quarta-feira, 28 de novembro de 2018

nada a ver com nada, mas.....


E aí? Blz?
Vindo pro trabalho.... não, corta a cena pra algumas horas antes...
Vendo o twitter antes do trabalho, vejo pessoas tecendo comentários sobre Legends of Tomorrow, aproximando muito a série do tipo de sense of wonder que Doctor Who provoca. Confesso que fiquei curioso.
Vcs sabem que eu ODEIO esse negócio de transmídia de série e filme. O melhor filme Marvel feito até agora é só "okayzinho". As séries da Marvel pra Netflix são patéticas e as da DC pro CW idem, um festival de vergonha alheia, efeitos ruins e baixo orçamento, com roteiros toscos sendo só a cereja no topo do bolo. 
Mas..... eu acredito em falar mal com propriedade. Eu vi meia temporada de Jessica Jones, uma e meia de Demolidor (bom, duas, mas minha alma já tinha desistido na metade daquele equívoco que foi a season 2 da série) e não passei do primeiro ep. de Agents of Shield. Das da DC, foi um ep. de Arrow, uns 4 ou 5 de The Flash e 20 minutos de Gotham (na verdade, vi o primeiro ep. inteiro, mas foi como Demolidor, na metade do ep., já tava distraído vendo twitter e instagram). Pronto. Done it. Provei pra mim mesmo que eu não sou hater. Ou sou, mas com propriedade. 
A gente vive num mundo em que existe "Into the Badlands", sabe? Pra que eu vou perder tempo com seriado furreca?

MAS..... como vcs podem notar, Legends of Tomorrow não consta na lista acima. Então, tentemos.
Vai que.

Vi o primeiro ep. e.....preciso dizer que gostei. Muito? Não. E convenhamos, primeiro ep. é premissa, vão caprichar e investir tempo e dinheiro no negócio. O lance é o que vão fazer com o resto da história. MAS..... acho que essa foi a primeira vez que eu realmente fiquei interessado numa série desse tipo por causa do roteiro dela. A história é a mais batida do universo, a do time traveller que volta no tempo e junta um grupo de personagens desajustados, pelo menos num primeiro momento, pra juntos, impedirem uma tragédia. Aí surgem os laços de amizade, desconhecidos se tornam nakamas e por aí vai. O que me pegou, e tem sido um tema recorrente nas coisas que eu tenho visto esses dias, é o lance de legado, de como nós vamos não apenas nos apropriar, mas sermos realmente, REALMENTE os autores da narrativa de nossas próprias vidas. Anteontem eu escrevi sobre Crazy Ex-Girlfriend e Hamilton e são duas obras que lidam com esse tema. Quem vai cantar canções sobre mim? Qual papel eu vou exercer na história quando chegarem em meu personagem? Herói, vilão ou uma nota de rodapé que muitos vão apenas ignorar enquanto continuam a leitura? 
O discurso do Dr. Palmer, no final do primeiro ep, me deixou PELO MENOS curioso a respeito do desenvolvimento da trama. Ao final do Piloto (na verdade, um ep. em duas partes), aquele grupo de misfits é confrontado com o fato de que Rip Hunter, o viajante do tempo acima citado - Arthur Darvill, durante anos o companion de um time traveller, agora um "Time Lord" ele mesmo - os escolheu não pq eles vão ser lendas, mas pq eles são insignificantes a ponto de, mesmo se removidos de suas respectivas timelines, não prejudicarem a tessitura espaço temporal. 
Mas ao final, vem da boca da .... da.... hã... sou péssimo com nomes.... da garota que, pelo que eu entendi, é irmã da ....eu acho... Canário Negro de Arrow....

bom, foda-se, da guria que é o "strong man" do grupo, que "Se nós temos poder o suficiente pra mudar o mundo, pq não teríamos o necessário pra mudar nossos próprios destinos?" É uma postura copo meio cheio, mas funcionou comigo.
E a cena final, mostrando o grande antagonista do time de heróis, o imortal Vandal Savage, não como um vilão clássico bidimensional, mas alguém que quer expor o planeta ao pior possível como meio de nos forçar a sermos pessoas melhores, tb foi levemente subversivo o suficiente pra me manter interessado. 
A série não é perfeita, vejam bem. A mina de Arrow (acho que o nome dela é alguma coisa Lance) tem o carisma de uma samambaia, o que é um problema, considerando que, se eu entendi bem, é o personagem com mais background do programa. E, em nome de deus, que coisa constrangedora são os uniformes do casal Gavião. Mas são problemas menores numa premissa que pode (ou não) ir pra algum lugar fascinante. Potencial tem. 
Ainda hoje vejo a parte 2 do piloto e se curtir continuo assistindo e comentando aqui. 

e não, nem por um cacete eu vou ver os eps. de Flash e Arrow que apresentam esses personagens. O piloto foi legal, mas tudo tem limite. :-)

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