minha namorada, que achou que seria um presente equivocado (e dado o primeiro paragrafo e aliás, todo esse texto, equivocada estava ela ao pensar tal sandice) pra me dar. Cara, meus olhos brilhavam quando eu ganhei meu bonequinho do Optimus. Naquele exato instante, a idéia deste post nasceu. Afinal, eu tinha que explicar pq um robo que se torna um caminhão ocupa um lugar na minha formação moral que talvez nem Deus ou meu pai ocupem. E que talvez, explique pq eu sou este escroto bem intencionado que sou hoje.
Pra entender bem, vamos ao passado.

Planeta Terra. Cidade: São Paulo.
1986
Este humilde anão na época tinha em torno de 6 anos de idade e sua vida girava em torno de gibis disney, monica e hanna-barbera (Marvel e Dc viriam alguns anos depois), escolinha e claro, a onipresente TV. Eu, como toda criança normal, adorava desenhos. E dentre estes, alguns se destacavam: a adaptação de Rambo (e olha que eu nunca tinha visto o filme que originou o desenho, mas whatever. Ele tinha uma faixa vermelha, coturno e uma faca de caçador, já sabia o suficiente sobre ele), He-Man, caça-Fantasmas (adorava essa porra), séries japonesas (Ultraman, Robô Gigante, Spectreman) e acima de todos.... Transformers.
Pra quem não sabe, a década de 80 foi marcada por desenhos que surgiam de brinquedos. Simples assim. Havia uma nova série de brinquedos e pra fixar aquela porra na cabeça da gurizada, encomendavam um desenho sobre os personagens. He-man surgiu assim (na verdade, He-man surgiu a partir de uma série de brinquedos recusada baseada em Conan, sabiam?), Comandos em ação idem. Então, tinham executivos que sugeriram "ok, temos robos que viram veículos. Façam desenhos e vamos vender". E venderam que nem água. Pq apesar dos pesares, nem todo guri gosta de carrinhos, mas TODO GURI ADORA ROBOS GIGANTES. Ponto. Não apenas os japoneses com seus Voltrons, Gundans e Robotechs. TODOS. Simples assim. E se fossem robos que virassem carrinhos, melhor ainda. E com toda uma história por trás então.

E eles tinham uma puta história.

Cybertron, planeta dos Transformers. Que aliás, são uma raça de mega robos. Que enfrentam uma mega guerra civil. De um lado, os Autobots, liderados por Optimus Prime. De outro, os vilões Decepticons, liderados por Megatron. Numa batalha que culminou numa caçada espacial, os robozões caíram aqui na Terra há milhares de anos e ficaram em animação suspensa até os dias atuais (ou no caso, até a década de 1980). Acordaram e pra passarem despercebidos (ou o mais despercebidos que robôs guerreiros podiam passar) tomaram a forma de veículos e continuaram sua guerra, enquanto tentavam arranjar um jeito de voltar pra casa. Essa é a trama de Generation 1, a série que deu origem a todas as outras. Algumas ótimas (Beast Wars, The Animated Series) e outras sofríveis (Beast Machines e a maioria das séries japonesas). Além de dois filmes (que eu não vi por falta de culhão, mas já ouvi que são....bem..... assim-assim).
Sério, todo meu dia girava em torno de ver Transformers. Mesmo os demais desenhos aqui citados não me chamavam tanto a atenção quanto a saga dos Autobots em vencer os Decepticons, defender a humanidade e, de quebra, voltar pra Cybertron. E na linha de frente, Optimus Prime.

Aliás, Líder Optimus, como era chamado no desenho (e que por isso, até hoje, eu chamo de Líder Optimus Prime).
Optimus era o herói campbelliano por excelencia. Não o herói Wolverine, que faz o bem deixando corpos atrás de si, mas o herói no sentido greco-romano ou seja, o repositório das principais qualidades humanas, espelho de tudo que faz a humanidade (ocasionalmente) magnanima.

"Mas Optimus não é um humano, anão tosco"

Eu sei, little John, e isso era fascinante. Temos aqui um robo foda, com um arsenal capaz de partir um tanque de guerra que nem manteiga e ele é gentil, corajoso e vive (pq os Transformers são vivos, tendo consciencia e inteligencia própria, não como o robô em sua definição clássica) a partir de valores que ele espera, norteiem todo o resto da humanidade (organica ou não).
Cacete, que foda. Como eu queria um transformer pra mim, na época. E como eu queria um Optimus Prime....que nunca veio (viria quase 3 décadas depois, mas já já chegamos lá).

Avançamos 3 anos.
Dia 12 de Outubro de 1989. Dia da criança. A Globo anunciou com quase 3 semanas de antecedencia, que naquele dia, a Sessão da Tarde exibiria "Transformers - O filme" (obviamente não me refiro à adaptação recente de Michal Bay e sim a um longa da série animada). Eu esperava por aquele momento como uma criança antes da noite de natal.
E começa a história.

Basicamente, um planeta Transformer senciente, o Unicron, vem vindo em direção à Terra pra tocar o terror. Yadda-yadda-yadda, cena de luta entre Autobots e Decepticons. Meu coração na boca, mas tudo bem, vai dar tudo certo, sempre dá.


E aí...


































......
.....
"wow....megatron meteu 3 tirombaços no peito do Líder Optimus. Que bom que os outros vão salva-lo e...ei, como assim ele está passando a liderança praquele otário do Ultra-magnus? Ah, deve ser até ele se recuperar e..."

......

"Oh meu Deus.... Prime está...... morto?"


Pq vamos combinar, o Superman e os demais membros da Liga enfrentavam inimigos e seguiram adiante, sem se despentear. Os cara maus em comandos em ação sempre ejetavam dos aviões antes que estes explodissem. Ninguém sequer se machucava feio (diabos, mesmo nas séries policiais, o cara bonzinho tomava sempre o cuidado de mirar na mão do bandido).

E seguramente, ninguém morria. Já tinha visto um herói morrendo antes, em Robo Gigante, mas como ele era um automato guiado pelo menino cujo nome jamais vou lembrar, fiquei triste, mas não traumatizado.

Mas sério, toda, sem brincadeira, TODA percepção de heroísmo que eu carrego comigo hoje vem desse momento. Prime não se levantaria pq ele estava morto. O herói da história MORREU. Pensem no impacto disse pra um guri de 8 anos de idade. Heróis MORREM! PERDEM! Tomam 3 tirombaços no peito e jazem como mais um corpo estendido no chão.
Eu me lembro de chorar copiosamente por uns 2 dias, lembrando da cena (tanto que nem lembro bem do final do filme). Na época fiquei mega triste, mas hoje eu vejo a beleza daquilo (coisa que aprendi a ver pouco tempo depois, pra minha sorte): O herói tem tanta chance de morrer quanto o zé-porva que vê o monstro vindo pra cima dele e fica parado gritando "Nãaaaaaooo". Talvez ele seja melhor treinado ou esteja com melhores armas (ou simplesmente tenha mais HP que o transeunte otário) mas no frigir dos ovos, a bala inimiga não faz nenhuma distinção. E ISSO é o que faz do herói o que ele é. A habilidade de botar sua vida em risco de forma desapegada pelo bem de estranhos. Mesmo sem a certeza de que vá receber uma medalha, coroa de louros ou pelo menos um tapinha nas costas quando tudo terminar. Aliás, na maioria das vezes, o que o espera é uma morte horrorosa e uma cova sem nome (quando ele tem a honra de ser enterrado).

E mesmo diante dessa possibilidade, ele segue adiante. Pq afinal das contas, é o que deve e precisa ser feito.

Naquele momento, naquele exato instante, surgia o nerdzinho que viraria esse humilde nerd urso-anão que eu sou hoje. Quando diante de uma situação sebosa, sempre me pego pensando "O que Optimus Prime faria?" E sempre que decido algo assim, nem sempre termino bem, aliás, provavelmente na maioria das vezes acabo me estrepando, mas sei que em algum lugar, um robô vermelho acenaria sua cabeça em aprovação a minha tentativa malfadada de heroísmo.
O que, quer seja na vitória ou na derrota, sempre me faz sorrir.

Portanto, avançando de novo no tempo e chegando no dia 18 de Outubro de 2009, isso explica meus olhos brilhando e a posição de destaque que Optimus (e Megatron, que veio junto na caixa) ocupa na minha estante. Pq não estamos falando de algo que é apenas fonte de nostalgia e lembranças de uma época melhor que nem era tão melhor assim e sim de uma crença que eu carrego comigo a cada instante, o tempo todo, e acaba fazendo de mim a pessoa que eu sou. Ou seja, estamos falando de coragem e sacrifício, que é o material do qual os heróis são feitos.
Sejam eles de carne, osso ou metal.

......Excellent


Ps: Ah sim, devo informar-lhes que posteriormente Optimus acaba ressuscitando, seguindo aquela tradição do herói solar de Campbell, que sempre retorna no momento de maior necessidade da humanidade (tipo Siegfried, Jesus Cristo, Arthur Pendragon, etc.). O que não tira o valor de seu ato de sacrifício de forma nenhuma mas talvez, ter ciência disso fizesse meus dias posteriores àquele fatídico 12 de Outubro um pouco menos lacrimosos.
Ps II: Quase todas as imagens aqui utilizadas foram tiradas do Blog do Amer, um dos meus blogs preferidos e onde vcs vão encontrar diversas matérias sobre Transformers. Linko aqui duas, uma sobre o filme que mudou minha vida e outra sobre Transformers Animated.
Ps III: pra esse post não ficar muito sério, seguem aqui demotivacionais sobre o (aham) MAIOR HERÓI QUE JÁ EXISTIU. Pelo menos pra mim :-)

































































segunda-feira, 29 de março de 2010

próximo post eu finalmente pago uma dívida antiga com minha namorada e mais antiga ainda, pra com aquele que me ensinou do que diabos um herói é feito.
Ultimamente eu tenho lido muito Sandman

(sim, eu sei, eu passei os ultimos meses sem atualizar isso aqui, seria de bom tom eu vir com novidades, como andei e o que tem acontecido em minha vida, mas podemos deixar isso pra mais tarde)

Então, meu TCC é sobre Sandman. Logo, agora tenho tido uma boa desculpa pra ler quadrinhos.
E não deixa de ser curioso isso pq agora, num "turning point" foda na minha vida, leio uma série que tem como principal mote "o sr. dos sonhos decidindo entre mudar ou morrer"
Vim lendo "Entes queridos" no caminho pra cá (e essa é uma das unicas vantagens de se morar longe, a chance de atualizar sua leitura no busão) que é, sem soltar muitos spoilers, o principal arco de toda a série, onde eventos iniciados láaaaa atrás finalmente são amarrados.
A morte nessa série não parece algo pesaroso. E no final, todos os caminhos levam à morte.

Interessante pensar nela como uma fonte de alívio e não o Grande Inimigo. Pq a sociedade ocidental é criada de forma a incentivar a perpétua juventude, como se, presos numa eterna adolescencia, pudéssemos fugir do inevitável. E aí tome plástica, geração saúde e comidinha alternativa pra alimentar essa máquina com hora pra terminar suas funções (na verdade, se formos mais fundo, vamos ver que nossa sociedade é criada não só para parecer perpetuamente jovem, mas pra parecer perpetuamente como coadjuvantes de malhação, naquilo que eu e minha namorada chamamos de "Geração UHUUUUUUUUU". Alegria e vitalidade 24 horas por dia. Tristeza e pesar JAMAIS!!! E aí nos prendemos como pessoas efusivas num eterno pico, como se todos estivessemos saindo de uma micareta (bleargh) no carnaval. Isso rende outro post gigante, então, deixo pra depois).

Em Deadwood, Wild Bill Hickock pedia aos que tentavam fazê-lo abandonar a bebida que o deixassem escolher como preferia ir para o Inferno.
Acho que no final tudo gira em torno disso: se viver com o pé no freio (ou usando uma metáfora de um filme de aviação tosco da sessão da tarde, se viver com um dedo sempre em cima do botão de ejeção) é o que te faz feliz, ótimo, bom pra ti, troféu joinha.

Eu, já prefiro altos ébrios, baixos cheios de cortes no pulso e tudo entre ambos.
Highway to hell, baby!!!