quarta-feira, 8 de junho de 2016

Vida, morte, e o que liga um e outro.....



Quando eu penso na pedra fundamental da minha vida como apreciador de cultura pop, minha mente retorna pra minha adolescência lá em Avaré, consumindo VHS e DVDs na Top Vídeo, uma das maiores locadoras de filmes que já vi na vida (incluindo as daqui de SP), como se não houvesse o amanhã (sempre que eu chegava, já separava um cestinho pra colocar os mais de 10 filmes que pegava por vez). Quando eu penso nessa época, penso na primeira série de tv que eu vi, através de boxes de dvds, disponibilizada pela locadora em questão: a saga pessoal da família Fischer. Tudo pq, numa matéria da Bizz ou de outra revista de música da época, alguém comparava o Funeral, primeiro álbum do Arcade Fire, com o programa e, como eu já adorava a banda na época (e inclusive, minha música favorita do grupo, Rebellion (lies), aparece num momento da season 01), foi inevitável correr atrás. 
Criada por Alan Ball, Six Feet Under AINDA é uma pérola única, mesmo já fazendo uma década e meia desde seu lançamento. Existem vários procedurais idênticos, uns aos outros. Vários dramas familiares. Varias sitcoms. Várias séries que vc pode, pinçando aqui e ali, colocar num grande bolo de outros programas, classificando-as pelo conteúdo e demais aspectos similares.
Mas por mais que algumas séries tenham tentado com força (Transparent foi a que chegou mais perto), nunca, pelo menos até o momento, houve outra série como Six Feet Under. 
E essa, essa, essa e essa matéria, feitas para comemorar o aniversário de 15 anos dessa obra prima da HBO, mostram o que tornavam essa série algo tão mágica. Triste aqui, alegre acolá. Um tiquinho engraçada, bem trágica. Com altos e baixos. Imperfeita. Delicada, encantadora e curta demais.
Tal qual a própria vida. 


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