segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Maratona "Missão: Impossível" - Parte 1


So, Pq? Bom.... pq não?
E afinal, com 6 filmes na conta, a maioria deles sendo muito bem vista pela crítica, acho que a saga protagonizada por Tom Cruise já cravou seu lugar na cultura pop, certo? E são filmes de espião. Como diria Sterling Archer, o que é mais cool do que ser um espião? So..... here we go...

Mission Impossible (1996)




Algum tempo atrás eu revi toda a franquia Fast & Furious com meu sobrinho de 15 anos (na verdade, ele é irmão de Stella, portanto, seria meu cunhado. Mas eu chamo ele de sobrinho pq quando eu penso num garoto de 15 anos de idade muito gente boa, a última coisa que me vem a mente é a imagem de um "cunhado". Cunhado pra mim é aquele agregado de família nível Agostinho Carrara) e essa revisita à franquia narrando as missões do crew liderado por Dominic Toretto veio à memória enquanto via a primeira incursão cinematográfica de M:I já que, tal qual ocorre ali, aqui tb, tudo que vc precisa saber não apenas sobre esse longa mas sobre todo esse novo universo no qual a gente, como espectador, está imergindo pela primeira vez, tá ali, nos primeiros 5 minutos de projeção. Agentes espionando gente. Alta tecnologia. Máscaras que emulam perfeitamente o rosto humano. Tudo ali, preparando o terreno pros eventos a seguir. E sim, o filme subverte muito disso antes da metade, mas não vamos nos adiantar.
A obra narra as aventuras da equipe liderada por Jim Phelps e que conta com Ethan Hunt como agente de campo, Jack como cara do TI, Clare como............ ou não?
Né?



Pq aí, como eu disse, em 30 minutos, Brian De Palma tira o chão de baixo dos pés do público, matando quase todo o time de espiões white hat. Resta apenas Ethan que acaba descobrindo que foi acusado de ser um agente duplo infiltrado no serviço secreto norte-americano. O resto é basicamente o agente tentando livrar a cara e capturar os responsáveis.
Supondo que vcs sejam como eu, alguém que nunca viu a série de Tv que inspirou a cine-franquia, e que vieram aqui apenas atrás de um filme de ação maneiro, preciso dizer: Mission Impossible sobreviveu muito bem ao tempo. Achei que fosse ver apenas um filmão sessão da tarde, mas ele se sustenta bem. A direção é competente, o roteiro, apesar de convoluto como seria de se esperar desse tipo de história, não se perde em nenhum momento. Visualmente, a obra continua linda. A cena passada dentro da sede da CIA continua belíssima.
Uma das minhas curiosidades em conhecer a franquia foi ver como o imaginário americano mudou em todo esse tempo, já que o primeiro M:I já tem 23 anos de idade passando por uma América pré e pós 11 de Setembro e com tudo que veio nesse período. Isso posto, não me escapou o fato de que toda a trama do longa gira em torno de um rogue agent que decidiu vender segredos pq, basicamente, não tinha mais o que fazer depois do fim da guerra fria. Vejam bem: Mil novecentos e noventa e seis, 5 anos antes das torres gêmeas virem abaixo. Clinton é eleito pro seu segundo mandato. A gente tá no meio daquele estado de Pax Americana, aquele período entre a dissolução da URSS e o ataque ao WTC em que os EUA reinavam absolutos no topo da montanha, aquele falso período de tranquilidade que, pra geração que nasceu e cresceu no final dos anos 80, parecia que ia durar pra sempre, salvo pequenas crises ocasionais, aqui e ali (96 foi o ano do estouro da bolha do ponto com, o país do tio Sam ainda estava enfiado em crise com o Iraque e Taiwan e, cereja no topo do bolo, esse foi o ano em que vimos a prisão do Unabomber). Nesse estado de "paz perpétua" qual a necessidade de um espião? Quem iria querer espionar a América? Quem era, de fato, ameaça ao país? E pq os donos do planeta teriam qualquer interesse em espionar nações alheias que não representavam qualquer perigo, manjam? Nesse mundo de pujança perpétua, um agente como Phelps não tinha mais lugar por representar uma nação em paranóia que, de acordo com a fantasia alimentada na época, não existia mais. Não é um acidente que, ao procurar por um inimigo, a nação americana do filme é obrigada a olhar pra dentro.



O próximo é o ultimo da série antes do 9/11 e, não apenas, tem um hiato de 6 anos entre esse e o terceiro. Vai ser fascinante olhar como um mundo pós Al-Qaeda vai afetar as missões de Ethan Hunt.
Por hora, no entanto, vale dizer que o longa de De Palma é muito legal, extremamente competente em estabelecer as regras daquele mundo e as cenas de ação sobrevivem bem ao teste do tempo (a do túnel dá uma agonia absurda. E hey, primeira vez na vida que eu vi uma representação remotamente realista de gente andando em cima de um trem).

Mission Impossible II (2000)




"Honouring their saints by setting them on fire. Let's you know what they think of saints, doesn't it?"




So, se o anterior foi mais cabeçudo, ainda que uma trama de ação, esse é o seu irmão mais novo e waaaaaaaaaaaaaaaaay mais cool. De novo, o preâmbulo que abre M:I 2 serve como introdução para as novas regras que vão valer pra esse longa: toda a tecnologia e gadgets maneiros que faziam parte do acervo disponível ao time dos mocinhos no primeiro Missão: Impossível agora tb fazem estão nas mãos dos evil guys o que acrescenta um nível a mais de paranóia na trama (e isso dos heróis e vilões usando máscaras é muito bem utilizado no decorrer da obra). O nível da ameaça tb cresce. Se no anterior, tudo girava em torno de agentes corruptos e Ethan tentando salvar a própria pele, aqui temos o destino de um país inteiro girando em torno do sucesso das ações dos membros da Impossible Mission Force (que, agora, ganha um nome oficial de fato). Os vilões: outro rogue agent que vem acompanhado de uma das piores e mais diabólicas entidades existentes na face da terra, a indústria farmacêutica norte-americana. Esse eu lembro de ter visto na época (lá por final de 2000. Não tinha cinema exceto por UMA sala lá em Avaré, então eu tinha que esperar os filmes saírem em VHS e DVD), inclusive acho que ainda tenho a revista SET com matéria de capa sobre o longa. Ainda se mantem bom, apesar de pesar a mão em alguns momentos e alguns probleminhas, a maioria ignorável. Plasticamente, o longa-metragem é lindo.



John Woo, né? Tudo é menos sutil e mais grandiloquente nesse aqui, o que tem seus méritos. Achei elegante  tirar 20 minutos de suas duas horas pra introduzir decentemente a personagem da Nyah e a cena em si, intercalando a apresentação de flamenco e os dois personagens na sua "dança" de aproximação ficou muito legal (percebam como os passos de dança e a música se adaptam à velocidade da ladra se infiltrando na mansão). O problema é que eles meio que mentem pra gente, né? A primeira idéia é que Ethan está montando um time pra resgatar informações sobre um item chamado Chimera (que, posteriormente saberemos se tratar de um vírus mortal, tipo, uma mega gripe) e precisa da moça por suas habilidades como ladra, quando, na real, o lance é que ela teve uma relação amorosa com o rogue agent e vilão de M:I 2, Sean Ambrose. Ou seja, 20 minutos nos dando a impressão de que ele vai se concentrar no cérebro da guria, quando na real, o foco vai ser em atrair o agente traidor com seus "charmes femininos". Hey, falem o que quiserem de Fast and Furious mas desde o primeiro ep. da franquia, a Letty tá lá, sujando as mãos e queimando combustível, sendo tão badass quando os caras do time. Nyah é bem importante pra história, mas passa a maior parte dela no papel de "dama em perigo". Uma pena. Also, certos plotholes que me incomodaram, o maior deles sendo COMO CARALHOS ETHAN VAI PRAQUELE JOQUEI CLUB PRA PASSAR INFORMAÇÃO PRA NYAH SEM NENHUMA MASCARA, CONSIDERANDO QUE AMBROSE CONHECIA O ROSTO DELE?
Bom, pra citação á F&F não ficar solta: aqui tb temos um lore em desenvolvimento. Volta Luther, o "cara do TI" do episódio anterior, acompanhado do australiano Billy Baird, o "cara dos transportes" do time.



Isso posto, nos concentremos no positivo: a ação. O diretor chinês é um mestre nesse tipo de filme e não deixa nada a dever aqui. Por ser um conto sobre espiões, a obra toma seu tempo, com paciência, antes de deixar as balas voarem, afinal, é sobre gente que trabalha nas sombras e de forma stealth. Mas quando começa, benzadeus. A sequência dentro do laboratório é um festival de chumbo voando (inclusive com uma evolução da cena da corda do primeiro "Mission: Impossible"). E claro, a catártica parte final de M:I 2, incluindo a mega famosa  "justa de motos".
Shout outs tb para a ponta de luxo de Anthony Hopkins como o novo superior do agente Hunt.
Curioso tb notar certa presciência do longa, já que o executivo da corporação bioquímica responsável por todo esse clusterfuck é estranhamente parecido com Donald Trump.
Falei do filme quanto obra. Continuando a minha jornada pela franquia enquanto a situo como uma construção típica do seu tempo, temos de volta o lance dos EUA olhando pra dentro atrás de seus filhos perdidos e, junto disso, certo elemento de fin de siecle, daquele mal estar típico de períodos de fim de século e/ou milênio em que coletivamente esperamos pelo fim do mundo. Woo usa desse elemento e brinca com ele: primeiro com a idéia do vírus letal, algo meio bíblico, como a mão de Deus vindo do nada pra nos extinguir como espécie. Segundamente, com os elementos mitológicos, Quimera e Belerofonte, esse simbolismo religioso típico de histórias brincando com esse trope do fin de siecle. Podemos ver tb um outro elemento típico da mitologia grega, a crítica à húbris e ao desejo tipicamente humano de se igualar aos deuses na figura do doutor Nekhorvich, criador do vírus e de seu antidoto. Em nenhum momento ele é retratado como um individuo ruim, mas é aquilo da estrada do inferno e de boas intenções. Por ultimo, sacada inteligente que o lance do vilão não é soltar o vírus no mundo por motivos de dominação mundial ou qualquer porra do tipo. O lance dele é vender de volta o antídoto da bagaça pra empresa que o criou mas, antes, soltar o vírus numa área populosa da Austrália e investir nas ações da companhia, sabendo que, únicos proprietários da cura pra essa doença, o preço dos seus papéis na bolsa vai subir horrores. Pior que um traidor e um psicopata? Um uber-capitalista. Junto da mão onipresente de Deus, Ethan e a IMF tem como adversários, tb, a mão invisível do mercado.
Enfim, cool pra cacete, longe de ser perfeito e um tantinho inferior ao anterior, mas ainda assim bem divertido (e com uma trilha sonora boa pra cacete).

Missão Impossível III (2006)




"You can always tell someone's character by the way they treat those they don't need to treat well."

Como vcs viram, nos dois textos acima, eu venho tentando situar cada filme dentro do período específico em que eles surgiram, o que eles querem dizer, qual a motivação secundária que motivou sua existência (pq a primeira é sempre $$$). Bom....ainda bem que eu adotei essa abordagem pq, jesus do céu. Eu imaginei que os atentados contra o WTC deixariam suas marcas na franquia, considerando que ela gira em torno de espionagem, mas eu achei que viria de forma sutil.
Well. Nope. Sutileza é pros fracos. O que JJ Abrams faz aqui é quase terapia coletiva em forma de cultura pop. Catarse, pura e simplesmente. Um pouco MENOS sútil e teríamos visto Ethan Hunt enfiar uma bala na cabeça de Bin Laden.
O terceiro filme da franquia já abre com um flashfoward (JJ Abrams, afinal, pq, como diria um sábio, "somente os tolos são escravizados pelo espaço tempo") mostrando o vilão da vez, Owen Davian ameaçando matar a esposa de Hunt caso ele não devolva o mcguffin oficial desse longa, algo chamado "the rabbit's foot". As quase duas horas restantes explicam como diabos chegamos até ali: depois de uma missão de reconhecimento mal sucedida que resultou na captura de uma agente, Ethan, agora um professor treinando novos operativos, decide voltar a campo atrás dela, o que vai leva-lo a um ponto de colisão com o já citado Davian, um traficante de armas extremamente perigoso.
"M:I 3" tem duas metades distintas. Na primeira, temos um vislumbre do que geralmente esperamos desse tipo de aventura: alguma tragédia e dificuldade mas o "final" mostra os white hats bem sucedidos, o bad guy capturado  e tudo na santa paz de Deus, com direito a cena com todo mundo de óculos escuro, cooler than being cool, andando de barco em um cenário paradisíaco na Itália.



Então, do nada.....vem a tragédia. Um avião. Explosões. Destroços e fumaça pra caralho. Tiroteio não discriminando quem é alvo de fato e quem é só vítima no fogo cruzado. Violência estúpida, sem aviso, sem explicação. Pessoas desesperadas correndo tentando salvar os inocentes e fazendo o máximo de contenção de danos que a situação permitir. O pós 2000 com seus terroristas e mass shootings derrubou as portas da quarta parede e invadiu o universo de M:I. E nada vai ser novamente como antes. Mission Impossible 3 é, antes de tudo, um filme sobre expiação, sobre reparação. Feridas existem e estão abertas e uma hora, isso iria voltar pra morder os pés de todos ali. E nenhuma hora é melhor que agora: Hunt tem que pagar por achar que pode ter uma vida normal e ser um agente ao mesmo tempo. Paga pela húbris também: Toda a segunda metade do longa não aconteceria se eles não estivessem tão confortáveis e arrogantes com o aparente sucesso da missão a ponto de aparecem de cara limpa e usando os próprios nomes na frente de Davian. E não esqueçamos do momento em que ele tortura o vilão. O agente permitiu que os tons de cinza da vida real o atingissem. Ele convidou o mundo pra dentro daquele universo e, uma vez lá dentro, tal qual um vampiro, não tem como mandá-lo de volta.  O infiltrado dento da IMF (evitando spoilar isso), por sua vez, paga por achar que controlar os demônios que vc solta pelo mundo é algo possível indefinidamente, do mesmo jeito que o governo dos EUA do nosso mundo aprendeu, a duras penas há 18 anos, que se vc alimentar e soltar uma fera no mundo, as vezes elas voltam pra devorar a mão que lhe deu comida.  A trama, pros fãs de quadrinhos lendo esse texto, me lembrou um dos arcos clássicos recentes do Batman, "War Games", onde o morcego comete exatamente o mesmo erro: decide botar alguém subordinado a ele como líder do crime organizado de Gotham, tentando ter algum controle sobre aquele mundo. Até que dá merda. Nem ele conseguiu. E ele é o fucking Batman. As mentiras e os pecados passados voltam com força pra atormentar o time de protagonistas e boy, oh boy, as escalas nunca estiveram tão altas.
Primeiramente, falemos da ação: atipicamente, o filme não vai naquele crescendo de stealth, como nos anteriores e, antes de 15 minutos, já temos uma cena bem legal envolvendo o resgate da agente Farris. Obviamente, o ponto alto é a cena da ponte, por nos pegar de surpresa. No final, temos a invasão ao prédio onde o Rabbit's foot está e achei esperto da parte de Abrams que, sabendo que seria dificílimo fazer algo que superasse a invasão do prédio do longa anterior, ele decidiu subverter isso e nem tentar: ao invés de nos mostrar os pormenores do roubo, a ação se concentra no antes e principalmente, no depois. Pegar o objeto não foi complicado. O difícil vai ser escapar com vida.



Falemos de Davian: jesus do céu, Philip Seymour Hoffman era um monstro, né? Cacete. Eu passei a gostar um pouco menos do vilão do filme anterior depois de ter visto esse aqui. Percebam como tudo que Sean Ambrose tinha de histriônico, Davian tem de sutil. Raramente levantando a voz pq sabe que não precisa. Perpetuamente em controle da situação. Calculista as hell. Na cena em que ameaça matar Julia, mantem o tom sempre baixo pq ele não é um personagem de cinema querendo impressionar o público. Ele não é um palestrante tentando impressionar as pessoas ao redor. Ele é um homem, em uma sala com 3 pessoas e seu interlocutor está imediatamente na sua frente. Ele só precisa se fazer ouvido. E mesmo quando ele levanta a voz, é mais como consequência as reações de Hunt do que da necessidade de se fazer dramático. Poucos atores saberiam passar tanto de forma tão sutil e Hoffman era um desses mestres na arte que praticava. Quando ele revela que sabe o nome do agente, sério, eu senti um calafrio.



O ator faz tanta falta, né? Principalmente nos dias atuais, em que arte é tão necessária como forma de conforto pra nos fazer esquecer o quanto o mundo anda estúpido e embrutecido e ignorante. 
Voltando: a trama não era um mar de rosas antes da cena na ponte, já que a morte da agente Farris é mostrada com uma brutalidade e riqueza de detalhes absurda. Mas dá pra dizer que o tom era o tipo de coisa que se esperava. A partir daquele ponto, no entanto, o paradigma muda e o tom é sombrio. O trauma é permanente, o desespero, marcado inclusive nos cortes rápidos, nos filtros de cor passando uma impressão de opressão, claustrofobia e tensão. Algo se perdeu, potencialmente pra sempre. 
O que nos traz a minha ÚNICA crítica: Julia tinha que ter morrido no final.
Desculpem, eu sei que eu sou tipo "No fun Hak", o cara que gosta de, como diria Maristela, "filme desgracento". Ou como diria a mãe dela, "... que faz mal pra alma". Eu sou o cara que trouxe pra dentro de casa obras como "Hotel Rwanda", "Dear Zachary", "O túmulo dos vaga-lumes", "The act of killing" e outras pérolas da miséria, daquelas que te deixam mal pra sempre, causando verdadeiras cicatrizes emocionais. Mas vejam bem e me digam se eu estou errado: É UM FILME SOBRE PERDAS, sob o efeito que o 11 de Setembro teve no imaginário coletivo. É o primeiro longa da série que abertamente cita grupos terroristas árabes como potenciais inimigos, é sobre pecados passados e sobre reconhecê-los e pagar por eles. De que forma isso combina com Hunt terminando casado e feliz, com todo mundo rindo e ceninha "final do He-Man", sabe? Um monte de gente perdeu entes queridos naquele dia e nenhum deles era um vilão usando máscara. A perda é permanente. Os efeitos dela também. Achei meio covarde e, de certa forma, desonesto devolver a moça pro protagonista. Eu entendo que ele já tinha visto uma pessoa querida morrer no começo da história e talvez, fosse too much, principalmente pq vc não pode aleijar emocionalmente o herói da sua franquia, franquia essa que deve durar por mais uma dezena de continuações. E afinal, vc quer que as pessoas saiam com algum alivio do cinema. Entendo, vejam bem. Demandas de ser uma obra de arte mainstream. Mas ainda assim, fico pensando o quanto Missão Impossível 3 poderia ter sido mais corajoso e, vejam bem, honesto com o trauma representado.



Tudo isso posto, ainda é meu favorito da franquia até agora. O primeiro era cerebral. O segundo, uma aventura adolescente, massavéio pra cacete. Esse terceiro é o ponto em que a franquia fica adulta e abraça as sombras do mundo real. Em M:I 2, vc podia aparecer na frente do criminoso psicopata sem temer retaliações pq era apenas cool fazer isso. Agora não. Os riscos estão mais altos. Atos tem consequências e vai ser interessante, caso mantenham esse tom (e seria um erro não fazê-lo), ver como esse diálogo entre ficção e mundo real vai afetar o resto da série. Ah, um ultimo toque: senti falta do Billy e seu sotaque australiano. Tomara que o atual time, formado por Ethan, Zhen, Declan, Luther (LU-THEEER!) e Benji, se mantenha nas próximas missões.

Por hoje é isso, ímpios.
Volto ainda essa semana com a parte 2 e final dessa maratona, cobrindo a segunda metade da franquia. 

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