segunda-feira, 18 de março de 2019

Doom Patrol s01e03 - Puppet patrol: "Control is a weapon for fascists"


Eu achava que não tinha como fazer meu sense of wonder berrar mais do que com Ezekiel, a barata, no ep. anterior, mas jesus mothafucking christ, NAZI PUPPETS. NAZI PUPPETS!!!!!!



"Okay, todo nazi é um puppet", vcs poderiam dizer, meus queridos leitores antifas e eu teria que concordar imediatamente, mas, ainda assim...

Bom, depois do ep. passado, o grupo de misfits reunidos por Niles Caulder decide ir contra as instruções/ordens do Mr. Nobody e vão tentar encontrar o chief. Após algumas investigações ligando o cientista chefe do projeto que gerou o vilão E o burro flatulento que quase devorou Cloverton a um grupo de nazista escondidos no Paraguai no final dos anos 40, o time decide descer aqui pra América latina. Após alguns entreveros com o pai de Vic impedindo que eles pudessem viajar de primeira classe, resta ao grupo sequestrar o busão do prof. Caulder e tocar pro nosso país vizinho da forma mais classe média baixa possível.
E eu falo isso com propriedade: da ultima - e única - vez que fui pro RJ, foram 4 busões: dois de ida (um de Avaré pra sp e outro daqui pra Niterói) e dois de volta (vcs podem deduzir), totalizando, entre as 4 horas do interior de sp pra capital, e as 6 entre sp e rio, 10 excruciantes horas dentro de um ônibus intermunicipal (tortura essa piorada na viagem de volta da capital carioca, onde decidiram passar filmes. Me vi agraciado com a honra de passar duas das 6 horas de viagem exposto por "Meu papai é noel" 2. EM JULHO). Então, posso falar com propriedade: viagens longas de busão são coisas reservadas para os fortes entre nós.
Mas, onde há vontade, há um meio, so, pé na estrada.
Preciso dizer: ri alto com Crazy Jane, durante a viagem. Aliás, a personagem já me causou gargalhadas homéricas já na cena de abertura do ep., em que um passante mal educado é colocado em seu devido lugar, num daqueles momentos que causam catarse em mim (quem nunca quis usar um grampeador na testa de um desafeto, né não?)
Aliás, fazendo um paralelo com minha vida pessoal, novamente, simbólico que a primeira jornada daqueles personagens, removidos da única figura paterna que havia em suas 'segundas vidas" perpassa exatamente por aquele que representa um momento simbólico pra qualquer adolescente rumando em direção à vida adulta: uma road trip. A primeira viagem sem a companhia dos pais, sozinho ou com alguns amigos.



Cortamos pro Paraguai (resumindo bastante, Jane ficou puta com os colegas, como de praxe) e somos apresentados à figura do Sturmbahnfuhrer Heinrich Von Fuchs, nazista refugiado no país latino e....


Momento, trívia, crianças, pq Groselha on the rocks tb é cultura: vcs sabiam que é verdade isso de criminosos de guerra nazistas procurarem refugio no Paraguai depois do final da II Guerra? Uma pá desses putos (de direita, sempre válido relembrar esse ponto, né?) veio pra cá, pro lado de baixo do continente, fugindo dos julgamentos de Nuremberg. Entre eles, figuras como Adolph Eichman (o pai da "solução final", plano que visava apagar a existência dos judeus da Europa. O rapaz foi a mente que engenhou os campos de extermínio alemães), Walter Rauff (que coordenou a construção e implementação das câmaras de gás nos supra citados campos) e Franz Stangl (Comandante que governou a Polônia durante a ocupação dos fucking nazis e que, responsável pelos campos de Treblinka e Sobibor, conta com umas 10.000 mortes nas costas), entre outros.
Entre estes "outros", inclusive, consta o médico alemão Josef Mengele, responsável por atrocidades como experimentos em pacientes não anestesiados e pesquisas "científicas" dignas de um pesadelo cenobita em "impuros" como anões, mulheres grávidas, gêmeos e crianças. Citei Mengele separado dos demais pq, apesar de uma passagem pelo Paraguai, esse karma é nosso, nação canarinho: o puto viveu, de 1970 até sua morte, em 79, lá em Bertioga, interior de São Paulo. Só foi identificado após morto. Pq todo dia, crianças, é um 7x1.



Enfim, de volta ao ep: após fortuito encontro com um turista indo para....algum lugar, Cliff, Jane e Larry acabam chegando em Fuchtopia.



"FUCK-TOPIA??"

Não, não, kemosabe: FUCHtopia, um pedacinho do inferno nazi aqui na parte pobre emergente da América.
Okay..... here we are now. NAZI PUPPETS, motherfuckers.
Após recusarem passar pelo processo de aperfeiçoamento oferecido aos 3 por Fuchs e sem sinal do chief no oásis supremacista paraguaio, só sobra um obvio curso de ação a ser tomado:



E madre de dios, a coisa aqui é gráfica. Pq é sem culpa, né? Nada mais de boa do que mutilar nazis e espanca-los usando suas próprias pernas como arma
Como diria o grande Didi Mocó:


AND, AND, AND....vejam, vejam..... não só uma porrada sincera, honesta, porrada raiz, porrada pra família brasileira e tals, não, mas porrada ao som de NAZI PUNKS FUCK OFF, clássico de 1981 dos Dead Kennedys. 



VAI TOMAR NO **, mano, que coisa linda, honesta e sincera. :-) Aliás, pratiquem isso no seu dia a dia tb, crianças. Se possível, sempre espanquem um nazista. Fazendo o mundo um lugar melhor a base de hematoma e fratura exposta em neo-nazi.



ENFIM...... Fuchtopia destroçada, a tecnologia local trazida abaixo por uma Jane LITERALMENTE on fire e von Fuchs recebendo um sonoro - e visível - Auf Widersehen, motherfucker antes de rumar em direção ao oblívio, nosso time....

.....ou, bem, 3/5 dele...

....volta pra casa. Sem mais informações sobre Mr. Nobody ou sobre o paradeiro do chief, mas passando por seu primeiro batismo super heróico. Pq é tipo, Heroísmo 101, básico do básico, capítulo um do "Superheroes for dummies": vc não é um super herói digno da carteirinha do sindicato de combatentes do crime se nunca enfiou a porrada num fascista. Traumas resultantes à parte - e Cliff ganhou uma nova cota de cicatrizes emocionais com as quais lidar após entrar em berserk contra os minions de Von Fuchs e pintar as paredes do local com sangue e entranhas dos mesmos - não só fizeram o trabalho, mas, meu compatriota, o fizeram com categoria.

Outros pontos maneiros:

- Quase não falei da Rita e do Vic pq eles ficaram de lado nesse ep, mas o que não tiveram de ação de fato, tiveram de tridimensionalização, onde passaram os momentos juntos confrontando seus demônios pessoais, não de forma muito diferente dos outros 3 no Paraguai, ainda que com uma quantidade bem menor de sangue nazista envolvido.
- Sério, a Jane é incrível.
- "Nice leadership skills, Batman. JLA 2020". Pqp, ri alto.
- Obviamente não posso terminar esse textinho sem mencionar o arco de Larry Trainor e a metáfora muito bem feita do conflito dele com seu "passageiro interior". O ex piloto é e sempre foi um personagem em conflito, muito antes do seu acidente, e aparentemente, essa é a sua jornada, o arco dramático que o espera no decorrer da trama: aprender a conviver com o aspecto renegado da sua personalidade, quer queira, quer não. E não me refiro apenas à entidade elétrica com quem vive em simbiose.
- Terminamos o ep. com  duas novas informações importantes: Cliff tem o contato de sua filha e Jane, "A" Jane, aquela que conhecemos inicialmente no primeiro ep., ela NÃO é a entidade principal, a base daquele coletivo de mentes, a Jane original pré trauma ou, como passarei a me referir a ela daqui por diante, a Jane Prime. So.....quem é a Jane Prime?
- "they're coming to get you Barbara". Pra quem não pegou, o filme que o time tá assistindo no hotel é o classico "night of the living dead" de George Romero.


A seguir: Crowley goes Doom. E a Patrulha enfrenta cultistas do mal.

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