quinta-feira, 30 de junho de 2016


E quando eu falo de música eletrônica, política e contracultura.....


....eu me refiro à isso aqui:







Um recado da diretoria...(and plus: dançando com homens em chamas)


Acho que, contrariando todos os sinais, vou sobreviver à mais um encontro com minha nêmesis, a gripe arquetípica. 
Então, semana que vem, o blog volta às atividades normais..........NOT!!!!!

Pq todas as sessões fixas (mezzo) aqui do Groselha vão ficar on holding por causa da....pensaram q eu havia esquecido, certo? ..... maratona do EL SANTO.
Confesso que atrasei pq estava pensando no formato do negócio. Por mais que eu adore textos longos, resenhar TRINTA filmes em um mega textão iria soar cansativo demais. Pensei tb em um post por filme, o que transformaria a maratona em uma sessão fixa e, enquanto eu não gosto muito disso pq vai contra o formato que eu tradicionalmente usava aqui ao construir posts do tipo, me parece o jeito mais razoável. Não soa tão cansativo nem pra vcs, lendo, nem pra mim, ao escrever. 

E nem voi mentir, tb to procrastinando tais textos pq eu to apavorado em voltar a escrever maratonas do mês, não apenas pelo trabalho monstruoso mas pelo profundo respeito que eu tenho com essa franquia. Sérião, se pelo menos UM de vcs for atrás dos filmes e gostar por causa de algum dos posts futuramente publicados aqui, já vou ter considerado todo o trabalho na confecção dos textos justificado. 

Enfim, devaneios à parte, é isso. E, mais uma vez, pra que este post não fique um mero memorando inútil mais interessante pra mim que pra vcs, deixo um documentário sobre aquele que me parece o festival mais legal do mundo: o caótico "burning man". Pra quem não manja: imaginem um festival de contracultura, celebrado no meio de um deserto onde não rola dinheiro, com palestras, música eletrônica, toda sorte de performance artística que vcs puderem imaginar, um publico que gira na casa das dezenas de milhares, uma ambientação que soaria completamente natural no universo de Mad Max e que tem seu clímax no ultimo dia, onde um boneco humano gigante é catarticamente incinerado diante do publico. É bem isso: 



Dizem que o festival vem começando a se popularizar e não necessariamente isso é uma coisa boa, já que vem atraindo a atenção de uma galera mais endinheirada, menos alinhada com toda a idéia meio punk e anárquica do "Burning man" (e vcs sabem: é só a playboyzada abraçar um movimento cultural que prima pela subversão que o negócio começa a desandar. Foi assim com a música eletrônica e as raves nos anos 90, que deixaram de ser algo ligado à todo um conjunto de valores antiestablishment pra virar "festinha pra ficar tri-lôco e pegar a mulherada"). Mas gosto de pensar que o evento é sólido o suficiente pra sobreviver à massificação coxística.
Pra quem curtir, além desse, tem vários outros documentários sobre o festival, feitos de forma mais indie, que vcs podem encontrar com uma busca simples pelo youtube. Ou, se quiserem algo mais "grandioso", procurem por "Sparks: a burning man story", um documentário que passou em alguns poucos cinemas de arte pelo mundo e que vcs acham facinho nos torrents da vida.

Grato
Hak, o urso
Gerente geral, editor chefe e soberano messiânico mefistofélico deste blog

Bez deveria ser tombado como patrimônio cultural britânico......

quarta-feira, 29 de junho de 2016

terça-feira, 28 de junho de 2016


....com medo de olhar pra trás agora, após ver a imagem acima?
não culpo vc, little john. Mas fique tranquilo.... não há nada atrás de vc.....agora.....espreitando...no escuro.....certo?

não olhe.........I dare you......

...e já que falei da Wyatt Family....





pqp, que música incrível e absurdamente grudenta.....

Um recado da diretoria...


A gripe arquetípica voltou, aliada a uma dor de garganta que fez parecer que eu estava engolindo laminas de barbear, toda vez que comia algo. Já melhorei um pouco, mas na atual situação, o blog segue parado até terminar minha convalescença e eu recuperar minha vontade de viver escrever. 
Pra não dizerem que não amo vcs, fiquem com dois dos meus documentários musicais favoritos: o Punk Attitude e o Botinada, ambos, obviamente, sob o mesmo tema: punk rock. O primeiro sobre o gênero nos EUA e Inglaterra e o segundo focando na onda punk que rolou aqui em SP na década de 80. 




Se quiserem externalizar a gratidão de vcs, aceito manifestações de carinho em forma de antigripais, antitérmicos, pastilhas pra dor de garganta e qualquer remédio que faça com que eu não me sinta como se tivesse pulado de cabeça dentro de um liquidificador industrial.
Grato.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

A perfect union of contrary things

E já que falei dele, hoje mais cedo:  Está pra sair a biografia de uma das mentes mais fascinantes do rock americano.


"A perfect union of contrary things" é o título do livro que cobre vida e obra de Maynard James Keenan, o cérebro pulsante por trás de bandas incríveis como Tool, Puscifer e o A perfect circle.
Ator, cantor, compositor e dono de uma vinícola*, o vocalista é um daqueles renaissance man que parece atuar em 20000 áreas diferentes, se saindo particularmente bem em cada uma delas. E considerando o tipo de obra que ele costuma produzir, não duvido que a biografia vá preferir criar novas perguntas ao invés de apresentar todas as respostas a respeito do seu críptico protagonista.

"I didn't really want to write it as an autobiography, first-person — I'd rather have it be more in story form, like you're kind of along for the journey, with sidebars by me throughout, in my voice, kind of expanding on particular instances or anecdotes."

Abaixo segue o trailer do livro (que, devo salientar, é bem legal)



Escrito por Sarah Jansen e com colaboração do próprio Keenan, o livro tem lançamento previsto pro dia 8 de Novembro.

*Esse momento de transição da vida de Keenan, indo de rockstar para "agricultor", inclusive, já rendeu um documentário incrível, o "Blood into wine" de 2010 e que vcs podem ou não encontrar na íntegra em cantos da internet como, por exemplo, aqui:



Vi primeiro aqui

"it's easy if you try"....

Uma confissão pessoal: eu odeio "Imagine"

"mas é um clássico da música pop, um hino da paz e"

foda-se, little John. Acho uma música brega, hipócrita, o tipo de hino "kumbaya my lord' que a coxada gosta de entoar, vestida de branco, de olhos fechadinhos e de mãozinhas dadas. O negócio já foi tema de novela das 6, numa interpretação "top" do Paulo Ricardo e isso dá claros sinais de tudo de errado que a canção possui.  Juro, pra mim, o Inferno é um lugar com sistema de som central e onde fica alternando o tempo todo, "Imagine" e "Pais e filhos".

E exatamente por isso, eu ADORO a versão/releitura que o "A perfect circle" fez da canção.



O clima cafona de comercial de margarina e de tema de passeata da paz é substituído por um tom de desespero que beira o sufocante. É como se o "personagem" narrando a música deixasse de ser um hippie com violão aos pés de uma arvore (a qual ele provavelmente abraçou alguns minutos antes) e passasse a ser alguém que viu o inferno com os próprios olhos e voltou pra, diante de um mundo que marcha em direção à própria ruína, oferecer uma opção antes que seja irremediavelmente tarde. 

Monster Mash #30 - Working on my anger issues with Eileen



Hello, crianças. Sexta feira, dia de descanso, de baladinhas e de lamentar a finitude da condição humana diante de um universo sem Deus, vazio e que não se importa, não é mesmo? O dia está bonito, o aquario está limpo, acordamos com a notícia do Reino Unido fora da União Européia, notícia essa que só reforça o avanço da reação neo-conservadora que já assola EUA e Brasil, o mundo está indo inexoravelmente pro caralho, então, pq não se divertir ouvindo musiquinhas legais enquanto desabamos inevitavelmente rumo ao merecido oblívio antes de devolvermos o controle do planeta pras baratas (que, seguramente, farão um trabalho melhor)? 

So......



Ok, esta é uma edição particularmente incomum da Monster Mash e admito que estou um tiquinho orgulhoso dela exatamente por essa estranheza. E vejam bem, eu já botei coisa do nível de Marli e Sampa Crew na mixtape esquizofrênica semanal aqui do Groselha on the rocks, but.....

A seleção começa suave pra, logo em seguida, compilar um punhado de bandas e canções que poderiam se beneficiar pra cacete de uma visitinha á uma reunião dos neuróticos anônimos: The Adicts, Suicidal Tendencies, Motorhead, NIN, Operation Ivy, Mighty Mighty Bosstones, Throbbing Gristle, Alien Sex Fiend, Lorde. Algumas novidades bacanas tipo Jessy Lanza e Young Dolph. E outras paradinhas legais no meio....


so....... who's with me? 

MM030

quinta-feira, 23 de junho de 2016


Hqs e Promessas - Parte 3 (e final?)


E finalmente, depois de meses desde que postei as primeiras 10 edições de Black Panther v.03 e da Supergirl v.04, eu cumpri minha promessa, feita antes ainda do retorno desse blog em Julho do ano passado. Subi o que faltava das hqs do Pantera e já aproveitei o embalo e já fiz upload das mais de 70 edições que faltavam do gibi protagonizado pela encarnação mais legal da garota de aço. 
Agora não tem mais desculpa, crianças. Tá no mega, então não tem nem captcha nem nenhum tipo de frescura pro download e se, porventura, apagarem algum dos links, é só darem um toque que eu subo de volta, capisce???



Então, cliquem aqui pra irem pra pasta com os 62 números de Black Panther e aqui pra pasta com as 80 edições (mais dois anuais) de Supergirl.

Promessa cumprida, é isso, não esperem que isso se torne um hábito, já que este não é um blog de scans. (talvez um ou outro título mais underground e mais complicadinho de encontrar por quaisquer meios que não passem por baías piratas e outros locais conhecidos por serem os preferidos da facção bucaneira dos que acessam a infovia do conhecimento denominada internet).
E já disse isso antes, mas se algum bom samaritano manjão dos scans se dispor à traduzir esse material, depois eu subo de novo a versão em português, ok? 

Mas, por enquanto, that's all folks.

Divirtam-se, crianças. 


Uma pausa pro café perfeito....


Não sou eu falando, mas pesquisadores do MIT e da BATH University. Segundo eles, o tamanho dos grãos e a quantidade de umidade dentro deles pode afetar o resultado final. 

"O estudo chegou a conclusão que se você congelar os grãos,  a água fica sólida - assim, o produto da moagem fica uniforme.
O resultado é uma bebida com um gosto mais homogêneo, e mantendo mais o sabor original do grão."

Enquanto não adotam a imersão dos grãos em tanques de nitrogênio liquido como hábito para potencializar o sabor, já fico bastante satisfeito com o café aqui do trampo.
Melhor café do mundo :-)

Existem imagens legais, bacanas, awesome, épicas, maiores que a vida e imagens cuja própria existência desafia as leis de realidade multiversais.
E acima de todas estas, temos essa imagem de Bruce fucking Campbell cortando um bolo Evil Dead com uma serra elétrica.


só vou deixar isso aqui e ver a tessitura omnidimensional se dobrando diante do horizonte de eventos gerado por uma imagem tão singular.....

Abraçando o hipster em mim: máquina de escrever USB


Procurando por imagens pro post anterior, eu achei isso e eu TOTALMENTE compro a idéia..


A evolução de um hipster, por Mario e Fáfa


Nota: cheiro bem, não tenho dinheiro, venho abandonando a ironia como ferramenta social e sou praticamente straight edge em relação a drogas (menos por ter alguma postura política a respeito e só pq não sou muito dado a situações em que perco o controle emocional).
Por outro lado, tenho um ego de proporções moderadamente "kaijuesquas",óculos de lente grossa, adoro o Starbucks,  tenho barba (pequena e mais fruto da preguiça de me barbear do que por opção) e tenho pensado em adotar o uso de chapéus. 



So......é isso, se virem um urso hipster gordinho blogando (ou lendo Ulisses) direto de uma filial da loja de cafés americana, entre um gole de capuccino de chocolate (Venti, pq go hard or go home) e outro, pode ser que seja eu... :-)


quarta-feira, 22 de junho de 2016


ah sim...

pensando em ressuscitar minha conta no Spotify.... não ter toda música que eu quero pra mixtape semanal daqui do blog é um pé no saco mas, por outro lado, sinto falta das surpresas da listinha de recomendações do site, sempre com muita coisa legal e desconhecida. 
E vcs, crianças? Preferem o atual modelo de mp3 baixável ou preferiam a Monster Mash como era antes, com listinha embedada do Spotify? Se pans, apesar do trabalho, eu faço os dois modelos e deixo aqui pra vcs ouvirem do jeito que preferirem....

Monster Mash: edição extra - "Phonogram"



Blog segue em ritmo mais lento hoje pq.....hey, eu preciso de tempo pra ler e ver e assistir e jogar coisinhas pra ter sobre o que falar aqui, ok? Mas pra não ficar sem postar nada e, como um dos proximos temas a serem tratados aqui é a mega foda hq "Phonogram" de Kieron Gillen e Jamie McKelvie, posto uma listinha de músicas escolhidas por Gillen em pessoa, pra servir de OST do gibi e eu recomendaria PRA CACETE que vcs ouçam pq, spoiler alert: é uma história sobre música pop e canções do tipo como elementos totêmicos. 



E pra quem não leu nem a mini original nem as duas continuações, um texto bem legal (COM spoilers, então, vão com cautela) sobre a HQ e tudo que faz dela uma história memorável.


"I'm not a coward. I've just never been tested....."

SKAAAAA TIIIIIIIME!!!!!!!

SKAAAA TIME!!!!!!!



terça-feira, 21 de junho de 2016

Versus



Nada a ver com nada, mas.....


Tava ouvindo uma entrevista do jornalista Pedro Falcão  agora há pouco e pensando no que ele dizia e no quanto isso se conecta um pouco sobre o que eu tento fazer aqui, guardadas as devidíssimas proporções. Não apenas pq este é APENAS um blog pessoal, sem muitas ambições além de conseguir fazer alguns de vcs gostarem das mesmas coisas que eu (huahauahauahua) mas pq ele, na entrevista, se concentra principalmente em jornalismo de games, área na qual trabalha. E tema sobre o qual eu falo bem pouco aqui.
Mas, novamente, é fácil achar um elemento de conexão entre as respostas dele e crítica artística numa escala geral. E considerando os dias atuais, meio impossível não se pegar pensando em uma daquelas questões fundamentais de quem escreve sobre cultura pop que é "qual o papel da crítica especializada?", provavelmente uma daquelas perguntas tão crípticas e com respostas tão diferentes quanto "qual o limite do humor?'
Mas sei lá.....hoje mais cedo apareceram matérias sobre visitas que diversos órgãos especializados fizeram aos sets de filmagem em Londres pra ver como andam as primeiras gravações do longa da Liga da Justiça e é fascinante como, tanto os reviews mais esperançosos quanto os mais cínicos, depois de algum tempo, renderam o mesmo tipo de comentário cretino: "ain, esses jornalistas não entendem nada", "boa mesmo é a opinião dos verdadeiros fãs" e outros falsos truísmos que as pessoas gostam de vomitar de forma acrítica. Todos eles basicamente podendo ser resumidos no seguinte ponto "ain, eu discordo dele. pq a opinião dele é mais válida que a minha?"

BOM, kemosabe......PRINCIPALMENTE pq
a) todo crítico é um fã. Provavelmente maior que eu e vc juntos, já que o cara ganha resenhando aquilo, analisando aquilo, falando e respirando aquilo. 
b) nem todo crítico é um especialista. Mas deveria ser. Pq se vc vai analisar algo, QUALQUER COISA, de forma mais aprofundada, é o básico do básico: tu precisa entender do que está falando. E entender num nível que ultrapasse o básico. Sem preferências pessoais, sem preconceitos. Tem algo que o Pablo Villaça, provavelmente meu crítico de cinema favorito, costuma fazer e que eu acho muito legal: sempre antes de ir ver um filme, ele costuma anunciar no twitter que vai faze-lo e manda um "tomara que seja bom". É bem isso. Boa crítica espera encontrar algo legal em qualquer obra da mídia da qual é especialista, independente da vertente dela (que é uma coisa que eu, por exemplo, não sei fazer. Já disse pra todo mundo que, seja Marvel ou DC, geralmente eu não gosto de filmes de super heróis e quando vou vê-los, vou com os dois pés atrás). 

e se eu insisto nesse ponto sempre que posso, aqui ou lá no twitter é só pq eu fico extremamente irritado com gente relativizando opinião especializada apenas pq discorda da dela própria. 
Sim, little John, vc pode gostar ou desgostar do que quiser. Mas se quiser falar a respeito não do quanto vc se relacionou com aquilo ou não mas do quanto aquele é um exemplo bom ou não de filme/hq/jogo/livro/disco/etc, well...... arte é técnica e técnica pode ser avaliada. 
Posso ver, numa hq, por exemplo, como o desenho e as hqs dialogam um com o outro, como as cores foram usadas, a linguagem, o ritmo, o storytelling entre um quadrinho e outro...
Num filme? como iluminação e som e fotografia e atuação e roteiro e direção e etc, etc, etc.....dialogam entre si.
Num jogo? Como a narrativa e jogabilidade e mecânicas e game design e etc, etc,  convergem para um produto final satisfatório ou não. 
Isso tudo transcende o nível do "ah, achei legal". Transcende as notinhas com estrelas ou o que quer que seja. E transcende fanatismos, fanboyzismos e achismos pessoais. 
Jornalismo especializado é muito mais do que "é bom/é ruim". Se trata de mostrar por a+b PQ aquilo agradou ou não o analisador. Boa crítica vai além de dizer pq vc deve ou não comprar algo.
Boa crítica, no final, se trata de tentar mostrar pro mundo pq determinada obra alterou positivamente o meio em que se insere, pq tal mídia é melhor ou não após aquela obra ter ganhado vida.
O problema todo pra mim é isso: geral acha que críticos são nefelibatas cretinos que só falam mal das coisas e mais uma vez, "críticos SÃO fãs". É como no final de Ratatouille, quando Linguini questiona a paixão de Anton Ego e pergunta se é possível alguém tão magro gostar de comida e, mais além, ser critico de cozinha profissional e a resposta dele encapsula como a mídia especializada enxerga a arte que analisa: 
"eu não gosto de comida. Eu AMO comida. E se eu não gosto, eu não engulo."  

sério, eu odeio fanboys.....


É um treco que muita gente diria que não serve pra absolutamente porra nenhuma, frescura, besteira e até coisa de vagabundo, enquanto que, pra alguns mais afortunados, é a unica coisa que, dia após dia, nos impede de cortar os pulsos. 
Ficou mais claro? 

segunda-feira, 20 de junho de 2016



A sangue frio



Tentando diminuir a lista de livros não lidos da minha estante, comecei a ler "A sangue frio" clássico de Truman Capote. Contrariando minha própria natureza, decidi adentrar o livro sem prévias pesquisas nem sem ver opiniões de terceiros sobre. Não que eu possa dizer que comecei o processo de fruição da obra de forma completamente "cega": eu sei que o livro é um clássico, eu sei que o livro é uma das pedras fundamentais do jornalismo literário e um dos primeiros a usar técnicas de literatura pra descrever uma história não-ficcional e, apesar de já haver algum tempo, eu assisti a biografia de Capote com o Philip Seymour Hoffman e dirigido por Bennett Miller.


Ainda estou no comecinho, e, dotado apenas dos fatos acima e do que já li, posso dizer que entendo perfeitamente pq este livro tem a reputação que carrega. O livro é fruto da investigação do autor a respeito de um caso de homicídio múltiplo ocorrido em Holcomb, uma cidadezinha rural no meio do Kansas, em 59. É assustador pensar que ainda não cheguei na pág. 100 e o crime narrado ainda não ocorreu e, mesmo assim, me vejo completamente imerso na "história". Nenhum dos envolvidos ali é um personagem particularmente fascinante, todos pessoas comuns, com uma vida ordinária e um cotidiano não muito diferente do meu ou do de vcs lendo isso (salvo o fato de serem pessoas que lidam com agricultura e estarmos falando do oeste americano dos anos 50). E mesmo assim, é quase magnética a forma como vc se importa com aqueles personagens, e isso vale tanto para as vítimas (a família Clutter) quanto para com os assassinos (Dick Hickock e Perry Smith). 
E como eu leio melhor com trilha sonora de fundo, separei a OST de "The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford" de autoria de Nick Cave e Warren Ellis, composta para o neo clássico de 2007 dirigido por Andrew Dominik e estrelado por Brad Pitt e Casey Affleck
E não foi por coincidência que escolhi esse álbum, já que tanto o livro quanto o filme partilham de algumas similaridades: ambos tem ambientação rural, ambos tem aquele elemento de serem crônicas de mortes anunciadas já no título e, principalmente, ambas as obras tem um tom de melancolia quase palpável de tão denso. 
Pra quem ficou curioso, o livro tem edição nacional de 2003 pela companhia das letras e vcs acham fácil nas saraivas e livrarias cultura de suas respectivas cidades. E a OST, essa eu deixo abaixo.
Não sou um cara muito de trilhas sonoras, mas me pego direto pensando sobre e ouvindo as canções desse disco, então, isso deve querer dizer alguma coisa... 

nada a ver com nada, mas....


Já tava praticamente na fase de revisão de um textinho sobre Penny Dreadful, quando descubro que: 
1) o ep que tinha motivado o post em questão era o penultimo ep. da season 03 e que
2) a série havia acabado de ser cancelada. Ou mais ou menos: a decisão de terminar o programa foi do próprio showrunner e criador, John Logan. Aparentemente, ele simplesmente contou a história que queria até o final e não viu propósito em estender a série além da sua conclusão natural.

Inicialmente eu fiquei chateado já que, depois de duas temporadas em que a série tava estabelecendo sua identidade, foi finalmente nessa season que ela afastou quase totalmente o espectro de "sub-Liga dos cavalheiros extraordinários" e conseguiu encontrar a própria voz. Não que as primeiras temporadas fossem ruins, longe disso, mas a impressão é que ela finalmente atingiu o pleno potencial. Então, como disse, fiquei ligeiramente triste ao ouvir a notícia, mas se foi decisão de Logan, talvez tenha sido melhor. Quantas séries não tiveram tal coragem e se estenderam até a exaustão, perdendo qualquer traço de relevância e virando uma caricatura delas mesmas? Arquivo X, Millennium, Dexter, House (apesar da ultima temporada desta ser particularmente boa)..... a lista poderia seguir por parágrafos e parágrafos...
Melhor, então, encerrar assim, redondinha, tendo contado a história pretendida e terminar deixando saudades. 
Retomo o texto sobre a atual temporada, então, assim que assistir o season series finale. 

sábado, 18 de junho de 2016


eu
agora
cozinha
toddy........com uma colherzinha de nescafé!!!!
#LivingTheDream

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Monster Mash #29 - "I'm your man"

SEXTA!!!!!!!!!!!



Vcs sabiam que "Sexta feira" em etrusco antigo significa "dia em que o demônio caminha pelo universo e onde é permitido toda sorte de excessos no dia em que Deus volta seus olhos para longe?"
Nope? Pois é. Groselha on the rocks tb é cultura.... E com essa aula em linguas mortas de povos milenares da peninsula ibérica, anunciamos a chegada do ultimo dia útil da semana, dia que tb prenuncia o lançamento da listinha esquizofrenica de músiquinhas daqui do Groselha on the rocks.
So......


Nessa edição tem Leonard Cohen, Simian Mobile Disco, Lana Del Rey, Paradise Lost, Frank Zappa e algumas outras paradinhas igualmente legais.

So here we go in 3......2......1....:

Monster Mash #29

Da série "eu quero": YEAOOOHH!!!!

Vi uma guria com um desses no meio da galera vendo a NXT ao vivo. Fui procurar e CLARO que é uma dessas paradinhas customizadas feitas por fãs mega talentosos (gente odiosa....). 
O negócio já teve à venda, mas...... não mais... >_____<


Se alguém encontrar um por aí e lembrar deste humilde escriba, meu aniversário é dia 06 de Dezembro, ok? Só deixando essa informação aqui. Sem nenhum interesse, óbvio......só achei pertinente... :-)

Aquela capirotagenzinha maneira já pela manhã.....


quinta-feira, 16 de junho de 2016


Post-Punk Peanuts 3

Ainda me mantendo no tema.....


Post-Punk Peanuts 2

....Por outro lado.....

Post-Punk Peanuts


Enquanto a imagem de Lucy, em seu quarto, melancolicamente pensando em Schroeder ao som de "The Lovecats" me soa perturbadora, a idéia de Charlie Brown passar seu tempo sonhando com a garotinha ruiva enquanto escuta "Love will tear us apart" ou mentalizando "she lost control again" depois de falhar mais uma vez ao tentar chutar aquela maldita bola de futebol me parece assustadoramente apropriada. 
Mas o Linus? Claro que é fã de Smiths, daqueles que tem um altarzinho com a imagem de Morrissey e Marr, que virou vegano depois de incontáveis audições de "Meat is murder" e que já postou foto no instagram lendo Oscar Wilde em Pére Lachaise com uma camiseta de "The Queen is dead" :-)*

*Snoopy? Fã de new wave, pirando com Duran Duran e B-52s