quarta-feira, 1 de junho de 2016

Esquadrinhando a quarta: especial DC Rebirth!!!

Ok, guys...... Esquadrinhando a quarta novo, exclusivamente focado nos primeiros títulos pós Rebirth da DC. Nessa semana: Batman enfrentando um vilão regenerando à lá Doctor Who, o retorno, ainda que apenas em flashbacks, da sunga vermelha do Superman e Hal Jordan sendo um asshole. Como sempre. Here we go; 

Superman Rebirth #1



Peter Tomasi e Patrick Gleason nos roteiros e Doug Mahnke na arte. Tomasi é um dos melhores e mais subestimados roteiristas das hqs atuais. Em Green Lantern corps, ele publicou o melhor material da tropa em décadas. Em Batman e Robin, desenvolveu a relação entre Bruce e o jovem Damian melhor até do que o título chefe do homem morcego (e estamos falando de um gibi com roteiros de Grant fucking Morrison). Dizer que minhas expectativas estavam altas pra esse título é um eufemismo. Sobretudo se considerarmos que o protagonista da revista não é o esquartejador de alienígenas pós new-52, mas o Superman pós crise. O que matou 3 kryptonianos, que morreu enfrentando Apocalypse, que salvou Coast City do Superciborgue, que se transformou num homem elétrico durante um curto período e casou com Lois Lane. 
Estou me segurando pra não soar fanboyzesco demais mas....é o Superman de verdade, de volta.
E pra não deixar dúvidas, a primeira pagina dupla da edição já manda qualquer duvida e sutileza pro inferno: 



Awesome, né? E curioso que, considerando a natureza mais....... agressiva....do Kal-el pós reboot, inteligente da parte do Tomasi ter pinçado exatamente ESSE momento, em que o herói teve que ser o mais ruthless e brutal possível, pra relembrar sua história pros novos leitores. 
And also: Deus, eu li isso e pensei "pra que um recordatório de uma história tão recente...". E aí me dei conta de que "a morte do super-homem" já tem mais de 20 anos de publicação. JESUS, como eu sou velho....



A arte de Mahnke dispensa elogios. Além da splash page acima descrita, tenho que comentar que o artista tb manda bem quando precisa trabalhar sutilezas, como o constante tom de melancolia do Clark na fortaleza da Solidão de sua versão pós Flashpoint. 

No geral, as 3 primeiras edições aqui descritas são apenas pequenas amostras do que está por vir, do novo cenário da editora, quase como cartas de intenções. Exatamente por isso, legal me ver empolgado com um título como estou com esse (ainda que, justiça seja feita, eu gostei bastante da fase do Greg Pak nos roteiros da HQ estrelada por Clark).

Se tenho uma crítica ao gibi, é apenas pelo foreshadowing do retorno da versão mais jovem do ultimo filho de Krypton, prevista com certa ansiedade pelos personagens mas que eu preferiria que não ocorresse......nunca?

Chega de imitações, né? O rei voltou e, por mim, ficava com a coroa pra sempre. 

Batman Rebirth #1



Que. arte. foda.
seriously guys, vejam isso: 



e isso:



e ISSO:



JESUS CHRIST, OLHEM A IMAGEM ACIMA. Also: já notaram que sempre que um desenhista quer mostrar o potencial de awesomeness num começo de fase no título do Bruce, eles vão all in numa splash page da bat caverna? Lembro do Jim Lee no começo da fase dele em "Hush" e, se não me falha a memória, algo parecido no começo do run do Morrison no título.
Bons tempos..... (não, eu não sou dos maiores fãs do período Snyder-Capullo na hq).

Sobre a edição, mais interessante que a subtrama envolvendo um dos vilões mais buchas do morcego, o Calendar man, foi o upgrade na situação de Duke Thomas, protagonista da super bacana "We are Robin", que agora é oficialmente posto "debaixo das asas" de Bruce Wayne. Pra um solitário, o Batman tem um séquito particularmente numeroso de "bat-crias", não? 

O gibi é um pouco curto demais e salvo as situações acima, não é particularmente eventfull pra um número 01, mas eu curti. Slow pacing antecedendo uma fase potencialmente instigante com roteiros do autor responsável por um dos melhores gibis do ano passado (estrelado pelo primeiro "filho" do Batman, Richard Grayson), Tom King. Promissor!!!

Atualização....que eu não precisaria chamar assim já que é algo feito antes do post ir pro ar, mas enfim.....: acabei de, pegando imagens pra esse texto, descobrir que Michael Janin não segue no título do Batman, que vai ter arte de David Finch e......oh boy, que balde de água fria. 
Não que eu odeie o Finch, mas ele tem uma arte meio cansativa, meio medíocre, né? Que me perdoem os fãs, mas.... damn it. 
e tipo, vc não bota um artista do nível do responsável pelas páginas que ilustram esse texto e o substitui por David Finch, mano.... 

Green Lanterns #1



Eu confesso que não estava empolgado com esse gibi. Eu gosto tanto, mas de forma TÃO absurda da fase do Tomasi no título da tropa que eu admito que não estava interessado na proposta dessa revista. Mas, vá la, vamos ver qual é. E o que encontrei é um gibi com um pacing ainda mais lento que os anteriores, mas que tira sua força daí. A história é basicamente calcada na dinâmica entre Simon Baz e Jessica Cruz, dois rookies no uso dos anéis energéticos, por mais que o rapaz goste de deixar essa informação de lado enquanto joga a condição de novata na cara de Cruz, sempre que possível. 
O gibi é, basicamente, a dupla reagindo a uma situação de crise e descobrindo que tudo era um teste de um dos maiores babacas do universo DC.
And also: mais foreshadowing de alguma saga vindoura envolvendo Atrocytus e a tropa vermelha.


No geral eu gostei. A estrutura de "good cop/bad cop" sempre me parece divertida, quando bem feita (não é pra menos que um dos meus filmes de super heróis favoritos é o Iron Man 3, exatamente por causa da dinâmica entre Stark e Rhodes) então, há potencial. Vamos ver como Sam Humphries vai seguir com os roteiros. 
E a arte: sei que Ethan von Sciver (um dos desenhistas da hq, junto com Ed Benes) tem seus críticos, mas eu não sou um deles. E a página do guardião fugindo de uma das raças alienígenas mais perigosas do universo DC, que abre a hq, me soa assustadora na medida certa. 
Broxado mesmo eu estou é do outro título dos lanternas verdes, mostrando as aventuras da tropa e estrelado por Hal Jordan pq....man.... eu odeio Hal Jordan.
Seriously, quando vão dar um título pro Kilowog, esse sim o maior lanterna verde que já existiu?
Diabos, eu preferiria um título do MOGO, com 23 páginas mensais de contemplação existencial e sobre as dificuldades de se manter uma atmosfera respirável do que uma hq protagonizada pelo primeiro lanterna verde do planeta Terra. Mas enfim.....



No saldo geral, um começo bem legal. Agora é esperar pelos demais relançamentos pós reboot e torcer pra que mantenham o nível do (pouco) que foi publicado até agora.... 

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