quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

2012 - 2013: Allons-y

Então....... quem diabos faz post de resolução de ano novo  em fevereiro, né? 
Empurrei com a barriga esse post pq eu tava sentindo que..... sei lá.... como diria o maior homem que já existiu, ch-ch-ch-changes estavam vindo, e seria melhor eu esperar a poeira assentar antes de tudo. 
A menos que algum parente morra (ou mesmo eu, mas nesse caso acho pouco provavel que isso vá ter qualquer significância pra mim a longo prazo) acho que não sobrou muito mais coisa pra acontecer nesse começo de ano (espero) e já posso fazer minhas previsões.
Bom.... 2012. O ano passado foi meio tenso. Difícil pra quase todo mundo que eu conheço (eu incluso) mas até aí, qual ano nao é, né? Tive meus momentos, anyway. Me formei em biblioteconomia. Comprei meu notebook e aproveitei o ps2 comprado no começo do ano anterior. Ao final do ano, comprei meu ps3 e ja zerei alguns jogos. Ou seja, ano passado foi o ano em que eu efetivamente voltei a ser um gamer. Ajudei Wander a derrotar os colossus, espanquei deuses gregos até a morte junto com Kratos, invoquei meus personas pra derrotar antigos deuses japoneses, derrotei o Coringa não uma, mas duas vezes, matei pessoas junto com Tony Montana, comecei (pq ainda não zerei) a entender os segredos do universo junto com Kos-mos e vi uma deusa-loba japonesa fazer a luz brilhar em meio às trevas.  
Li pra caceeeeeete. Finalmente li Saramago e devo dizer duas coisas: primeiramente, vcs são todos uns mimizentos, lá pela décima página já estava acostumado ao estilo do cara. E segundamente: Deus é um escroto. (Já podem deduzir qual livro foi).
Minha biblioteca pessoal foi engordada com 3 mega clássicos de Grant Morrison: o Absolute Superman, Flex Mentallo e meu Invisible Omnibus. Sério, eu quase choro toda vez que eu olho praquele mega livrão na minha estante de tão feliz. 
Continuo em minha jornada em Westeros, faltando dois livros pra ler pra finalmente me juntar à horda de pessoas gritando pra George Martin "write like the wind".
Tive uma das jornadas quadrinhísticas mais marcantes da minha vida lendo "Solanin" lá na casa dos meus pais, em Avaré. 

Em termos pessoais, foi um ano muito introspectivo. Até demais. Sai muito pouco, vi muito pouca gente pq.....bem, pq eu quis assim, não adianta dourar a pílula. 
2012 começou muito, MUITO complicado mas foi descendo com mais facilidade conforme os meses foram passando. 
E num piscar de olhos, chegou 2013. Tô com a idade de Cristo quando começou a operar os milagres pelos quais ficaria famoso e estou esperando meus poderes se manifestarem. Até agora, nada de água em vinho ou mortos levantando. Mas ainda estamos em fevereiro. 
Gostaria de dizer que a idade trouxe juízo, mas sejamos francos: eu sei tanto o que eu quero fazer da vida agora quanto sabia quando tinha 23. Ou 13. E provavelmente, quando tinha 3. Gosto de imaginar que estou um pouco mais sofisticado (com certeza mais do que minha versão de 3 anos de idade. Já sei usar o banheiro sozinho, vejam vcs) mas de resto, nada.
E aí chegamos no atual momento em que alguns dos dogmas que eu achava que estavam fixos em minha vida caíram e, mais uma vez, sejamos francos, não tenhamos ilusões de que a vida vá ficar mais simples.
Se por um lado esse é um cenário assustador, por outro lado não consigo sentir esse frio na barriga sem alguma excitação. O universo não gosta muito de calma e tudo tende a entropia, então.... Como dito em Sandman, tudo gira em torno da eterna opção de "mudar ou morrer". 
Mais uma vez então: no momento, meu cenário é de tabula rasa. Eu posso fazer absolutamente tudo que eu quiser. Com sérias restrições orçamentárias, é bem verdade, mas......
E o que eu quero? 

- Eu quero frequentar algumas vezes o templo Zu Lai, templo budista lindo (vi em fotos) aqui de SP. Fazer alguns dos cursos ministrados lá, talvez o de lingua chinesa ou algo assim. 
- Quero ir mais ao cinema. Acompanhado ocasionalmente, mas nunca escondi que eu gosto de ir ao cinema sozinho, pq é assim que eu fazia quando jovem e é assim que fazia quando cheguei aqui em SP (capital). 
- Cursos, de todo tipo. Programação, web design (pra poder brincar um pouco no visual do blog), linguas, edição de vídeo.....
- Quero ser um bibliotecário melhor. Pelo menos até poder decidir o que eu quero ser da vida em definitivo e daí...bom, daí não precisar ser um bibliotecário nunca mais. 
- Isso é bem óbvio, mas eu quero consumir cultura pop como se não houvesse o amanhã. Quase em nível profissional.
- Quero...... não sei se eu diria consertar, mas melhorar um pouco minha relação com meus pais. A essa altura não tenho ganas de fazer deles meus melhores amigos, mas ninguém aqui tá ficando mais jovem. Tô ficando calvo, tenho linhas de expressão, fios de barba brancos. Em suma, estou morrendo como....bom, como qualquer pessoa viva. Então, melhor aproveitar, mesmo considerando nossas incompatibilidades, o tempo que a gente tem junto. 
- Quero viajar mais..... mas eu sei que isso demanda dinheiro. E aí vem uma série de fatores agregados, mas, estamos trabalhando nesse departamento.
- Quero voltar a beber. Não de ficar bebado nem nada, mas sei lá.... eu gosto da sensação. Inclusive, esperem uma possível maratona de filmes do Alejandro Jodorowsky, escrita sob efeito de alguma substância alcóolica. (eu admito, eu SEMPRE quis fazer um post bebado).
- E entre outros resoluções que me fugiram da memória, eu quero levar esse blogzinho humilde, mas simpático, a sério. O que significa "a sério" eu não sei, mas enfim, acho que é impossível desvincular essa vontade de fazer coisas, de sair de dentro da minha cabeça e olhar de novo o mundo de forma fascinada com o fato de ter voltado a escrever, lá pelos idos de Novembro do ano passado. E a minha intenção é só parar quando morrer. Citando Charlton Heston, pessoal vai ter que tirar meu notebook "from my cold, dead hands". 
- Ser....feliz? Bom.....



...sempre preferi estar satisfeito e me manter interessante do que ser necessariamente feliz. Então, até aí, novidade nenhuma

A curtíssimo prazo, é isso. O futuro, só pertence à (introduza aqui sua entidade metafísica preferida). Mas é legal olhar um pouco pra dentro e ver que, vá lá, entre as dúvidas e inseguranças de praxe, eu consigo vislumbrar certo....otimismo?? Senso de fascinação com o mundo? Qualquer outro nome piegas pra essa sensação? 
Claro que as coisas vão ficar difíceis (como agora). Ocasionalmente, beirando o insuportável. Mas até aí, quando foi diferente? Como diria o Doctor, "the way I see, every life is a pile of good things and bad things. The good things don't always soften the bad things, but vice-versa, the bad things don't necessarily spoil the good things and make them unimportant".

Portanto, que possamos correr riscos e fugir do tédio, receber as coisas boas e ruins e enfim.....
...... geronimo. ^^




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